• Nie Znaleziono Wyników

La Renaissance et l'Extrême-Orient

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "La Renaissance et l'Extrême-Orient"

Copied!
11
0
0

Pełen tekst

(1)

A C T A U N I V E R S I T A T I S L O D 2 I E N S I S ___________________ FOLIA LITTERARIA 26, 1989

Mitchiko Ishigami-Iagolnitzer i

LA R E N A I S S A N C E ET L ' E X T R E M E - O R I E N T

En r e nd an t h o m m a g e au prof. E n z o G i u di c i d'I ta lie , pay s d ou le m o u v e m e n t de la R e n a i s s a n c e s' est r é p an d u en Europe,

je v ou d r a i s d é c ri r e ici un a sp ec t de la d é c o u v e r t e de l ' E x t r ê -m e - O r i e n t par des E ur o pé e ns à la Re na iss an ce .

I

Le v oy a g e des E u r o p ée n s en Asi e a dé jà c o m m e n cé au M o y e n Age avant M a r co P olo pa r l'e nvoi par le pa pe I n no c en t IV du frère f ra n c i s c a i n G io v an n i di P i a no Carpino, dit J ea n de P lan Carpin, à K a r a c o r u m a up rè s du g r an d kha n m o n g o l (1245-1246) et 1 env oi par Sai nt Lo u is d A n d r é de L o n gj um ea u, do min ic ain , en 1249 et de G u i l l a u m e de Rubruck, un f r a n c i s c a i n flamand, en 1253 en Asi e c en t r a l e p ou r pr o p o s e r une a l l i a n c e c on t re d ' I s l a m 1 .

D 'a u t r e par t un Chin ois, p a t r i a r c h e n e s t o r i e n 2 de Perse, en v oyé vers le Pape par le k ha n de P e rs e A r g h o u n qu i d é s i r a i t à é ta bl ir une a l li a nc e avec les c h r é t i e n s c o nt r e l'Islam, a r -riva it à Ro me en 1287, hui t ans a v an t le r e to u r de s P ol o à V e -nise, p or t an t de s l et tr es ré d ig é es en o u l g o u r et se r é fé r an t au g r an d k ha n Kubila'i de M o n g o l qui d o m i n a i t a lo rs la Chine. Le si ege du pap e é t a it vacant, m ai s l ' a m ba s s a d e u r ch i n o i s ( Ra

b-М. M o 1 1 a t, Grands voyages et connaissance du monde du milieu du XIIIe siecle. Centre de documentation universitaire 1966.

2

Le christianisme de 1 école nestorienne a pénétré en Chine au VIIe siecle, mais en fut expulsée au IXe siècle. Les nestoriens pratiquaient en Asie centrale et au Moyen Orient au XIIIe siècle.

(2)

ban CJauma) fut r eçu par P h il i p p e le B e l à P ar is et pa r le roi E d w ar d Ier d ' A n g l e t e r r e à B o r d e a u x 3 . C e tt e a l l ia n c e n 'eut pas lieu et la Te r re S a in t e fut perdue. C e p e n da n t l ' e nv oy é c h i -nois lais sa u n des p re m i e r s réc it s c o n n us é c ri ts par un E x t r ê -m e - O r i e n t a l sur l'Europe.

/ e 4

Au d e bu t du XV siecle, 1 e m p e r e u r c h i n o is Y o n g y a o de la d y n a s t i e des Mi n g a de son c ôté e nv o yé des a m b a s s a d e u r s à l ' é -tranger. L 'u n de ces de rn ie rs , Zhenghe, a v o y a gé à sept r e -p r i s es d u ra n t une t r en t a i ne d' a n n é e s à p a r t i r de N a n j i n g

(1405-) via Champa, Java, le Cambod ge, le Siam, Ma lac ca, C a l -cutta, Sumatra, Ceylan, Hormuz, Aden, etc., m ai s il n ' es t pas p a r v e n u e n Europe.

E n f i n à la Re na is s an ce , de s e x p l o r a t e u r s e u r o p é e n s p ar t a n t vers l 'ou est et v ers l'est, d é c o u v r e n t les I n de s O c c i d e n t a

-les (= -les d e u x Amériqu es. C h r i s t o p h e C o l o m b 1492, A lv a r e z Ca- b rol 1500), u ne v oi e m a r i t i m e ve rs l'Inde (Vasco de G am a 1498) et p a r v i e n n e n t j u s qu 'a ux P h i l i p p i n e s (Ma ge l la n 1521). Des n a -vi g a te u r s po r tu g a i s et e s p a g n o l s p a r t en t alo rs à la r ec h er c he d 'u n n o u v e a u m a r c h é et à la c o n q u ê t e de no u v e l l e s c o lo n i e s en Asie. Les p r e mi e r s o c c u p e n t G oa en Inde (1510) et Ma l a c c a (1511), p a r v i e n n e n t j u s q u 'à G u a n g d o n g en C h in e (1517), jusq u'à B u n go (1541) et T a n e g a s h i m a (1543) au J a p o n et s 'i n s t a l l e n t à M a ca o e n C hi ne (1557). Les se c on ds o c c u p e r o n t M a n i l l e aux P hi li pp in es (1571) et p o u s s e n t j usq u' à G u a n g d o n g (1575).

En mê me temps que ces n a v i g a t e u r s et v o y a g e a n t a vec eux, des m i s s i o n n a i r e s c a t h o l i q u e s v i e n n e n t en Inde, en C hi ne et au J a po n p our é v a n g él i s e r leurs h abi tan ts . U n h i s t o r i e n japon ais c o n s i d è re que c' e st p ou r r e c o n qu é r i r le t e r r a i n p e r d u e n E u -rope a ca u se de la R é f o r m e que l' Eg li se c a t h o l i q u e s 'a c ti ve a i n s i 5 . De fait l ' e x p l o r a t i o n d ' au t r e s co n t i n e n t s et l ' a c -tiv it é des m i s s i o n n a i r e s p o u r l 'é v a n g é l i s a t i o n à la R e n a i s -sance ont d eu x aspects, m a t é r i e l s et sp irituels, des m a n i -fe s t at i o n s de l 'é n er gi e d é b o r d a n t e des Eu ropé ens, la R e n a i s -sa nce de s le ttre s g r é c o l a t i n e s à la m êm e é po qu e é ta n t son e x -p r e s s i o n i n t e l l e c t u el l e et mo rale.

^ M. M o 1 1 a t, op. cit., p. 111. 4

Dans cet article tous les noms propres chinois sont transcrits en "çinyin", prononciation officielle adoptée aujourd'hui en Chine, selon

1 usage actuel des sinologues français.

K. H a g a , Nouvelle étude de l'histoire du Japon, Tokyo, Lib. Ikeda, 1952, p. 180.

(3)

F r a n ç o i s X av ie r, n o m m é pa r le • p a pe " no nc e ap o s t o l i q u e " pou r t ou t l ' em p i r e c o l o n i a l d u Po rt ug al, a p rè s de d ur s e f -forts p ou r é v a n g é l i s e r l'Inde, s é j o u r n e au J a p o n de 1549 au 1551, a v an t de r e pa r t i r p o u r l' In de et e n s u i t e p ou r la Chine. Le jé su i t e M a t t e o R i cc i p a r v i e n t en C h i n e en 1580, c o n v e r t i t des C h i n o i s et il e st a p p r é c i é pa r l ' e m p e r e u r d es M i n g p o ur ses c o n n a i s s a n c e s s c i e n t i f i q u e s ( astro nomi e, g éo g r a p h i e ) . Il est c o n t e m p o r a i n de G a l i l é e et de M o n ta i g ne .

Ai n si la R e n a i s s a n c e est la p é r i o d e où des E u r o p é e n s et des E x t r ê m e - O r i e n t a u x ont d é c o u v e r t m u t u e l l e m e n t une c i v i l i s a -tio n c o m p l è t e m e n t d i f f é r e n t e de la leur. C es E u r o p é e n s é t a i e n t des e n v o y é s des m a r c h a n d s ou d es m i s s i o n n a i r e s , et leur but ét a i t l ' o u v e r t u r e d u c o m m e r c e ou l' é v a n g e l i s a t i o n . Ils e ta i e nt so u v en t f i n an c é s ou s o u t en u s pa r l eurs rois. Si de s h u m a n i s -tes e u r o p é e n s d é v o r é s p ar la c u ri o si té , tels que R a b e l a i s et Mo nt ai g n e, a v a i e n t p u v o y a g e r à l ' é p oq u e j u s q u ' e n C h i n e ou au Japon, ils a u r a i e n t l ais sé de s t é m o i g n a g e s é c r i t s e x t r ê m e -m en t i nt ér es s a nt s , -m a i s ils ne sont pas a i l e s pl u s lo in que Rome. En ef f et le v o y a g e en E x t r ê m e - O r i e n t é t a i t à l ' é p oq u e très p é r i l l e u x et coût eu x. Po ur c e t t e r a i s o n les t é m o i n s p r i n -c i p a u x de la d é c o u v e r t e de l ' E x t r ê m e - O r i e n t à la R e n a i s s a n c e don t n ou s d i s p o s o n s sont des m i s s i o n n a i r e s , i n f a t i g a b l e s v o y a -g e u r s et é p i s t o l a i r e s c o n s c i e n c i e u x , qu i ne c r a i g n a i e n t ni le d a n g e r ni la mort.

II

Une sé ri e de le t tr e s que F r a n ç o i s X a v i e r a é c r i t e s к Ign ac e de L o y o l a et à ses c o m p a g n o n s j é s u it e s d E u r o p e et d Inde font p a r t i e des rar es t é m o i g n a g e s écri-ts sur ce q u u n Européen, v e n u en E x t r ê m e - O r i e n t au t em ps de la R e n a i s s a n c e , a d é c o u v e r t .

F r a n ç o i s X a v i e r est p a rt i de L i s b o n n e le 7 a v r i l 1 5 4 1 ave c le V i c e R oi de l' In de ( g o u v er n e ur p o r t u g ai s ) p o u r a r r i v e r à

6 Nous avons consulté: Textes ignatlens, 2e série, Correspondances, II, François Xavier. Ignace de Loyola: Lettres que le prof. Gabriel Perouse nous a offertes et lesvs. Cartas qve os padres e irmaos da Companhia de lesus escreuerâo dos Reynos de Iapâo y China aos da mesma Companhia da india, y Europa, des do anno de 1549 atè о de 1580, Primeiro tomo, em Euora por Manoel de Lyra, anno de M. D. XCVIII. Cartas de lapao do anno H. D. xlix, par François Xavier, pp. 9-15.

(4)

Goa en Inde le 6 ma i 1542. Il y c o n s t r u i t u n coll ège , s ' oc c up e de s P o r t ug a i s h ab i ta n t sur place, c o nv e r t i t d es h in d o u s et les instruit. A Malacca, F r a n c o i s X av i e r a ap pr i s des m a r c h a n d s p or t u g a i s 1 e x i s t e n c e de g r an d e s îl es " dé c o u v e rt e s d ep u i s peu dans ces c o n t r é e s et qui s ' a p p e l l e nt les l i e s d u J a p o n " 7 . Il y r e n c o n tr e A n g er o d ont le n o m de ba p t ê m e est P aul de Sai nt e Foi, un jeune J ap o n a i s c o n ve r ti au c hr i st ia n is m e. A p p r e n a nt de lui que "le p e up le jap o na i s est en t i è r e m e n t paien, sans juifs ni m aures, p e up le très c u r i e u x et av ide de s av o ir d es c hos e s no uve lle s, tant sur Di eu q u ' e n ce qui to uc he la n a t u r e " 8 , F r a n ço is Xa vi e r fait p art à Igna ce de L o yo l a de sa ferme d é -c i s i o n d ' a l le r e v a n gé l i s e r les J apo nais, m a l g r é le d an g e r du voyage. "C elui-ci, lui é cr it- il , n 'i ra pas sans de n o m b r e ux et g r a nd s pér i ls de mort: fo rte s tempêtes, vents, écueils, b r i -g an ds partout. Lo r s q u e sur q u a t r e na v i re s d eu x a r r i v e nt à bon

û

port, c est un gr a nd su ccès" .

F r a n ço i s X a vi e r p art de G oa avec Co sm e de T or r e s en avri l 1549. Ils ava ie n t p r o j e t é d ' a l l e r d ' a b o r d à la c a p i t a l e du J a p on où r é s i de nt "le roi [l'empereur] et la m a j o r i t é de ses s ei gn eur s" et vi s i te r les "u n iv er sit és" , m a is le ve nt étant co ntr air e, ils d é b a r q u e n t à K a g o sh i m a le 15 aoû t 1549, au sud du J apon, le pa ys d'Ang ero, les gens s ont "b ons et non m al i c i e ux " et t ie n n en t à l' ho nn e ur plus q u'à t ou te autre

chose.-F ra nç o i s X a vi e r éc r it de K a g o s h i m a aux "irm aos " du c o l lè g e de Sa in t Paul de Goa le 5 n o ve m b r e 1549 sur les m o e u r s des gens du p a y s 1 0 .

A n g e r o éta nt très e s ti m é de ses p a re n ts et amis, F ra nç oi s Xa vi e r et ses c o m p ag n o n s ont é té r eç us avec " b e a u c o u p de b é n i -g ni té et d' am ou r " par le " c ap i ta in e " et le m a i re du lieu, tous é m e r ve i l l é s de v o ir les p è r es du P ortugal. Le "duc" de c et te t e rre p ose b e a u c o u p d e q u e s t i o n s sur les c outumes, la v a l eu r et le g o uv e r n e m e n t de s Po r t u g a i s et il e st s at i s fa it des r é p on se s d o n n é e s par Angero.

7 Aux compagnons vivant à Rome, Cochin, 20 janvier 1348, Lettres p. 121. A Ignace de Loyola, Cochin, 14 janvier 1549, Lettres, p. 136.

9 Ibidem, p. 138.

л Outra do padre mestre Francisco de Japam, escrita en Cangôxima aos irmaos de Collegio de S. Paulo de Goa, no anno de 1549 a 5 de Novêbro", Cartas de Iapao, pp. 9-16.

(5)

Q u e l s sont les m o e u r s des J a p o n a i s tels q u ' i ls sont a p pa ru s aux y e u x de F ra n ç o i s X av i e r en 1549?

P a rm i les cl a s s e s s o c ia le s de s Ja po nai s, c e l l e qui a a t t i -ré le p lus s on a t t e n t i o n es t c e l le des samura i, ave c q ui il a eu le pl us de conta cts . Il r e ma r q u e q u e c e u x - c i e s t i m e n t les ar mes et p or t e n t t o u j o ur s l'épé e et le s a b re dès l'â ge de 14 ans. Ils se c o n s a c r e n t au s e r vi c e de leur s ei g n e u r sur t err e et ne se m a r i e n t pa s a vec les g en s de la c l a s s e i n f é -rieure. Ils s on t p o l is avec les autres, ne s o u f f r e n t j ama i s les i nju re s q u ' i l s c o n s i d è r e n t c o mm e dé s ho n n e ur . Ils s ont s ob re s et pauv res. Ils ne joue nt g u è r e et c e u x qui j ou en t sont c o n s i -d é ré s c o mm e lépreux. Ils j ur en t p e u et s' il s jurent, c ' es t par le soleil. B e a u c o u p de g en s sa ve n t lire et é c ri r e et a p -p r en n e n t en -p eu de t e m-ps les o r a i s o n s et les c h o se s de D i e u 1 1 . Les J a p o na i s " é c r i ve n t d ' u n e m a n i è r e tr ès d i f f é r e n t e de la nôtre, de ha ut en bas, éc r it-i l. C o m me je d e m a n d a i s à Paul p o u r qu o i ils n ' é c r i v a i e n t pas de n o tr e façon, il me r é p on d i t en me d e m a n d a n t p o u r q u o i nous n ' é c r i v o n s p as de la leur. Et il me d o n n a ce t te raison: c o mm e l'h o mm e se ti e nt la t ête en h aut et les p i e ds en bas, de m ê m e au ssi q u a n d il é c ri t il doit

12

le faire de ha ut en bas" . L es J ap o n a i s sont de b o n ne v o l o n -té et ils ont b e a u c o u p de d é s i r de savoir, c o n t i n u e F r a n ç o i s Xavier. Ils cr o i e n t b e a u c o u p dans des h om m e s de l ' a n ti q u i t é qui v i v a i e n t c o mm e p h i l o s o p h e s (il s ' ag it c e r t a i n e m e n t des p h il o s o p h e s c h i no is tels qu e Laozi, K on gz i et Zhu ang zi ). B e a u -c ou p a d o r e nt le so lei l et d ' au t r e s la lune. Ils é c o ut e n t la r ai s o n et ils s ont o b é i s s a n t s aux p e r s o n n e s â g ée s q u ' i l s t i e n -n e-nt c o m m e p è re s et a u x g ens de s a c e r d o c e q u 'i l s a p p e l l e nt " b o n z e s " 1 "*.

D e u x c h o se s e f f r a i e n t F r a nç o i s X a v i e r d an s ce pays. D ' a b o r d de voi r q ue de g r a nd s p é c hé s sont t en us c o m m e peu, l ' a c c o u t u -m a n c e c o r r o -m p a n t les nature s. (Il ne d i t pa s d e q u e l s pé c hé s

il s'agit). D e ux i è m e me n t , de v o i r qu e d a n s ce p a ys les laïcs v i v e n t p lus h o n n ê t e m e n t que les bonzes. Il y a b e a u c o u p d ' a u -tres e r re u r s et m a u x p a r m i ces d er nie rs. ( Fr anç ois X a v ie r a vi te r ep é ré ses rivaux).

11 Ibidem, p. 0, v ° . 12

Lettres, p. 143, note A.

1^ Transcription du mot japonais zu, appellation populaire des re-ligieux bouddhiques, l'appellation littéraire étant sô ou soryo.

(6)

Les J a po n a is e s ti m e n t "le coeu r de vérité", ma i s ils ne sav en t pas si l'âme est i m mo rt el le ou m e ur t c o n j o i n t e m e n t au corps. Ils son t e f f ra y é s de v oi r c o mm e n t ces m i s s i o n n a i r e s sont ve nus dan s une te rre si lointaine, d u P o rt u g al au Japon, pour sau ve r les âmes, c r o ya n t en Jé sus Ch ris t et e n v o yé s par Dieu.

Les "bonzes" sont très o b éi s dan s ce t te terre, b i en que leurs pé ch é s so ient m a n i f e s t e s à tous. C'est pou r la gra nd e a bs t in e n ce qu'i ls font. Ils ne m a n g e n t jamais de viande, ni de po issons, p r e na n t s e ul e m en t des légumes, fru it s et riz tous les jours. B e a u c o u p d ' e n t r e eu x on t pe u de revenu. Pour c e t -te ab s t in e n ce c o n t i n u e l l e (ils n ' on t pas de re l a t i o n avec des femmes, sous p e in e de p e r dr e la vie, s p éc i a l e m e n t ce ux qui sont h a bi l lé s de noir co m me le clergé) et pou r sa vo i r ra co nt er c er t ai n e s h is t o i r e s et m i e u x ex pr im e r ce qu 'i l s croient, les gens les t ie nn e nt en b e a u c o u p de vé né ra tion. Il écrit:

Nous serons très persécutés d'eux, tellement contraires à nous à cause de l'idée que nous avons de sentir Dieu et de sauver les gens. De la part des séculiers, il ne me paraît pas que nous ayons d'objec-tion ou de persécud'objec-tion. Nous sommes là pour déclarer et manifester la vérité, même s'ils nous contredisent, puisque Dieu nous oblige à aimer sauver nos proches plus que nos vies corporelles^1.

F r an ç oi s X a vi er v o u d r a i t aller à M i y a ko (la ca pita le, K y o -to). On dit q u'à Miyako, à 300 lieues de là, il y a 90 000 maisons, une grand e U n i v e r s i t é qui po s sè de ci n q c ol l è ge s p r i n -c i pa u x et plus de 12 m a i s o n s de "bonzes". En d e ho rs de cette

"Univer sité" , il y a ci nq " Un iv er si té s" p ri n c i p a l e s (il s ' a -git de c in q cen tr es d 'é t u d e s b o u d dh i q ue s a u tou r de Kyoto), soit "Coya" (= Koya), " N e n g u r u " , "Feizan" (= Eizan), "Tani no- m i n e " ^ 5 , dont c h ac un e a, dit-on, plus de 3500 étu diant s. Il y a aussi un e "U ni ve rsi té " très lo in ta in e a ppe lé e "Band ou" Kamakura, un des c e nt re s du Zen), la plus gr a nd e et la plus i mp o rt an te d u Japon. B a n d o a son sei gn eu r (il s' agit du sh ogun qui t ie nt o b é is s a nc e au "roi" du J ap on et qu i est le g r an d roi de la capitale. (Le shogun, chef du g o u v e r n e m e n t As h ik ag a g o u v e r na i t en fait le J a p o n ) . P ui s qu e le "roi" de C hin e est

^ Cartas de Iapâo, p. 13 v°.

(7)

ami du "roi" du Japon, il e s pè r e a ller en Chine, ave c le sauf c on du it du "roi" du Japon. B e a u c o u p de b a t e a u x n a v i g ue n t du

1 6 J ap on vers la C hi ne en 10 ou 12 jours

Le ton o p t i m i s t e de Fr a nç o is X a v ie r d an s c e tt e le ttr e c o n -tr ast e c e p e n d a n t ave c le ton amer de la lettre q u 'i l a a d r e s -sée p lus ta rd à I gna c e de Lo y o la de C o c hi n le 29 juin 1552, au r etou r du Japon. Les a u t o r i t é s de la c a p i t a l e et des m a î -tres des " Un iv e rs i té s " b o u d d h i q u e s ont é té d ur s avec lui. Car le m i s s i o n n a i r e a osé leur d é c l a r e r p u b l i q u e m e n t que le b o u d d -h isme ne s a u v e r ai t pas les h o m me s et qu e seul le c h r i s t i a n i s -me p o u va i t le faire. Il écrit:

S'il est nécessaire d'envoyer des Pères de la Compagnie au Ja-pon, c'est parce que les la'ics japonais s'excusent de leurs erreurs en disant qu eux aussi possèdent leurs enseignements et leurs lettrés Et ceux qui iront auront à subir maintes persécutions; car ils devront s'opposer à toutes les sectes se manifester publiquement et démontrer combien sont trompeuses les pratiques et les manières qu'emploient les bonzes pour tirer l'argent des laïcs. Cela, les bon-zes ne le supporteront pas, principalement quand nos Pères diront que ces mêmes bonzes ne peuvent tirer les âmes de l'enfer, car c'est grâce a cette croyance qu'ils gagnent leur vie [...] Ils seront per-sécutés, plus que beaucoup ne le pensent. Ils seront très importunés de visites et de questions, à toutes les heures du jour et de la plus grande partie de la nuit [...]. Pour répondre à leurs questions, il faut être lettre; il y faudrait surtout de bons maltres-ès-Arts £•••] Nos gens auront à endurer de grands froids, car Bando, qui est la principale Université du Japon, est située fort avant vers le Nord [...] et les gens qui habitent les pays froids ont plus d'intelligen-ce et d'acuite. En outre il n'y a rien d autre à manger que du riz [...]. Et la plus grande épreuve de toutes, ce sont les périls de mort, continuels et évidents.

Cepe ndant, Fr a n ç o i s X a v ie r es pè re q u ' I g n a c e de L o y o l a e n -v er ra d ' E u r o p e "de sa ints h o m me s p our le Japo n", si p o ss i b l e des A l l e ma n ds ou F lam ands, qui s u pp o rt e r o n t "le f r oi d et les pe ine s ph y si qu es ", car, dit -il, "de t ou tes les te rr es d é c o u -v e rte s en ces par ages, le p e u p l e du J a p o n est le seul c ap a b le

(8)

de p e rp é t ue r le c h r i s t i a n i s m e d ans son pays, e n c or e que c el a 1 *7

ne p ui ss e ê tre q u ' a u p r i x de très g r an de s pe in es"

Cel a se p as s a it sous le rè gne d u s ho gu n Y o s h i t e r u Ashikaga, au m i l i e u des guer re s civile s. S u p p o s on s q u e des m o i n e s b o u d d -h i ste s dé b a r q u e n t à Li s b o n n e au m i l i e u du X V I e s i è c l e ,t e n te n t de c o nv e r t i r les Po r tu g a is au b o u d d h i s m e et c r i t i q u e n t le c ler g é c h ré t i e n à l ' U n iv e r si t é de C o i mb ra d e v a nt ses t h é o l o -giens. N 'a u r a i e n t - i l s pas s u s ci té h o s t i l i t é s et re mo us ? N ' a u -ra i en t - il s pas eu af f ai re avec le tri bu na l ec cl és i a st i q ue , c o mme F ra nç oi s X a vi er à Ka mak ura, s iège du g ou v er n e m e n t s h o g u -nal et un de s p r i n c i p a u x ce n t re s du Ze n b o u d d h i s m e qu e le s h o -gun pr ot é ge a i t?

N o b u n a g a Oda, un des p u i s sa n t s armés, entr e dan s la c a p i -tale en 1568. L 'a nn ée suivan te, s ' i n t é r es s a nt à la c i v i l i s a -t ion o c c id e n -ta l e e-t h o s t i l e à la d é g r a d a t i o n du c l er g é b o u d d -hique, il a ut o ris e les m i s s i o n n a i r e s à é v a n g é l i s e r et à fonder une é gl i se d ans la capi tale . Ap rès la c h ut e du g o u v e rn e m en t sh ôg un al As h ik ag a en 1573, il d om i n e r a le J a p on de 1575 à 1582. Il a u to ri se la c o n s t r u c t i o n d 'u n s é mi n ai re à Azuchi. Le c h r i s t i a n i s m e trou ve ses a d e pt e s p ar mi le m en u p e u p l e et de gra nd s sei gn eu rs du Su d du J a p o n tels que Otomo, Omura, Arima, qui e nv o i en t ci nq jeunes a m b as s a d e u r s c h ré t i en s avec leur e s -co rte vers le Pape (1582-1590). Ces a d o l e s ce n t s j apon ais t r a -v er s en t la m er indienne, c o n t o u r n e n t l'Afrique, d é b a r q u en t au Portugal, t ra v er s e nt l' E sp ag ne et la France, en s us c it an t sur leur c h e mi n la c u r i o s i té de s E ur o p é e n s et ils sont r eçus à bras ou ve r t par le Pape à Rome. Le r éci t de leur v oy a ge sera

i t 18

p ub li e en p l u si eu rs la ngues e u r op é e nn e s en 1585, 1586, etc. En 1582 le no m br e de c h r é t ie n s au J a p on at t ei nt 150 000 et il all ai t e n co re augmenter.

Cep endant, Hi d ey o s hi T oy otomi , après la mo r t de No b u n a g a Oda, o c c u pe le p o st e de kanpaku d epu i s 1585. Il u n if ie et

17 Д Ignace de Loyola, Cochin 29 janvier 1552, Lettres, pp. 146-150. 18

Le dlscovrs de la venve des Princes Iapponois en Europe, tiré d'vn aduis venu de Rome, En laquelle est contenue la description de leur pays, coustumes et maniéré de viure, auec ce qui leur est aduenue en chemin dès qu'ils sont départis de leurs Royaumes iusques à leur arriuee en Europe, et à Rome: Ensemble de 1'obeissance prestée à nostre S. Pere, et la copie des lettres presentees à sa sainteté, de la part de leurs Roys et soi gneurs, c'est annee HDLXXXV, traduit de l'italien par Jacques Gualtier d'Annonay, chez Benoist Rigaud 1585. Deux éditions italiennes en 1586, une édition allemande en 1586, une autre édition française en 1586.

(9)

g o uv e r n e t ou t le J a p o n j u s qu ' e n 1599. Il in t e r d i t l ' é v a n gé l i - s a t i o n en 1587, o r d o n n e l ' e x p u l s i o n d e s m i s s i o n n a i r e s , la d e s -t r u c -ti o n des ég l i s e s et des é c o l es c h r ét i e n n e s , c o n s i d é r a n t la d i f f u s i o n d u c h r i s t i a n i s m e c o m m e o b s t a c l e à sa c o n q u ê t e d u J a -pon. Le g o u v e r n e m e n t T o k u g a w a f e r m e r a la p o r t e d u J a p o n à p a rt ir de 1616 aux p a y s d ' O c c i d e n t sauf la H ol la nde .

Po ur la Chine, F r a n ç o i s X a v i e r a a u ss i g a r d é l'es poi r. D e Goa où il é t a i t r e ve n u en 1557, il rê ve de p a r t i r p ou r la C h in e p our l ' é v a n g é l i s e r , en s o u h a i t a n t q u e les J a p o n a i s s u i -vent l" e x e m p l e de s Chi nois. Il é c r i t à I g na c e de L o y o l a de C o c h in le 29 j an vi e r 1552:

La Chine est un pays immense, pacifique, gouverné par de grandes lois. Il y a un seul roi, et il est fort obéi. C'est un royaume très riche, qui abonde fort en toutes sortes de ressources [...]. Ces Chi-nois ont l'esprit très vif et s'adonnent aux études, principalement aux lettres humaines en ce qui touche au gouvernement de l'Etat; ils sont très avides de savoir. C'est un peuple blanc, sans barbe, aux

19 yeux fort petits; un peuple libéral, très pacifique surtout

F r a n ço i s X a v i e r pa r t po u r la C h i ne le 15 a v ri l 1552 et m e ur t à S a n c i o n le 2 d é c e m b r e 1552 sans s av o i r q u ' il a v a it été nom mé " p r o v in c i a l de l'Est" d e sa C o m p ag ni e . I gn a c e de L o -yo l a lui é c r it une le tt r e de r a pp el en E u r o p e (28 ju in 1553), alors q u' i l é t a it d é j à mort. D ' au t r e s m i s s i o n n a i r e s lui su cc é de r on t. Les e m p e r e u r s de s Mi n g n ' on t pas a u t o r i s é les c o m m e r ç a n t s e u r o p é e n s à fa i r e le c o m m e r c e a ve c les C h i no i s si ce n ' es t so us f or me d ' é c h a n g e de c a d e a u x e n tr e les e m p e r e u r s et ces é t r an g e r s . Q u a n t au c h r i st i a ni sm e , c eu x p a r m i les m i s s i o n n a i r e s qu i c o n d a m n e n t les c u lt e s tr a d i t i o n n e l s c h i n o i s c o m m e i d o l â t r i e ay a n t pr i s le dess us, l ' em p e r e u r K a n g z i i n t e r d i t 1 ' é v a n g é l i s a t i o n à d ' a u -tres m i s s i o n n a i r e s q u ' à c e u x de la c o m p a g n i e de J é s u s (en 1691). Ap rè s la c o n d a m n a t i o n p a r le p ap e C l é m e n t XI de l'u s ag e du cu l t e de Kon g zi et d es a n c ê t r e s (1704), les m i s s i o n n a i r e s s'y c on f or ma n t, l ^ é v a n g é l i s a t i o n en Ch in e s er a t o t a l e m e n t i n -t e r di -t e à p a r -t i r d e 1723.

(10)

III

Ainsi l ' E x t r ê me - Or i e nt se re p li er a sur lu i -m êm e j usqu 'à la fin du X I X e siècle, la m é f i a n c e de ses g ou v e r n a n t s à l ' é -g ard des i nf l ue nc es o c c i d e n t a l e s et l ' i n c o m p r é h e n s i o n de c e rt a i ns O c c i d e n t a u x en ve r s la r e l ig io n et la c u l t u r e de s pays d ' E x t r ê m e - O r i e n t fai sa nt o b s t a c l e à son o u ve r t u r e vers l'Oc- cident.

Depuis, la si t ua t io n a changé. Le vrai d i a l o g u e e nt re l'Oc- c ide n t et l'Orien t a c o m m e n c é et des O c c i d e n t a u x et d es O- r i en t a ux t â c hen t de c o m p r e n d r e m u t u e l l e m e n t la r e li g i on et la c ul tu re qui leur é t a ie n t é tran gères . Les E x t r ê m e - O r i e n t a u x ay ant le go ût du concret, ont d u mal à c o m p re n d re le c h r i s t i a -nisme, m ai s ils ont b ie n a s si m i le la c i v i l i s a t i o n r a t io n a li s t e et m a t é r i a l i s t e d ' O c c i d e n t qui s'est d é v e l o p p é e d ep ui s la Ren ais sa nce . Et ce sont p r é c i s é m e n t des h om m e s de la R e n a i s

-sance qui ont ou ve r t la v oi e m a r i t i m e vers 1 E x t r e m e -O r i en t et ont t enté de d é v e lo p p er les co n t ac t s avec de s E x t r ê m e O r i e n -taux.

Centre National de la Recherche Scientifique Institut de Recherche et d Histoire des Textes, Paris

France

Mitchiko Ishigami-Iagolnitzer

RENESANS I DALEKI WSCHÓD

Na wstąpię swego artykułu autorka przypomina krótko historią podróży wielkich Europejczyków do Azji, poczynając od XIII w. Wymienia kolejno po-przedników Marco Polo (Giovanni di Piano Carpino, André de Longjumeau, Guillaume de Rubruck), zwracając jednocześnie uwagą na fakt, że próby o- wych kontaktów były podejmowane obustronnie, o czym świadczy pobyt w Euro-pie chińskiego "ambasadora" w 1287 r.

Podróże Europejczyków osiągają swoje apogeum w dobie Renesansu (Krzy-sztof Kolumb w roku 1498, Alvarez Cabral w 1500, Vasco da Gama w 1498, Magellan w )52l); wkrótce nowo odkryte ziemie i kontynenty stają się

ko-loniami europejskich potąg morskich.

Jednocześnie z rozwojem handlu do Azji docierają .misjonarze katoliccy ewangelizujący Indie, Japonię (Franciszek Ksawery z Portugalii) i Chiny

(11)

(Franciszek Ksawery i Matteo Ricci); oni też są autorami cennych listów, przybliżających Europie odległe i egzotyczne kraje. Opierając się na tych rzadkich świadectwach, autorka przedstawia następnie działalność misyjną i "oświatową" Franciszka Ksawerego w Indiach, Chinach i Japonii, poświęca-jąc wiele uwagi omówieniu systemu oświatowego wysp, obyczajów ich mieszkań-ców, jak również zmiennych losów chrześcijaństwa na Dalekim Wschodzie.

Cytaty

Powiązane dokumenty

Chociaż musimy jednocześnie z wielkim smutkiem dodać w końcowej części tego fragmentu niniejszego szkicu, że paradoksalnie i tragicznie zdążyło wielu

Timoteo fa in ąuesto modo una sua autoanalisi: racconta se stesso senza sotterfugi, ąuasi eon brutalita, racconta di come ha stuprato una donna sconosciuta,

W niniejszym komunikacie przedstawiono zastosowa- nie zmodyfikowanych węgli aktywnych do zagęszczania mikrośladowych ilości metali toksycznych z roztworów wodnych i ich

Hence, in this article, a detailed nano-indentation analysis was performed to study the effect of amplitude, frequency, strain rate, peak load and holding time on the

Hareckaja, a teacher at the Vilnia Belarusian Gymnasium, under the editor- ship of the School Comission of the Belarusian Scholarly Society, a corrected and expanded edition,

Fundamentalną determinantą pozycji konstytucyjno-ustrojowej prezydenta jest przyje- cie określonego systemu rządów, rozumianego jako wzajemne stosunki między organami

measurement configuration. The graphene thermocouples next to the heater are highlighted by the black dotted lines and the scale bar denotes 10 μm. b–c) Thermovoltage response of