• Nie Znaleziono Wyników

Un contrat ptolemaïque de Djeme

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Un contrat ptolemaïque de Djeme"

Copied!
17
0
0

Pełen tekst

(1)
(2)

UN CONTRAT PTOLEMAÏQUE DE DJEME*

I

Le papyrus démotique du Musée National de Varsovie (n°

d'in-ventaire 148 288), objet d'étude de l'article présent, provient de

la collection de la famille Tyszkiewicz à Łohojsk. Il a été offert

par Christine Tyszkiewicz, née Brandt, à la Société d'Encouragement

des Beaux Arts ("Zachęta") et, le 25 octobre 1919, a été remis — avec

un autre papyrus égyptien

1

de la même collection — au Musée

National de Varsovie.

Bien qu'il existe un assez grand nombre de publications

con-cernant la collection Tyszkiewicz à Łohojsk

2

, on n'y trouve pas

d'informations sur les papyrus égyptiens. Même feu Benoît

Tysz-kiewicz, Conservateur au Musée National de Varsovie, et

M.Geor-ges Tyszkiewicz, qui ont fait de leur mieux pour me renseigner

sur la provenance de ces papyrus, n'y sont point parvenus.

II

Le document démotique de Varsovie consiste en une seule

feuille de papyrus, de couleur jaune-pâle, mesurant 0 m. 300 de

hau-teur et 0 m. 695 de largeur, confectionnée de sept feuilles plus

pe-* Je tiens à remercier M. Wolja Erichsen qui a bien voulu me donner ses pré-cieuses suggestions et rectifications des lectures, en me facilitant, en même temps, l'accès aux copies des fiches du Demotisches Namenbuch.

1 Le ms. du Livre des Morts de la nourrice Kai (fin de la XVIII-ème dyn.), cf. mon Livre des Morts de la nourrice Raï, Warszawa 1951, p. 94 du résume français.

2 Les renseignements les plus nombreux quant à la collection Tyszkiewicz se trouvent dans le Voyage en Egypte et en Nubie (Podróż do Egiptu i Nubii) de M. T y s z k i e w i c z , Paris 1863, ainsi que dans des publications de F г о e h-n e r qui a bieh-n coh-nh-nu cette collectioh-n. Il est regrettable que T o u r a i e f f dah-ns sa Description des monuments égyptiens dans les musées et collections russes (Описание египетскихъ памятниковъ въ русскихъ музеяхъ и собратяхъ), ЗВО 12 (1899) ait passé sous silence la collection de Łohojsk, bien qu'il se soit occupé de collections beaucoup moins riches, comme p. ex. celle de Vilna (T o

u-î a i e f f , op. laud. V 179-190).

[95]

(3)

96

T . A N D R Z E J E W S K I

t i t e s collées p a r leurs b o r d s v e r t i c a u x . Elles o n t des largeurs à peu

près i d e n t i q u e s , à savoir, à p a r t i r de la d r o i t e : 0 m . 070 (feuille

incomplète)

3

, 0 m . 130, 0 m . 129, 0 m . 125, 0 m . 122, 0 m. 120 et

0 m . 012 (feuille incomplète)

3

. La p a r t i e d r o i t e inférieure (0 m . 14 X

X 0 m . 30) m a n q u e . A droite aussi, en h a u t , il y a quelques p e t i t s

e n d o m m a g e m e n t s . A p a r t cela, la feuille est c o m p l è t e .

Le p a p y r u s est m o n t é sur u n c a r t o n bleu

4

percé d ' u n e

ouver-t u r e de 0 m . 134 X 0 m . 090, en son milieu, qui r e n d visible le ouver-t e x ouver-t e

du verso.

A u recto s o n t disposées sept lignes d ' é c r i t u r e d é m o t i q u e , très

f i n e

5

, c a r a c t é r i s t i q u e du d é b u t de la graphie p t o l é m a ï q u e récente

p l u t ô t que de la f i n de l'ancienne

6

. Le t e x t e du recto est complet,

seuls quelques signes sont, les uns p a r t i e l l e m e n t , les a u t r e s

entiè-r e m e n t , effacés. A u veentiè-rso du p a p y entiè-r u s , il y a douze lignes,

consti-t u a n consti-t u n e lisconsti-te de consti-t é m o i n s , d ' u n e graphie p e u soigneuse ( s u r consti-t o u consti-t

si on la c o m p a r e à celle du recto). D e u x lignes sont t r è s peu visibles

7

.

I I I

Le d o c u m e n t a été dressé le 12 P a y n i , l ' a n 51 de P t o l é m é e E v e r

-gète I I ( h \ t - s p 51, 'bd-2 šmiv, ssiv 12

s

), с.à d. le 30 j u i n 119 a v a n t

J é s u s — C h r i s t . Harsiêse, fils de K h e n s t e f n a k h t e , n o t a i r e de D j ê m é ,

l*a rédigé a u n o m d ' E s p e m e t e , fils d ' O u s i r o u ê r , le p r o p h è t e de

3 Les p e t i t e s largeurs de ces d e u x feuilles s ' e x p l i q u e n t p a r le découpage opéré p a r le scribe.

4 Le Livre des Morts m e n t i o n n é supra n. 1 est m o n t é sur le c a r t o n du m ê m e genre.

5 J e suis, sur ce p o i n t , c o m p l è t e m e n t de l'avis de M. Erichsen, e x p r i m é d a n s Einige demotische Urkundenvermerke, S t u d i e n G r a p o w , 77.

6 Cf. L e x a , Gr. dém., I 2 sq.

' Ce sont les lignes 7 et 8 du verso; cf. pl. 2 en bas.

" Q u a n t à la t r a n s l i t é r a t i o n d u t e x t e d é m o t i q u e , il a p a r u préférable d ' a c c e p t e r le s y s t è m e h i s t o r i q u e (le signe ^ est t r a n s l i t é r é c o m m e u n ' p o u r des raisons t y p o g r a p h i q u e s ) , b o r n é à ne noter q u e ces é l é m e n t s p h o n é t i q u e s qui sont ex-primés g r a p h i q u e m e n t . Ainsi on n ' a p a s envisagé de p h é n o m è n e s p h o n é t i q u e s qui ne s o n t p a s écrits d ' u n e f a ç o n évidente, et, en conséquence, on n ' a pas t â c h é de r a p p r o c h e r le t e x t e à la prononciation s u p p o s é e : p . ex. j) est t r a n s l i t é r é 'bd-2 (avec le d à la f i n ) , la t e r m i n a i s o n du f é m i n i n •( est p a r t o u t exprimée, β est n o t é c o m m e Ш, m a l g r é l'évidence de son rôle de mater lectionis etc. O n a accepté le s y s t è m e h i s t o r i q u e v u l'évidence q u e le s y s t è m e d u d é m o t i q u e p o r t e , en ce qui concerne l ' o r t h o g r a p h e , le c a r a c t è r e é t y m o l o g i q u e e t historique. Cf. M. M a-1 i η i η e, Choix de textes juridiques en hiératique „anormal" et en démotique, Paris 1953, X X V sq.

(4)

U N C O N T R A T P T O L E M A Ï Q U E D E D J E M E

97

Djêmé

9

. A u recto, au-dessous de six lignes écrites p a r ce scribe,

il y en a u n e s e p t i è m e , disposée au milieu de la page, écrite p a r

K h e n s t e f n a k h t e fils de Harsiêse, et c o n s t i t u a n t u n e sorte de visa

de contrôle

1 0

.

Ainsi, le p a p y r u s de Varsovie a p p a r t i e n t au groupe assez n o m

-b r e u x de d o c u m e n t s d é m o t i q u e s , d é c o u v e r t s au d é -b u t du siècle

passé d a n s la nécropole t h é b a i n e , et qui, p a r la suite, o n t été

dispersés d a n s des différentes collections

11

.

C'est à Revillout que nous devons la p r e m i è r e liste de ces p a p y r u s ,

et la p r e m i è r e é t u d e sur les notaires de Djêmé

1 2

. P r e s q u e t o u s

ces d o c u m e n t s o n t été publiés p a r lui d a n s ses Chresthomatie

démo-tique et Nouvelle chresthomatie démodémo-tique13

, ainsi que d a n s la Revue

Egyptologique. Ils o n t été f r é q u e m m e n t c o m m e n t é s et cités p a r

lui d a n s d i f f é r e n t s articles de ce périodique

1 4

.

E n v i r o n v i n g t ans après, le groupe le plus i m p o r t a n t de

do-c u m e n t s do-c o n s t i t u a n t do-ces ardo-chives, do-c.à d. les p a p y r u s de Berlin,

o n t été publiés p a r Spiegelberg, en fac-similés et avec u n

com-mentaire

1 5

. Spiegelberg a ensuite publié d e u x a u t r e s d o c u m e n t s :

le p a p y r u s n° 1201 du British Museum

1 6

et u n f r a g m e n t , n° 31040

d u Musée E g y p t i e n du Caire

17

.

9 La f i n de la ligne 6.

10 C'est le m ê m e visa (à d e u x deviations insignifiantes près) étudié p a r E r i c h -s e η, Urkundenvermerke, 77 -sq.

11 D ' a p r è s W . S p i e g e l b e r g , Dem. Pap. Berlin, p. 9.

12 Ε . R e v i l l o u t , Authenticité des actes, R E 2 (1882), 109—111. 13 Des données c o m p l è t e s c o n c e r n a n t les p u b l i c a t i o n s des p a p y r u s en question se t r o u v e n t d a n s Dem. Pap. Berlin, cf. infra η. 15

14 II n ' e s t p a s nécessaire de citer t o u t e s ces m e n t i o n s , d ' a u t a n t plus que l'article p r é s e n t s'occupe d ' u n seul d o c u m e n t .

15 Dem. Pap. Berlin, Ce s o n t : 3099, 5508 et 3100, p. 12; les rectos — pl. 23 — 25, les versos - pl. 26; 3101 A et В - p. 13, r° — pl. 27, v° - pl. 28; 3102 - p. 14 sq., r° — pl. 30. Le g r o u p e p r o v e n a n t des m ê m e s archives, publié p a r Spiegelberg, est b e a u c o u p plus n o m b r e u x . Les données citées ci-dessus concernent seulement des d o c u m e n t s écrits p a r Harsiêse, fils de K h e n s t e f n a k h t e , d o n t le p a p . de Var-sovie est aussi l ' o e u v r e .

16 W . S p i e g e l b e r g , Demotische Kaufverträge (Dahrlehn auf Hypothek), R T 31 (1909), 81—106 et planches 1 — 4 ainsi q u e 1,2 et 5. Ce p a p y r u s est écrit aussi p a r H a r s i ê s e , fils de K h e n s t e f n a k h t e , au n o m d ' O u s i r o u ê r l'aîné ( p ' ' ), s u r n o m m é A m é n h o t e p , fils d ' E s p e m e t e , le p r o p h è t e de D j ê m é . Le p a p y r u s est d a t é de l ' a n 20 de P t o l é m é e P h i l o m é t o r I, c. à d. — 162/161.

17 Ce f r a g m e n t c o n t i e n t u n reste de 5 lignes d u milieu d ' u n e feuille plus g r a n d e ; d a n s la ligne (x + 5) on l i t : . . . Wsîr-wr p' hm-ntr η D m'. Bien q u e le n o m du

(5)

98

T. ANDRZEJEWSKI

Autant que je sache, il en faudrait encore ajouter le papyrus

n· 2146 du Musée de Turin

18

, et trois manuscrits du Musée des

Beaux Arts à Moscou provenant de l'ancienne collection

Golé-nischeff

19

.

En dehors de cela, le nom du scribe Harsiêse, fils de

Khens-tefnakhte, se trouve sur un ostracon démotique

20

, et le nom

Khen-stefnakhte, fils de Harsiêse, qui pourrait être considéré comme

celui de son fils, sur un autre

21

.

IV

Dans le texte du papyrus de Varsovie on rencontre — comme

il a été dit au paragraphe précédant — trois personnages officiels

de Djêmé, de la fin du règne de Ptolémée Evergète II, à savoir:

le prophète Espemete, fils d'Ousirouêr, le notaire Harsiêse, fils

de Khenstefnakhte, et son fils Khenstefnakhte

22

.

notaire soit perdu, il semble qu'on puisse reconnaître la main de Harsiêse et non pas celle de son fils Khenstefnakhte. W. S p i e g e i b e r g, Die demotischen Papyrus, CGC, Strassburg 1908.

18 Je dois à M. G. В o 11 i l'information sur le nouveau numéro d'inven-taire de ce papyrus qui, provenant de l'ancienne collection Drovetti, portait auparavant le n° 174,24. Il a été publié en partie par R e v i l l o u t dans ZAS 17 (1879), sous l e t f 5 à la p. 88 et pl. 4 (18), ainsi que dans la RE 2 (1882) à la p. 73. Ce document est daté de l'an 45 de Ptolémée Evergète II, c. à d. 126/123. 19 J'ai eu l'occasion, grâce à l'amabilité de Mme R. I. R u b i η s z t e j n, de voir, dans des magasins du Musée, plusieures dizaines de papyrus démotiques, parmi lesquels les documents provenant de Djêmé portent les numéros: I 16427, 427, 1 1 6 431 et I 1 б 425. Comme ma visite dans ces magasins ne durait que quelques heures, je n'ai pas pu prendre de notes plus détaillées.

20 H. T h o m p s o n dans Theban Ostraca, ostr. D 1, 4: pl. 4 et p. 46. 21 G. M a 11 h a, Demotic Ostraca, ostr. 272,2 ; en ce qui concerne la datation de ce document, cf. commentaire à la ligne 8 (p. 195).

22 E. R e v i l l o u t , Autheticité des actes, RE 2 (1882), 110 et n. 2, considère

Khenstefnakhte, l'auteur des visas de contrôle des papp. Berl., comme le père du notaire Harsiêse. W. E r i с h s e n, Urkundenvemerke, 77 sq., est d'avis contraire. A Dj êmé, au II-éme siècle et dans la première moitié du I-er, il y avait une famille de noitaires: Harsiêse (connu par des documents datées des années 162 — 118), son fils, Khenstefnakhte (depuis l'an 109, d'après pap. Field, publié par N. R e i c h dans Misraim 2, 26 — 51 et pl. 1 sq., jusqu'en 98 av. J. —C.), et puis Aménhotep, fils de Khenstefnakhte, petit-fils de notre Harsiêse. S ρ i e-g e 1 b e r e-g, (Demotische Konfverträe-ge, 104 sq.) a établi que, entre 162 et 130 av. n. ère, dans le notariat du temple, il y avait deux notaires: Pahe, fils de Pétéêse, et Harsiêse, fils de Khenstefnakhte. Quant à Khenstefnakhte,

(6)

l'au-UN CONTRAT PTOLEMAÏQUE DE DJEME

99

Si notre document ne fournit pas de nouvelles données sur

les deux derniers personnages, il jette du jour sur les fonctions

exercées par Espemete. Revillout, d'après les documents qu'il

avait à sa portée, l'a considéré comme un βασιλικογραμματεύς au

nom duquel Harsiêse dressait les actes; la moitié de la ligne 2,

et la moitié de la troisième, du papyrus de Varsovie présentent un

assez grand nombre de titres que portait ce prophète de Djêmé.

Il est tout d'abord nommé "père de dieu"

23

et "prophète

d'Amon--Rê, roi des dieux" (itf ntr lim-ntr n Imn-R'-nsiv-ntr.w).

L'ensemble de cinq titres suivants n'est pas facile à

inter-préter: hm

2i

..., Am

26 (n) Hr, hm-ntr n Wr, sš (?) Nht

( ?), et hm

(n u') ntr.ui mnh.tv, re' ntr.iv mr itf.t.w, n ntr.w ntj pr, p' ntr mr

rniv.t.t.f,

p ' ntr r.tn ttf.t.f, re' ntr.w tnnh.w.

Complètement clair n'est, à vrai dire, que le titre "serviteur

d'Horus". Tout cet ensemble est, à partir de hm-ntr η Wr, dans

une certaine mesure analogue à l'énumération de titres sacerdotaux

que présentent les papyrus provenant de Gebelên: Ryl. 15 A 3

et В 4, Ryl. 25 2, 1, 5, 8, 11 et 14, Caire 30683, 2 - 3 et Heidelberg

723, 6: hm-ntr (n) n' Wrm.w, hm-ntr (η) n' Sm.w, hm (n) n' ntr.w

mnh.w

etc.

C'est à Griffith

26

que nous devons la première interprétation,

basée, semble-t-il, sur le rapprochment phonétique, des Wrm.w

et Sm.w comme des grands-prêtres divinisés d'Héliopolis et de

Mem-phis

27

. Spiegelberg

28

et Sethe

29

ont, ensuite, accepté cette

inter-prétation. Cependent Reich proposa le rapprochement des

démo-tiques hm-ntr n Wrm.tv et hm-ntr n Sm.w aux grecs Ιερεύς Σούχου

και 'Αφροδίτης

30

. Sans engager une discussion détaillée, il semble

teur des visas de contrôle, il faut constater que son écriture diffère de celle du notaire Khenstefnakhte, fils de Harsiêse, et que nous n'avons aucun document écrit par un notaire du nom Khenstefnakhte qui pourrait être considéré comme le père de Harsiêse.

23 Plutôt que „le père divin" d'après G a r d i n e r , Onomaslica, 347*· 24 Cf. infra, nn. 53 et 54.

25 Cf. infra, n. 53.

26

Ryl. Pap.,

p. 434.

2' Des anciens titres wr-m' et sm. Au pluriel — wr-m".ur, si l'on accepte l'inter-prétation de J u n k e r , Berlin Abh. 23 (1939), 27 sqq.

28 CGC II, n» 30683, 2 - 3 . 29 Bürgsch. p. 162 et 13.

30 Eine ägyptische Urkunde über den Verkauf eines bebauten Grundstückes,

RT 33 (1911). 127-132. 7·

(7)

100 T. ANDRZEJEWSKI

nécessaire de noter encore un rapprochement, à savoir: les démotiques

Wrm

et Sm peuvent correspondre aux hiéroglyhiques wrm

31

et sm

3!

,

désignant les statues

33

et attestés dans des textes tardifs.

L'analogie entre le passage du papyrus de Varsovie et celui

des textes de Gebelên consiste, surtout, en ce fait que devant le

titre hm (n) rí ntr.w mnh.w etc., il y a un certain nombre de

di-vinités — dans le sens le plus large de ce mot — qui ne sont pas

mentionnées dans d'autres textes d'une façon tout à fait claire

34

.

Si la lecture des noms Wr et Nht ( ?) est exacte, elle permettra

d'observer un certain parallélisme entre, d'une part, la signification

de ces mots et, d'autre part, celle des mots Wrm.iv et Sm.w. Ce

parallélisme consisterait dans le fait que, dans le pap. de Varsovie,

nous avons sans doute à faire avec deux noms ou deux surnoms

des dieux

35

, et dans les papp. de Gebelên — peut-être avec deux

mots désignant plutôt des statues divines.

Il est évident qu'à l'heure actuelle il faut s'abstenir de faire

des hypothèses, pour la raison que les noms Wr et Nht ( ?) sont,

autant que je sache, pour la première fois attestés avec des titres

sacerdotaux. De plus, nous sommes encore loin de comprendre

tous les phénomènes de la religion égyptienne et de ses cultes

à l'époque hellénistique.

Les derniers titres sont d'origine purement thébaine:

"grand--prêtre d'Amon" (hm-ntr tp η Imn), "le second prophète d'Amon"

(hm-ntr vvhrn η Imn), et " l e p r o p h è t e de D j ê m é " (hm-ntr η 1Ут').

On peut donc supposer que la liste des fonctions d'Espemete,

fournie par le pap. de Varsovie, n'est pas complète: la formule

31 Wb. I 333, 1. 32 Wb. IY 121, 11 sq.

33 On pourrait ainsi penser au culte des statues des rois, d'après les décrets de Canope et de Memphis. Cf. S p i e g e i b e r g, Priesterdekrete, surtout R 22 — 27 du texte démotique.

34 II n'est pas tout à fait impossible que, dans le cas de Wr, Nht ( ?), Wrm et Sm, nous ayons à faire avec un phénomène concernant le culte royal des Pto-lémées. Malheureusement, les données que nous fournissent les décrets cités dans la note précédente ne nous autorisent pas à avancer une telle proposition.

35 Quant à Wr et Nht ( ?), cf. resp. К e e s, Götterglaubei, passim, et Wb. II 315, 9 (surnom de Min, Mout et Horus), 318, 1 — 6 (surnom des dieux et des hommes). D'autre part Wr et Nht ( ?) peuvent être considérés aussi comme les noms (et non pas seulement comme les surnoms) des dieux, car on les recontre comme les éléments des noms propres des particuliers. Cf. G. Mattha, Demotic Oslraca, 226 et 228.

(8)

UN CONTRAT PTOLEMAÏQUE DE DJEME

101

irm

n' ntj m-s\s — "et ainsi de suite", "et caetera", qui se trouve

derrière l'énumération citée ci-dessus, nous autorise à poser cette

hypothèse

3

®.

Espemete, à son tour, joue dans notre document un rôle de

plus: il est un des deux contractants, celui qui donne en bail le sol.

L'autre est Medj ( ?)

37

, fils de Harsiêse et de Tcherenthout, un

pastophore d'Aménopé dans Thèbes Occidentale (wn n Imn-ipj

n ť imn.t Niw.t).

On ne sait absolument rien sur ce personnage,

outre qu'il avait un frère cadet nommé Hor

38

.

Y

L'objet du bail consiste en 6 "aunes de sol" (mh n itnw — πήχυς

39

)

— 600 "aunes carrées" (mh htiw.t), c.à d. 165, 375 m

240

. Le terrain

lui-même est défini comme un wrh, ce qu'on traduisait en grec

par ψιλός τόπος

41

— un emplacement

42

.

Celui-ci était situé dans le quartier sud de Djêmé (i' iwiw.t

rs n D'm'Y

3

,

parmi (hn) les autres emplacements d'Espemete,

ap-partenant en même temps an temple d'Amon de Djêmé (n

44 Imn

n D'm').

Une contradiction semble exister ici, mais elle n'est

qu'apparente

45

: le sol appartenait en vérité au temple, c.à d. restait

à la disposition du clergé, et, dans ce cadre, Espemete pouvait

s'en considérer le propriétaire.

Ces 600 aunes carrées, d'après le texte de notre papyrus, ne

devaient revenir à Medj ( ?) que par moitié; l'autre serait à son

frère cadet Hor.

3C Cf. infra, n. 60. 3' Cf. infra, n. 61. 38 Ligne (5), secteur (a).

38 W. S p i e g e i b e r g, Demotische Miszellen, RT 28, 189 sq. 10 Cf. Dem. Pap. Beri., p. 12 (colonne droite) et n. 3.

41 Cf. p. ex. pap. Beri. 3090, ainsi que les remarques de Spiegelberg à la p. 12 des Dem. Pap. Beri.

42 Cf. E r i c h s e n , Glossar, 94; С r u m, Diet. 492 b.

43 La même tournure aux lignes 4 des papp. Beri. 3101 A et В. Il est impossible, à l'heure actuelle, de faire une localisation plus exacte : une seule liaison du terrain mentionné dans le pap. Yars. avec ceux-ci, c'est la „route royale" (p hjr n Pr- ), cf. A m é l i n e a u , Geographie, 302.

44 Cf. Wh. II 193, 21, et E r i c h s e n , Glossar, 94.

45 Cf. Caire 30753, 4 — 6, où l'objet du bail est le champ, terrain royal (hn n' jhw (n) Pr") et Heildberg 733, 7—8 (Bürgsch. § 9). Les détails de ce problème sont discutés par S e t h e , Bürgsch., Urk. 9, § 30.

(9)

102

T. A N D R Z E J E W S K I

M e d j ( ?) p o u v a i t

4 6

b â t i r une maison où il p o u v a i t vivre avec

ses e n f a n t s e t p e t i t s - e n f a n t s d u r a n t u n e période de 99 ans.

11 est r e m a r q u a b l e q u ' o n ne t r o u v e ici a u c u n e m e n t i o n

concer-n a concer-n t la t e concer-n u r e . U concer-n fait aconcer-nalogue, d a concer-n s u concer-n e certaiconcer-ne mesure, est

a t t e s t é d a n s le p a p . de Berlin n° 3097, c o n t e n a n t u n c o n t r a t de

v e n t e : la s o m m e n ' y est p a s indiquée, non plus, mais il y a au moins

une p h r a s e c o n c e r n a n t le reçu de l ' a r g e n t ( š p . n swn.t.iv n hd n-d.t.k).

N o t r e t e x t e n ' a m ê m e p a s une telle m e n t i o n .

Il semble q u e nous ayons à faire ici avec u n e v e n t e . D ' a u t r e

p a r t , il n ' e s t p a s impossible que M e d j ( ?) e t son f r è r e aient r e n d u

quelques services au t e m p l e d ' A m o n , p a r suite de quoi ils a u r a i e n t

reçu u n e parcelle.

Il est aussi r e m a r q u a b l e que le p a p . de Varsovie ne p o r t e que

12 n o m s de t é m o i n s . D ' a p r è s Revillout

4 8

, à l ' é p o q u e de P t o l é m é e

E v e r g è t e I I , on n'exigeait plus le n o m b r e de 16. N é a n m o i n s , t o u s

les d o c u m e n t s écrits p a r Harsiêse p o r t e n t encore 16 n o m s .

T r a n s l i t é r a t i o n

R e c t o

(1) (a) H'.t-sp 51 'bd-2 šmiv ssiv 12 n Pr-" '.w.s. Ptlivmjs '.w.s.

p' ntr mnh s' Pthvmjs

i9

(b) '.w.s. irm ť Pr-" '.w.s-.t Kluptr '.iv.s-.t ťj.f sn.t îrm ť Pr-"

'.w.s-.t Klivptr '.w.s.

50

ťj.f s.t-hm.t и' ntr.w mnh.w

(c) irm p' w'b n 'Igsntrws '.w.s. irm n ntr.w ntj nhm η ntr.w

sn.w n' ntr.w mnh.w η ntr.w mr itf.t.w

(2) (a) re' ntr.w ntj pr p' ntr mr mw.t.[t.f]

51

p' ntr r.tn itf.t.f n' ntr.w

mnh.w irm t' fj.w knw n'iitv (n)

, 40 II est difficile d ' e x p l i q u e r s'il p o u v a i t b â t i r u n e maison, ou bien s'il é t a i t o b l i g é de le faire, cf. p o u r t a n t infra , n. 69.

47 II n ' e s t pas exclu q u ' u n reçu s'ait t r o u v é d a n s la p a r t i e disparue (inférieure, d r o i t e ) d u p a p y r u s .

48 R e v i l l o u t , Authenticité des actes, R E 2 (1882), 103 sq. et η. 1 à la

p . 104.

49 Heidelberg 723 (Biirgsch., U r k . 9, 2) a j o u t e encore irm Glwptr n ntr.w ntj pr.

50 A p a r t i r d'ici, le scribe o m e t r é g u l i è r e m e n t le ί f i n a l d a n s la f o r m u l e '.w.s. Il le f a i t aussi d a n s les p a p p . Berl. 3099, 3100, 5508, 3101 A et В et 3102, d ' u n e m a n i è r e à peu p r è s i d e n t i q u e .

5 1 Complété d ' a p r è s la g r a p h i e du m o t mu-.t se t r o u v a n t infra (3) (a), ainsi que d a n s d ' a u t r e s p a p y r u s , cf. p. ex. Bcrl. 3101 В, A 2.

(10)

U N C O N T R A T P T O L E M A Ï Q U E D E D J E M E

103

(b) Brnjg '.w.s. ť mnh.t irm ť fj.w [in] ( n ) nb m-Vh 'rsjn

52

'.w.s

ť mr sn irm ť w'b.t (n) 'rsjn

52

'.w.s. ť mr itf.t.s

(c) r h ntj smn (n) R'-kd.t P

?

-sj p' tš (n) Niw.t; itf ntr hm-ntj

n îmn-R'-nsu-ntr.iv hm

53

,..

54

hm53

(π) Я г hm-nlr n Wr

sb

sh ( ?)

56

Nht ( ?)«

(3) (a) hm (η n')

5 8 ntr.iv mnh.w ra' nir.w m r itf.t.w η ntr.w ntj pr

p' ntr mr miv.t.t.f ρ" ntr r.tn (itf).t.f

59

η ntr.w mnh.w

52 L e g r o u p e )Ц est s o u v e n t remplacé p a r u n y , cf. Ε r i с h s e n, Glossar 48. Les p a p p . Berl. 3100 e t 5508 o n t aussi un y , t a n d i s q u e les p a p p . 3 0 9 9 , 3 1 0 1 A et B, ainsi q u e 3102 — le g r o u p e /(<

53 U n { (cf. E r i c h s e n , Glossar, 304) p l u t ô t q u e le groupe ® (cf. G r i f -f i t h , Ryl. Pap., 430); u n a r g u m e n t en -f a v e u r de Ja t r a n s c r i p t i o n proposée ici nous est f o u r n i p a r la c o m p a r a i s o n du signe d é m o t i q u e à son p r é c é d a n t hiéra-t i q u e (cf. M ö l l e r , Hierahiéra-tische Paläographie, I I 483), ainsi q u e p a r l'exishiéra-tance d ' u n t i t r e s a c e r d o t a l analogue, à des époques p r é c é d a n t e s (cf. IVb. I I I 88,7), d ' a u t a n t plus q u e nous n ' a v o n s p a s à faire, d a n s n o t r e d o c u m e n t , avec u n culte f u n é r a i r e (cf. S e t h e , Bürgsch. 333 § 3 et 162 § 20)

54 Bien q u ' o n puisse proposer u n certain n o m b r e de lectures, à la p r e m i è r e v u e a d m i s s i b l e s , il f a u t s ' a b s t e n i r de d o n n e r la p r é f é r a n c e à u n e d'elles, v u le m a n q u e d u m ê m e m o t d a n s u n a u t r e c o n t e x t e . J e v o u d r a i s ici remercier M. Mou-s t a f a E l A m i r p o u r l ' i n f o r m a t i o n qu'il n ' a j a m a i Mou-s r e n c o n t r é , au courMou-s de Mou-son travail sur les c o n t r a t s p t o l é m a ï q u e s de D j ê m é u n t i t r e saceredotal analogue à celui-ci, ainsi q u ' à celui de la f i n de la ligne 2 d u p a p y r u s de Varsovie.

55 Cf. supra, n n . 34 et 35.

5fi La l e c t u r e de ce signe c o m m e u n ne p a r a î t pas possible du p o i n t de v u e de l'épigraphie. Cf. le t i t r e itf ntr d a n s la m ê m e ligne. P o u r l'existence d u t i t r e „scribe d ' u n d i e u " , cf. Wb. I I I 481, 3.

67 L a l e c t u r e a c e p t é e n ' e s t p a s certaine. Elle est basée sur l'existence d u n o m divin Nht ( E k h o t ) , a t t e s t é d a n s le d é m o t i q u e p a r des n o m s propres ( G r i f f i t h . Ryl. Pap. 435, 274 η. 11 et 276 η. 3, qui se r é f è r e au p a p . R y l . 18 v° 3 ; G. M a 1 1 h a. Demotic Ostraca, p. 226 et n° 111,3; 135,4 et 5 ; 144,1 et 267,7), ainsi q u e d a n s les d e u x passages des t e x t e s n é o é g y p t i e n s ( p a p p . H a r r i s m a g . 9,2 et H a r r i s 500 v° 7,11). Q u a n t à l ' i n t e r p r é t a t i o n de ce ce m o t , cf. L e f e b ν r e, Romans et contes, 122 n. 22. L a lecture d u s i g n j p r é c é d a n t le d é t e r m i n a t i f d u n o m Nht ( ? ) d a n s le p a p . V a r s . est basée sur le f a i t que les d é t e r m i n a t i f s des m o t s nhm, tn et nht sont i n t e r c h a n g e a b l e s (cf. R y l . 17·,1 et R y l . 18,2; Setne, passim·, M a 1 1 h a, De-motic ostraca, n° 170, 1, 2 et 3 ( ? ) et les passsages cités ci-dessus, ainsi q u e Wb. I I 318,7) O n a choisi l i n t e r p r é t a t i o n de d e m o t i q u e ^ comme , p a r analogie a u x d é t e r m i n a t i f s de wrm e t sm (cf. aussi les d é t e r m i n a t i f s des m o t s hiéroglyphi-ques hntj, shm e t tut d a n s les Priesterdekrete).

58 Lire r r r C ü T } · Le premier signe de c e t t e ligne est t r o p long p o u r q u ' o n puisse le lire c o m m e le g r o u p e V . N o u s avons ici, p r o b a b l e m e n t , u n e confusion de d e u x signes, sous l ' i n f l u e n c e d u t e x t e de la ligne p r é c é d a n t e .

(11)

104 T . A N D R Z E J E W S K I

J s

(b) hm-ntr tp re Imn hm-ntr whm re lmn hm-ntr η D'm' irm

re' ntj m s'.s

60

Ns-P'-mtr s' Wsir-Wr

re

ιvn

re

(c) l'mn-ipj re ť imn.t Niw.t Md ( ?)

61

s' Hr-s'-'s.t mw.t.f T'-sr.

t-(n-)Dhivtj :

shn.j n.k mh η itnw ft I mh htiw.t

(4) (a) 600 I mh re itnw (6)

62

'n hn n4w(.j) wrh.w η Imn (n)

D'm' ntj η ť hviw.t rs (re) D'm'; η hjn.w η p' mh. η

(b) itnw 6: rs — re' iw(.j) wrh.iv η Imn (n) D'm', mh.t — p' hjr (n)

Pr-" '.W.S., ib.t — niw(.j) wrh.iv η Imn (n) D'm' r.ir.j

(c) shn.t.w η P'-šr-(n-)Hnsw s' Dd-hr-P'-hb, imn.t—p4w(.j)

* о

wrh ntj hn n' wrh.w η lmn (re) D'm' r.ir.j shn.t.f re

(5) (a) P'-dj-Mn s' P'-šr-(n-)Dhwtj; dmd63

η hjn.w η p' wrh dr.f

ntj iw wn mtw

M

Hr s' Hr-s'-'s.t p'j.k sn hm ťj.f

60 Cette expression, a u t a n t que je sache, n ' a p a s été trouvée j u s q u ' à p r é s e n t dans des t e x t e s démotiques. U n exemple semblable nous est fourni par le p a p . R y l . 17, 6, à savoir:... irm n' ntj m-s\f. G r i f f i t h le t r a d u i t dans le t e x t e (p. 141), comme s u i t ; " . . . w h o h a v e claim on him ( ?)", mais dans la n. 9 il a j o u t e : " or«these things which follow i t » " . D a n s la η. 6 (p. 274) il d o n n e l'explication s u i v a n t e : " « T h e y who h a v e claim on h i m » in the legal sense or «those things t h a t (are w r i t t e n ) a f t e r it ( t h e house)»". N o t r e expression irm η nlj m-s . s p e u t être t r a d u i t e m o t à m o t comme suit " e t ces (seil, titres) qui sont a p r è s cela". Le pronom posséderait ainsi u n sens n e u t r e (cf. L e x a , Gr. dém., I I 169 sqq.). U n a u t r e ex-emple identique à celui analysé p a r G r i f f i t h se t r o u v e à la ligne 12 de p a p . Bcrl. 3105.

61 La lecture de ce n o m p r o p r e n'est p a s certaine. Le premier signe est aussi pareil à ~ , mais H a r s i ê s e écrivait u n h t o u j o u r avec un p o i n t dessous (cf. aussi Berl. 3113 v° 3 et 3098 v ° 3 A où on écrit h de la m ê m e manière). Le n o m serait étrange, s'il n ' y a v a i t p a s la possibilité de le t r a d u i r e d a n s u n sens figuré comme à Myth. 4, 17—18 (m d). Cf. aussi mi ( Wb. I I 175, 5), d o n t t o u s les exemples d ' a p r è s les Belegstellen m a n q u e n t d ' u n article. Il est plus exacte de considérer le groupe 91 comme u n d é t e r m i n a t i f , a u t r e m e n t on a t t e n d r a i t l'article p' d e v a n t le n o m du dieu: M d-p -R'. J e dois cette dernière suggestion à M. C. F . N i m s.

62 Lire , Λ < ! ! ! > θ 9 ο . Ι 1 β —

63 U n e graphie r a p p r o c h é e est fournie p a r BM 10231 (cité d ' a p r è s Biirgsch. U r k . 17,6).

61 ( S ) O y N T E . ( Β ) θ γ θ Ν Τ Ε ; des constructions analogues p.ex. Fam. Arch. A 5 et В 7,23. La lecture de mlw p a r a î t être certaine, malgré quelques difficultés d'épi-graphie: un ω ligaturé à ^ e s t effacé d a n s la p a r t i e inférieure. De d e u x t r a i t s obliques, à gauche de , le plus court a p p a r t i e n t à =», t a n d i s que le plus long, j o i n t au Ç du m o t iwiw.t de la ligne p r é c é d a n t e d u t e x t e , indique semble-t-il, u n <? . Il est évident, d ' a p r è s l ' e x a m e n de l'intensité des traces d'encre à la ligne 4 et au-dessous, que le t r a i t oblique le plus long (un Ç de mtw) n ' a j a m a i s

(12)

U N C O N T R A T P T O L E M A Ï Q U E D E D J E M E

105

(b) pš.t; mtw.k st p'j.k wrh ntj ir mh (n) itnw 6 j mh htiw.t

600 I mh (n) itnw 6 'n ntj hrj p'j

65

; mn mtw.j

(c) md.t nb.t η p' i'

66

iw.ir.n.k

67

(η) rn.f η ťj (η) p' hrw ntj hrj;,

p' ntj i w r ii г.г.к r-db\t.f η rn.j iw.j dj wj.f r.r.k; m tu.к

(6) (a) kd.f η '.uj

ßa

, mtiv.k hpr n.im.f

69

irm nj.k šrt.w η' šrt.w η

n'j.k šrt.w η ťj η p' hrw ntj hrj š'

(b) rnp.t 99 I 'bd 1204y

2

/ rnp.t 99 'n iwt sh nb.t; sh Hr-s'-'s.t

s' Hnsw-ťj.f-nht.t ntj sh (n) rn η

70

Ns-p'-(c) -mir s' Wsir-Wr p ' hm-ntj (η) D'm'.

(7) (a) Sh

Hnsw-ťj.f-(b) -nht.t.t s' Hr-s'-'s.t iw.f (n)

7 1

ir.t.w

72

(и)

7 1

sh ntj hrj

72

.

constitué u n e p r o l o n g a t i o n de <? d u m o t iwiw.t. L e p o i n t à g a u c h e d u g r o u p e mtw est d ' a u t a n t plus r e m a r q u a b l e qu'il ne p e u t p a s ê t r e i n t e r p r t é c o m m e u n p o i n t de c o m b l e m e n t ( F ü l l p u n k t ) c o m m e nous en v o y o n s à la f i n de cette ligne mais H a r s i ê s e se servait s o u v e n t de ce p o i n t soit derrière le g r o u p e mtw, soit mtw.k (cf. p a p p . Berlin, passim).

65 Ρ j.к ivrh ntj ir 'n ntj hrj ρ j, u n e p h r a s e e x p l i q u a n t celle q u i la

pré-cède, i n d é p e n d a n t e d'elle, et aussi n o n - v e r b a l e : * ТТШК 0 * у р Б 2 ТТБ. 66 II semble c e t t e fois q u e le t r a i t horizontal au-dessus des signes Гч puisse être i n t e r p r é t é c o m m e la préposition n.

6' L e dessin des signes est assez obscur. Les ligatures q u i relient tous les élé-m e n t s de ce élé-m o t , à l ' e x c e p t i o n d u 6 initial, f o n t s u p p o s e r q u e le scribe se r e n d a i t c o m p t e d ' a v o i r à faire avec u n m o t entier, m a l g r é l ' h é t é r o g é n i t é des groupes p a r t i c u l i e r s (iw, ir et n.k) d o n t c h a c u n a u r a i t p u c o n s t i t u e r u n m o t séparé. U n e g r a p h i e à p e u p r è s semblable se t r o u v e d a n s le p a p . Beri. 3101 A, В 6. 68 Mot à m o t : „ T u le (seil, l ' e m p l a c e m e n t ) c o u v r i r a s de (la c o n s t r u c t i o n s d ' ) u n e m a i s o n " . Cf. Wb. У 73,9 —11; ancien m>n.

69 L a p h o t o g r a p h i e d u passage en question (échelle 3 : 1) est r e p r o d u i t e à la pl. 2 en h a u t . Le signe m est e n d o m m a g é s e u l e m e n t d a n s sa p a r t i e supérieure q u i ressemble à celle d u m o t mtw à la ligne 5 sect. (a). U n e l o n g u e u r p r e s q u e i d e n t i q u e à celle de ce signe se t r o u v e en (5) (c) — dernier m o t de c e t t e ligne. L a p a r t i e droite d u t r a i t h o r i z o n t a l d u g r o u p e ê j . est bien visible, ainsi que le s o m m e t de la p a r t i e g a u c h e de ce groupe. Il semble q u e le p o i n t en bas, à l'ex-t r é m i l'ex-t é g a u c h e d u g r o u p e en quesl'ex-tion, puisse êl'ex-tre i n l'ex-t e r p r é l'ex-t é aussi comme u n e espèce de p o i n t de c o m b l e m e n t . Le v e r b e hpr, employé d a n s le sens „ ê t r e " , „exis-t e r " , „ d e m e u r e r " , es„exis-t a „exis-t „exis-t e s „exis-t é d a n s Biirgsch. U r k . 10, 28; cf. aussi Wb. I I I 263,11. Il semble q u e n o u s a y o n s ici à faire a v e c u n e o b l i g a t i o n : on p e u t c o m p r e n d r e q u e Medj( ?) est obligé de b â t i r u n e maison et q u e ce sera u n e condition essentielle de ce c o n t r a t . Sur ce p o i n t , cf. L e x a , Gram dém., I V 657—674, s u r t o u t 657,1. 70 Le t r a i t h o r i z o n t a l à g a u c h e de la p a r t i e inférieure d u d é t e r m i n a t i f p o u r r a i t être considéré c o m m e le p o i n t de c o m b l e m e n t derrière le d é t e r m i n a t i f ^ц, ligaturé au n s u i v a n t .

51 Complété d ' a p r è s Berl. 3099,20; 3100,18; 5508,19. 72 Cf. Ε r i с h s e n , Urkundenvermerke, 77 sq.

(13)

106 T. ANDRZEJEWSKI V e r s o (1) îmn-htp s P"-Sr-(n-)Mnt7Î, (2) P'-ïgs ( ?y* s Hr-Dhutj,75 (3) Ns-Mn s' Ns- .... , ' (4) Hr-p -hj s' P'-šr-(n-)Irnn-ipj76, (5) P'-šr-(n-)Mnt s' îmn-htp''·', (6) îmn-htp s' Ns-Mn™, ( ? ) ···· s''

(8) .... s' .... ,

(9) P'-dj-îmn-ipj s' P'-sV-(n-)Hnsw79, (10) P'-sr-(n-)MntS0 s' Pa-Mnt, (11) Hr.iv s' N'-nht.t.w ( ?)81, (12) P'-dj-n'-bk.tv9* s'

T r a d u c t i o n

R e c t o

(1) (a) L'an 51, deuxième mois de la moisson, jour 12 du roi v.s.f.

Ptolémée v.s.f., dieu bienfaisant, fils de Ptolémée v.s.f.

(b) et de la reine v.s.f. Cléopatre v.s.f., sa soeur, et de la reine

v.s.f. Cléopatre v.s.f. son épouse, dieux bienfaisants,

(c) du prêtre d'Alexandre v.s.f., et des dieux sauveurs, des

dieux frères, des dieux bienfaisants, des dieux qui aiment

leurs pères,

(2) (a) des dieux qui se manifestent, du dieu qui aime sa mère,

du dieu dont le père est noble, des dieux bienfaisants,

et de la porteuse du trophée

73 Ce personnage est attesté dans le pap. Beri. 3105 v° 14.

74 Un g plutôt qu'un A- ou A:: la graphie du signe š un peu étrange. 76 Une graphie analogue, p. ex. pap. Beri. 3144 v° 9 (pl. 37). 76 Le même personnage est attesté dans le pap. Beri. 3101 В v° 14. 77 Cf. pap. Beri. 3100. 11.

78 Cf. pap. Beri. 3101 В v° 12.

79 Le même personnage — pap. Beri. 3100 v° 12 et 3099 v° sur le pap. Beri. 5508 (ν° 12) moins visible; cf. aussi 3101 Β v° 6.

80 La lecture P'-dj-Mnt ne semble pas exclue, quoique moins probable. Un P'-šr-(n-)Mnt s' Pa-Mnt est attesté par les pap. Beri. 3100 v° 10 et 5508 v° 11. 81 Cf. les pap. Beri. 5508, 3100 et 3099, v° 3 où le nom N'-nht.f est tout à fait visible.

(14)

UN CONTRAT PTOLEMAÏQUE ED DJEME

107

(b) de la victoire de Bérénice v.s.f., la bienfaisante, et de la

porteuse de la corbeille d'or devant Arsinoë v.s.f. qui aime

son frère, et de la prêtresse d'Arsinoë qui aime

(c) son père, ainsi que de ceux qui sont établis à Rakoti, et

à Psoï (qui est dans) le district de Nê.

A déclaré

le père

de dieu, le prophète d'Amon-Rê roi des dieux, le

servi-teur de ... , le serviservi-teur d'Horus, le prophète d'Ouêr, le

scribe ( ?) d'Ekhot ( ?),

(3) (a) le serviteur (des) dieux bienfaisants, des dieux qui aiment

leurs pères, des dieux qui se manifestent, du dieu qui aime

sa mère, du dieu dont le père est noble, des dieux bienfaisants,

(b) le premier prophète d'Amon, le second prophète d'Amon,

le prophète à Djêmé, et ainsi de suite, Espemete, fils

d'O-usirouêr,

au pastophore

(c) d'Aménopé de Thèbes Occidentale, Medj ( ?), fils de

Har-siêse, dont la mère est Tcherenthout:

je t'ai loué

6 aunes de sol, qui font

(4) (a) 600 aunes carrées, qui font de nouveau 6 aunes de sol,

de mes emplacements d'Amon de Djêmé, lesquels se trouvent

dans le quartier sud de Djêmé. Les voisins de ces

(b) 6 aunes de sol: au sud — mes emplacements appartenants

à Amon de Djêmé, au nord — la route du roi v.s.f., à l'est

— mes emplacements d'Amon de Djêmé que

(c) j'ai loués à Pétékhons, fils de Djehopehib, à l'ouest — mon

emplacement qui est parmi les emplacements d'Amon

de Djêmé que j'ai loué à

(5) (a) Pétémin, fils de Pététhout; c'est le total des voisins de

l'emplacement entier . dont la moitié appartient à Hor,

fils de Harsiêse, ton frère cadet.

(b) Il t'appartient, il est à toi, l'emplacement susdit, qui mesure

6 aunes de sol, qui font 600 aunes carrées, qui font de

nou-veau 6 aunes de sol. Je n'ai

(c) rien au monde contre toi en ce qui le concerne, à partir

du jour susdit. Chacun qui se sera élevé contre toi, à cause

de lui (seil, l'emplacement) en mon nom, je l'éloignerai

de toi, tu

(15)

108

T. ANDRZEJEWSKI

(6) (a) bâtiras une maison où tu demeurera, toi, et tes enfants,

et les enfants de tes enfants, à partir du jour susdit, pour

(b) 99 ans, qui égalent 1204 mois et demi, qui égalent de

nou-veau 99 ans, sans aucun détriment.

A écrit Harsiêse, fils de Khenstefnakhte

qui écrit au nom

d'Espe-(c) mete fils d'Ousirouêr, le prophète de Djêmé.

(7) (a) A écrit

Khenstef-(b) nakhte, fils de Harsiêse, lorsqu'il a été par les yeux dans

le document susdit.

V e r s o

(1) Aménhotep, fils de Pcherenmont,

(2) Pegoch ( ?), fils de Harthout,

(3) Esmin, fils d'Es... ,

(4) Herpkhi, fils de Pcherenaménopé,

(5) Pcherenmont, fils d'Aménhotep,

(6) Aménhotep, fils d'Esmin,

(7) ... , fils de ... ,

(8) ... , fils de ... ,

(9) Pétaménopé, fils de Pcherenkhons,

(10) Pcherenmont, fils de Pamont,

(11) Hériou, fils de Nenakhteou ( ?),

(12) Péténebeki, fils de ... .

[Varsovie]

f Tadeusz A ndrzejewski

Pl. 1

ρ

ViJE

ï

Л '

" W * · У ; I

'ЖШ^Щ

ERL . Л s

щщ

! . f r

•шШ·*

,

г;:

«#~

?V

Шз^м*·

шмш

J

ζΤ

т

-Τ ^ f «Vf γ \

ψ

4 фП^У^Пф^ $ i

- U * . Ъ л ч , U i i v < s f a < / f U t / V - .

fe^ ^ ^ - ' ^ -

4 ^ A * ? adą-«

β**/**

ш

H t ' . '.·*.,» I "•'.··;*· «. № f,

1 >й * ,

* · . ; . · ' A r f i ' l

ti..,.

(16)

108

T. ANDRZEJEWSKI

(6) (a) bâtiras une maison où tu demeurera, toi, et tes enfants,

et les enfants de tes enfants, à partir du jour susdit, pour

(b) 99 ans, qui égalent 1204 mois et demi, qui égalent de

nou-veau 99 ans, sans aucun détriment.

A écrit Harsiêse, fils de Khenstefnakhte

qui écrit au nom

d'Espe-(c) mete fils d'Ousirouêr, le prophète de Djêmé.

(7) (a) A écrit

Khenstef-(b) nakhte, fils de Harsiêse, lorsqu'il a été par les yeux dans

le document susdit.

V e r s o

(1) Aménhotep, fils de Pcherenmont,

(2) Pegoch ( ?), fils de Harthout,

(3) Esmin, fils d'Es... ,

(4) Herpkhi, fils de Pcherenaménopé,

(5) Pcherenmont, fils d'Aménhotep,

(6) Aménhotep, fils d'Esmin,

(7) ... , fils de ... ,

(8) ... , fils de ... ,

(9) Pétaménopé, fils de Pcherenkhons,

(10) Pcherenmont, fils de Pamont,

(11) Hériou, fils de Nenakhteou ( ?),

(12) Péténebeki, fils de ... .

[Varsovie]

f Tadeusz A ndrzejewski

Pl. 1

ρ

ViJE

ï

Л '

" W * · У ; I

'ЖШ^Щ

ERL . Л s

щщ

! . f r

•шШ·*

,

г;:

«#~

?V

Шз^м*·

шмш

J

ζΤ

т

-Τ ^ f «Vf γ \

ψ

4 фП^У^Пф^ $ i

- U * . Ъ л ч , U i i v < s f a < / f U t / V - .

fe^ ^ ^ - ' ^ -

4 ^ A * ? adą-«

β**/**

ш

H t ' . '.·*.,» I "•'.··;*· «. № f,

1 >й * ,

* · . ; . · ' A r f i ' l

ti..,.

(17)

Cytaty

Powiązane dokumenty

Ati, le protagoniste de cette histoire, se trouve depuis un an déjà, malade, atteint d’une tuberculose sévère, isolé dans un sanatorium perdu, « hors du temps » (Sansal, 2015,

L’écriture de Sansal excelle dans la description de ces interminables caravanes de pèlerins qui n’avancent pas, mais tournicotent dans un mouvement qui est la négation

Andrzej MAJDOWSKI, „Opieka nad biednymi kościołami” przv 265 Warszawskim Arcybractwie Nieustającej Adoracji Najświęt­. szego

Que le présent volume XV des Acta Mediaevalia soit un modeste hommage à cette Université superbe ; hommage lui offert par des chercheurs regroupés auprès de

It also fellows that the original version of WAF given by (4) - (7) has second order accuracy in space and time for all linear systems of hyperbolic conservation laws.. For

Przemyt migrantów, generując dochód rzędu ponad 100 mln USD rocznie, stanowi liczącą się gałąź działalności transnarodowej przestępczości zorganizowanej. Napę- dzany

W zabudowie miasta wystąpiły najpierw tendencje do rozbudowy intensywnej, pionowej; zanim jednak skoncentrowano ciężar budo­ wnictwa na nowych domach, gorączkowo

Marciszewski bronił interesów krakowskich szkół parafialnych i na- turalnie też przez siebie kierowanej, ale czy Szkoła Główna, do której on się zwrócił, wywiązała ąję