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L’acquisition du lexique verbal dans les récits de fiction: quelques remarques sur le choix de formulation en français et polonais L(s)2

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Urszula Paprocka-Piotrowska

L’acquisition du lexique verbal dans

les récits de fiction: quelques

remarques sur le choix de

formulation en français et polonais

L(s)2

Lublin Studies in Modern Languages and Literature 31, 154-174

(2)

2007, http://w w w.lsm ll.u m c s.lu blin.pl

Urszula Paprocka-Piotrowska

The John Paul II Catholic University of Lublin,

Lublin, Poland

L’acquisition du lexique verbal dans les récits de

fiction: quelques remarques sur le choix de formulation

en français et polonais L(s)2

L a p ro b lé m a tiq u e g é n é ra le de la jo u rn é e L ’a c q u isitio n d e s la n g u es,

u ne in te rd isc ip lin a rité n é c e ssa ire 1 est a b o rd é e d an s ce q u i su it so u s

l'an g le de l'a n a ly se du ré p e rto ire le x ical. Il y est q u e stio n n o ta m m e n t du d é v e lo p p e m e n t du lex iq u e v e rb a l c h ez d es fra n c o p h o n e s et p o lo n o p h o n e s ad u ltes, a p p re n a n ts de n iv e a u 1 et 2 (B artn in g 1997), du fra n ça is et p o lo n a is L (s)2. S i l ’a p p ro c h e tra n slin g u istiq u e a pu d éjà m e ttre en év id en ce q ue les lo c u te u rs d ’u n e lan g u e re c o u re n t à des co n c e p tu a lisa tio n s et ch o ix de fo rm u la tio n sp é c ifiq u e s, p ro p re s à ce rta in e s c a ra c téristiq u e s ty p o lo g iq u e s (B erm an & S lo b in 1994; N o y au & P a p ro c k a -P io tro w sk a 2000), la q u e stio n q u i se p o se ici est d o n c d e sa v o ir s'il est p o ssib le d ’o b se rv e r des d iffé re n c es sig n ific a tiv e s in te rlin g u istiq u e s d an s la c o n stru c tio n (acquisition) des ré p e rto ire s v e rb a u x p o u r le co u p le de la n g u e s: lan g u e ro m a n e /la n g u e 1 Le texte qui suit est une version élargie de l’exposé présenté lors de la Journée

d'étude thématique pour l'Ecole Doctorale «Connaissance, langage, modélisation»,

Formation doctorale en Sciences du langage: «L'acquisition des langues, une interdisciplinarité nécessaire: Entre typologie des langues, linguistique textuelle et psycholinguistique», qui a eu lieu à Paris 10 - Nanterre, le 20 janvier 2006.

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slav e ou encore: lan g u e à sy stè m e v e rb a l fo n d ée su r la catég o rie de l ’an té rio rité /la n g u e à m o rp h o lo g ie et fo n c tio n n e m e n t a sp e c tu e l (K lein 1993, 1994; D ietrich , K lein & N o y au 1995; H e n d rik s 1999).

L ’item v e rb a l étan t d o n c au cen tre de n o s a n aly ses, n o u s av o n s u tilisé u n e d o u b le étude: q u a n tita tiv e (in d ice d e G uiraud) et q u alita tiv e (types de v e rb e s m o b ilisés, r é p e rto ire p a rta g é , ré p e rto ire

com m un). A u v u des ré su lta ts d an s la p ro d u c tio n d es d eu x g ro u p e s L2,

n o u s a v o n s ég a le m e n t ten té de su iv re des tra c e s de l ’o rg an isatio n c o n c e p tu e lle et sé m a n tiq u e - p ré fé re n ce s de c o n c e p tu a lisa tio n et ch o ix de fo rm u la tio n - de leu r L1 en co m p a ra n t p o n c tu e lle m e n t les ré su lta ts d es a p p re n a n ts a v ec les p ro d u c tio n s des lo c u te u rs n atifs, p o lo n o p h o n e s et fra n c o p h o n e s (jeunes en fan ts et ad u ltes).

P ar ailleu rs, n o tre an a ly se de la c o n stru c tio n du d isc o u rs so u s l ’an g le de so n ex p re ssio n le x ic a le (choix de fo rm u latio n ) c o n c o u rt à m e ttre en ex erg u e les stra té g ie s des a p p re n a n ts de fran çais et p o lo n ais L (s)2 , m ise s en p lace p o u r p a rv e n ir à ré so u d re la tâch e v e rb ale co m p lex e q u ’est le ré c it de film .

1. Q u a tre etu d e s su c c e ssiv e s et leu rs co n c lu sio n s

D a n s ce qui suit, n o u s n o u s ra p p o rte ro n s au x ré su lta ts d es q u atre étu d e s su cce ssiv es: W a to re k (2002), D e m a g n y (2003), D e m a g n y & P a p ro c k a -P io tro w sk a (2004), P a p ro c k a -P io tro w sk a (2005).

P ar ra p p o rt au p ro jet de W a to re k (W ato rek 2002) qui v isa it la c o m p a ra iso n sy sté m a tiq u e en tre les en fan ts et les a d u lte s (les 4, 7 et 10 an s et a d u lte s n o n -sp é c ia liste s, F ran çais, P o lo n ais, A nglais, A llem an d s, G recs), en tre les a p p re n a n ts d é b u ta n ts et in té rm é d ia res/av a n c é s (p o lo n ais > fran çais, a lle m a n d > français, fra n ç a is > italien, a lb a n a is > grec) et les lo cu teu rs n a tifs (cf. l ’e n se m b le du co rp u s d an s l ’A n n e x e 1A et 1B), p o u r ce qui est du co u p le de la n g u e s fra n ç a is-p o lo n ias, n o u s l ’av o n s élarg i p a r le g ro u p e d ’ap p re n a n ts fra n c o p h o n e s du p o lo n ais.

2. In fo rm a teu rs, D o n n ées, T âch e

L e s d o n n ées a n a ly sé e s ici o n t été re c u e illie s a u p rè s des ap p re n a n ts a d u lte s de lan g u e é tran g è re (resp ectiv em en t: fra n ç a is L 2 /p o lo n a is L2)

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de d iffé re n ts n iv e a u x de c o m p éten ce (niveau 1 et n iv e a u 2), ac q u é ra n t la L 2 d an s le cad re in stitu tio n n e l (études de lan g u e fra n çaise p o u r les a p p re n a n ts p o ln o p h o n e s, co u rs d ’été et co u rs a n n u e ls du p o lo n a is pour d es a p p re n a n ts fran co p h o n es). O r, ces d o n n é e s p ro v ien n en t d 'e n re g istre m e n ts des quatre groupes respectifs:

· ap p re n a n ts p o lo n o p h o n e s du fra n ç a is de n iv e a u 1 (prem ière an n é e de p h ilo lo g ie rom ane) ;

· ap p re n a n ts p o lo n o p h o n e s du fra n çais de n iv e a u 2 (tro isièm e an n é e de p h ilo lo g ie rom ane) ;

· ap p re n a n ts fra n c o p h o n e s du p o lo n a is de n iv e a u 1 (groupe d é b u tan t-in term éd iaire) ;

· ap p re n a n ts fran çais de n iv e a u 2 (groupe in term éd iaire- avancé) .

P o u r o b ten ir des d o n n é e s do n t les an a ly se s p e rm e tte n t d es co n c lu sio n s g é n éra lisan tes, n o u s a v o n s v e illé a) à ce que le p u b lic d ’en fan ts et des lo c u te u rs n atifs (groupes contrôle) so ie n t u n p u b lic de su jets rela tiv e m e n t h o m o g èn e, b) à ce q ue les a p p re n a n ts d es L (s)2 p artag en t le m ê m e p ro fil so cio -lin g u istiq u e , c) à en re g istre r 20 su je ts par g ro u p es. J u s q u ’à p ré se n t cet o b je c tif a été p artie lle m e n t a tte in t car des a p p re n a n ts fra n c o p h o n e s étu d ian t du p o lo n ais é ta n t rares, les gro u p es:

a p p re n a n ts fra n c o p h o n e s d u p o lo n a is de n iv e a u 1 et 2 n e co m p o rten t

qu e 10 su je ts chacun. P o u r cette raiso n , les d o n n é e s se ro n t alig n é e s et n o u s n e p ren o n s en co m p te qu e 10 su je ts d an s ch acu n des g ro u p es.

T o u te s les p ro d u c tio n s o n t été en re g istré e s su r d es su p p o rts audio (casettes) et tra n sc rite s p ar la su ite. L ’en sem b le du co rp u s u tilisé dans cette é tu d e a été tra n sc rit se lo n les c o n v e n tio n s de tra n sc rip tio n p ré v u e s p ar le p ro jet C H IL D E S (M a c W h in n e y 1999), co m p o rta n t le co d e de tran sc rip tio n , C H A T (C odes fo r th e H u m a n A n a ly sis o f T ra n sc rip ts), p erm ettan t, en tre autres, l ’an a ly se sta tistiq u e des d o n n ées lin g u istiq u es, C L A N (C o m p u teriz ed L a n g u ag e A n aly sis).

P o u r ce q u i est de la tâch e à acco m p lir, les d o n n ée s co n stitu a n t le co rp u s c o m p le t de la p ré se n te étu d e re p o se n t su r le co n cep t m é th o d o lo g iq u e de la tâch e v e rb a le co m p le x e (L evelt 1989). Il s ’ag it en effet d ’u n e tâch e co m m u n ic a tiv e q u i im p liq u e la p ro d u c tio n d'un

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L ’acquisition du lexique verbal dans les récits de fiction. 157 d isc o u rs lo n g et co h é re n t alla n t de la c o n c e p tu a lisa tio n de l'in fo rm a tio n à tra n sm e ttre j u s q u ’à sa fo rm u la tio n d an s u n texte co h éren t. T o u t lo cu teu r, face à u n e tâ c h e c o m m u n icativ e, d o it d 'une p art faire des ch o ix p a r ra p p o rt a u c o n te n u in fo rm a tio n n e l à tra n sm e ttre (en fo n c tio n de so n o b je c tif c o m m u n icatif, de so n in te rlo cu teu r, etc.), d 'au tre part, il d oit e n c o d e r l ’in fo rm a tio n à tra n sm e tte à l ’aid e des m o y e n s lin g u istiq u e s o ffertes p ar la lan g u e d an s la q u elle il s'ex p rim e.

P o u r ce qui est de la n arra tio n (F ayol 1985), la tâch e co n siste à a m e n e r u n lo c u te u r à p ro d u ire u n récit de fictio n à p artir d ’u n su p p o rt co n stitu é d ’une sé q u e n c e de film et d ’u n e sé q u e n c e d ’im ag es. L es su je ts d o n t il est q u e stio n d a n s cette étu d e o n t été so u m is à la tâch e co n sista n t à c o n stru ire un ré c it à p a rtir du su p p o rt v isio n n é: u n d essin a n im é en co u leu rs, m u et, de 5 m in u te s e n v iro n (cf. le sé q u e n ç a g e du film R e k s io d an s l ’A n n e x e 2). C ette tâch e a été ch o isie p o u r tro is ra iso n s p rin cip ales:

- le film m u e t p e rm e t de g a rd e r co n sta n t l ’h isto ire sa n s en d o n n e r une v e rsio n p ré alab le d an s u n e lan g u e d o n n ée (L2 ou L1 d es su jets observés) ;

- g râ c e au film , il est re la tiv e m e n t plu s facile (que p ar des récits d ’ex p é rie n c e p erso n n e lle p a r exem ple) d ’o b te n ir u n tex te long, stru c tu ré te m p o re lle m e n t q u i p erm et d ’étu d ie r la co m p le x ité co n c e p tu e lle des p ro c è s exprim és;

- u n d e ssin an im é sim ple, d estin é a u x en fan ts d ev ait re n d re p o ssib le des c o m p a ra iso n s tra n slin g u istiq u e s - il ne s ’a p p u ie pas su r des c o n n a issa n c e s sp é c ifiq u e s p arta g é e s p ar u n g ro u p e c u ltu rel donné, enfin, il reste c o m p ré h e n sib le p o u r to u te s les tra n c h e s d ’âges.

C ep en d an t, cette tâ ch e p rése n te ce rta in e s p artic u la rité s (cf. P erd u e 1995:26), u n e d ’elles est la ré fé re n ce q u asi-in é v ita b le au su p p o rt et l ’a n crag e te m p o re l p ar ra p p o rt à l ’a c c o m p lisse m e n t de la tâch e-m êm e, co m m e p ar e x e m p le n o w ięc o b e jrze liśm y p o u c za ją c ą h isto rię... -

n o u s a v o n s vu u ne h is to ir e trè s in s tr u is a n t...

S i la tâ ch e v e rb a le c o m p le x e exige la co n stru c tio n du d isco u rs alla n t de la co n c e p tu a lisa tio n de l'in fo rm a tio n à tra n sm e ttre j u s q u ’à sa fo rm u la tio n d an s u n texte, il n o u s se ra u tile de n o u s a tta rd e r su r les

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d iffé re n c es en tre l ’e x p re ssio n de ce rta in s co n c e p ts d an s les d eux la n g u e s en q u e stio n (P L /F R ).

3. L e lex iq u e de l ’ex p re ssio n du p ro cès en p o lo n a is et en français: l ’ex p re ssio n de la p o sitio n et du m o u v em en t

P ar ra p p o rt a u fran çais, le p o lo n ais se cara c térise p ar la su rid e n tific a tio n du m o u v e m e n t et du p o sitio n n em en t. L e plu s so u v en t, on év o q u e d a n s ce cas l ’o p p o sitio n : ex p re ssio n g é n é riq u e vs sp é cifiq u e. K ielsk i (1960) re m a rq u e q ue d an s le g ro u p e de v e rb e s de m o u v e m e n t et de po sitio n , le p o lo n ais ch o isi ré g u liè re m en t des v e rb e s sp é c ifiq u e s, a lo rs q ue le fra n ç a is em p lo ie des v e rb e s g é n ériq u es, co m m e d an s l ’ex em p le: « le ca h ie r e s t su r la ta b le - Z e sz y t le ż y na sto le [le ca h ier e s t a llo n g é su r la tab le]» . G n ia d e k (1979) et G aw ełk o

(1989, d ’ap rès F lo rc z a k 1997) co n firm e n t cette ten d an ce. 3.1 L ’e x p re ssio n de p o sitio n

D ’ha b itu d e , le fran ça is ex p rim e l ’ob jet et, à l ’aid e d ’u n e p rép o sitio n , l ’e n d ro it d an s leq u e l l ’ob jet se tro u v e; le p o lo n a is su rajo u te, en plus, la sp é c ific a tio n du m o d e de p o sitio n n e m e n t de l ’ob jet (verbe de p o sition):

Fr: La table est près de la fenêtre.

Pl: Stòl stoi przy oknie [la table est debout près de la fenêtre]

Fr: mettre la table près de la fenêtre;

Pl: Postawić stół przy oknie [mettre debout la table près de la fenêtre].

N o rm ale m en t, le fran ça is sp é c ifie l ’o b jet et la « lo c a lisa tio n » de l ’objet, le p o lo n a is su rajo u te, en p lu s la sp é c ific a tio n du m o d e de p o sitio n n e m e n t de l ’o b je t localisé:

Fr: La statue qui surmonte la colonne. Pl: Pomnik, ktòry stoi na kolumnie.

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L e s ex p re ssio n s fra n ç a ise s ne m a rq u e n t que la d ire c tio n de d é p lace m en t, ta n d is q ue les ex p re ssio n s p o lo n a ise s m a rq u e n t la d ire c tio n et le m o d e de d ép lacem en t:

Fr: Il est sorti de sa chambre. Fr: Cette rivière sort d ’un lac. Pl: Wyszedł z pokoju. Pl: Ta rzeka wypływa zjeziora. L e fran çais n e sp é c ifie qu e le lieu de d ép lacem en t, le p o lo n ais su ra jo u te en plu s la sp é c ific a tio n du m o d e de d ép lacem en t:

Fr: suivre une voiture dans la rue Pl: jechać za samochodem na ulicy

P o u r co n clu re, p o u r ce qui est de l ’e x p re ssio n du m o u v e m e n t et de p o sitio n n e m e n t en fran çais et en p o lo n ais, la situ a tio n d a n s laq u elle u n e e x p re ssio n v e rb a le plu s g é n é ra le (plus p o ly sém iq u e) du fran ça is se tra d u it en p o lo n ais p ar un e ex p re ssio n v e rb a le sé m a n tiq u e m e n t plu s p réc ise est p lu s fré q u e n te que la situ a tio n co n traire. C eci s ’ex p liq u e en p a rtie p ar l ’én o rm e p ro d u c tiv ité des fo rm a tio n s d é v e rb a le s co n d en sée s ou sy n th é tiq u e s p o lo n a ise s q u i fav o rise l ’em p lo i des e x p ressio n s sé m a n tiq u e m e n t p lu s précises. E n fran çais, la p ro d u c tiv ité des fo rm es v e rb a le s reste a sse z im p o rtan te, elle d em eu re n é a n m o in s b ie n m o in s v iv a n te q ue celle du sy stè m e d é riv a tio n n e l du polonais.

4. D es item s an a ly sés: le le x iq u e v e rb a l

V u les d iffé re n c es ty p o lo g iq u e s en tre les la n g u es co m p arées, sep t cla sse s de v e rb e s n o u s ont p artic u liè rem en t in téressé (V ivès 1996, G u ille t 1993): tro is c a té g o rie s g ra m m a tic a le s au xilia ires, co p u le (plus

p r é s e n ta tifs et ex iste n tie ls), verb es s u p p o r t (G ross 1993, V iv è s 1993)

et q u atre c a té g o rie s sé m an tiq u es: verb es d e m o u v e m e n t, verb es de

dire, verb es d e p e rc e p tio n , verb es de p h a s e (N oyau 1991). L ’an aly se

du lex iq u e v e rb a l d an s les p ro d u c tio n s des su je ts o b serv és p erm et de v o ir q u elle est l ’é v o lu tio n o b se rv a b le d an s la m o b ilisa tio n des classes sé m a n tiq u e s sp é c ifiq u e s et q u elle est la sp é c ific ité du ré p e rto ire de ch ac u n d es g ro u p e s o b serv és (P ap ro c k a -P io tro w sk a 1998). P uisque cette étu d e co n siste e sse n tie lle m e n t en u n e an a ly se q u an titativ e, pour

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l ’effe c tu er et re n d re p o ssib le s des co m p araiso n s, c h aq u e ite m verb a l p ris en co m p te a été ré p e rto rié so u s fo rm e d'infinitif.

4.1 R ic h e sse lex icale - In d ice de G u irau d ad ap té

P o u r a n a ly se r la ric h e sse du lex iq u e des p ro cès m o b ilisé p ar ch acu n des g ro u p e s o bservés, d eu x d ém a rc h e s c o m p lé m e n ta ires o n t été ad o p tées:

relev é de la to ta lité du ré p e rto ire v erb al: to tal item s v e rb a u x m o b ilisés (toutes fo rm es v e rb ale s: fléch ies ou pas, fin ies ou pas), et de la to talité de v e rb e s le x ic a u x d iffé re n ts (liste des in fin itifs m o b ilisé s),

ca lc u l d ’in d ice de G u irau d ad ap té.

In d ice de rich e sse lex ical (B ro ed er et al. 1993), dit au ssi in d ice de G u irau d (G uiraud 1954, 1959), calcu lé se lo n la fo rm u le: n o m b r e to ta l

d e m o ts d iffé re n ts d iv isé p a r la ra c in e c a rrée d u n o m b r e to ta l de m o ts é n o n c é s p erm et d ’é v alu er d ’u n e faço n p réc ise l ’é v o lu tio n de la ric h e sse lex icale des d isc o u rs p ro d u its.

P u isq u e l ’item v e rb a l est au cen tre de n o tre réflex io n , la fo rm u le cla ssiq u e d ’in d ice de ric h e sse a été a d ap té co m m e suit: n o m b r e to ta l

d e verb es d iffé re n ts d iv isé p a r la ra c in e c a rrée d u n o m b r e to ta l de verb es m o b ilisé s.

INDICE DE GUIRAUD ADAPTÉ: to ta l v e rb e s d ifféren ts Vtotal v e rb e s

L e ta b le a u 1 ci-d esso u s, p ré se n te les ré su lta ts p ar gro u p e; il p ro p o se é g a le m e n t u n re g a rd su r le n o m b re d es fo rm es id io sy n c ra siq u e s (#id) p ro d u ite s p ar ch acu n des g ro u p e s resp ectifs. Il p e rm e t e n fin de c o m p a re r d es ré su lta ts des a p p re n a n ts des L (s)2 avec ce u x des lo c u te u rs n atifs ad u ltes.

T a b le a u 1: R é p e r to ir e v e r b a l - M o y e n n e s p a r g r o u p e s A1 A 2 A1 A 2 PL > F R PL > F R F R > PL F R >

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L ’acquisition du lexique verbal dans les récits de fiction. 161 PL T o ta l v e rb e s d ifféren ts 105 #14 id 126 #23 id 124 #51 id

165

#48 id T o ta l v e rb e s 412 #16 id 642 #43 id 328 #68 id

400

#66 id G u irau d ad ap té g ro u p e 5,173 4, 972 6, 847 8,25 N A T IF A d u lte s 1096/556 F R > F R 5,96 A d u lte s 4 7 7 / P L > P L 214 4 ,97 G lo b alem en t, la co m p a ra iso n d es q u atre g ro u p e s d ’a p p re n a n ts p erm et de co n sta te r que:

► au c o u rs de l ’a cq u isitio n , to u s les a p p re n a n ts p ro d u ise n t de p lu s en p lu s de fo rm es v erb a les; leu rs ré p e rto ire lex ical se d iv ersifie ég a le m e n t (plus de v e rb e s d iffé re n ts m o b ilisés) ;

► ta n d is q ue les a p p re n a n ts p o lo n o p h o n e s (cf. A1 > A 2) co n sid è re n t le u r co m p é te n c e lin g u istiq u e plu s d é v e lo p p ée et n ’h é site n t pas à te ste n t p lu s a isé m e n t leu rs h y p o th è se s lin g u istiq u e s to u t en p ro d u isan t, en fait, de plu s en plu s de fo rm es id io sy n c ra siq u e s, le s ap p re n a n ts fra n c o p h o n e s atte ste la ten d a n c e co n traire: en p a ssan t de n iv e a u 1 à n iv e a u 2, ils p ro d u ise n t u n p eu m o in s de fo rm es in a p p ro p rié e s (souvent, il s ’a g it d ’id io sy n c ra sie sém a n tiq u e: form e g ra m m a tic a le m e n t co rrecte m a is n o n -a p p ro p rié e au c o n tex te d isc u rsif donné) - sig n e v isib le d ’ap p ro p ria tio n de la L 2 en m ilie u guidé;

► si ch e z les a p p re n a n ts p o lo n o p h o n e s du fran çais, l ’in d ice de G u ira u d b a isse lég è re m e n t en tre les A1 et les A 2, il est im p o rta n t de v o ir q u ’il reste trè s p ro ch e de l ’in d ice de ric h e sse c a lcu lé p o u r des p o lo n o p h o n e s n a tifs (4,97) et d iffère rela tiv e m e n t p eu de celu i des a d u lte s n a tifs français;

► q u an t au x a p p re n a n ts fra n c o p h o n e s du p o lo n ais, leu r in d ic e de G u ira u d v isib le m e n t plu s fo rt (beau co u p p lu s élev é qu e celui des a d u lte s p o lo n ais et fra n ç a is en L 1), su g g ère, à n o tre avis, q u ’au stade

(10)

2 (co m p é ten ce in fé rie u re à celle d es a p p re n a n ts A 2 du fran çais, cf. 2

supra ) , ils p a ssen t u n e étap e a c q u isitio n e lle du « v e rb ia g e » où,

d ép a ssa n t le sta d e des d éb u tan ts, ils n e sa v e n t pas en co re faire éco n o m ie des m o y e n s lin g u istiq u e s o fferts p ar la L 2.

4.2 L e x iq u e v e rb a l - T y p e s de v e rb e s m o b ilisé s

L e ta b le a u 2 ci-d e sso u s, p ré se n te les ré su lta ts p ar g ro u p e en ce qui c o n cern e les cla sse s v e rb a le s et leu r d istrib u tio n ; to u t co m m e le T ab le a u 1 (cf. 4.1 su p ra ), il in d iq u e le n o m b re to tal d ’item s u tilisés ain si qu e leu r diversité; il d o n n e au ssi le n o m b re de fo rm es id io sy n c ra siq u e p ro d u its à l ’in té rie u r de ch aq u e classe.

T a b le a u 2: D istrib u tio n des item s v e rb a u x p ar classes A1 A 2 A1 A2

P L > F R P L > F R F R > PL F R > PL C o p u le 4 /3 9 (3 id) 3/42 (2 id) 3/33 2/44 (1 id) P ré se n ta tif 2/23 2/25 3/22 4/21 (2 id) E x iste n tie l / 2/20 (1 id) 6/2 9 (3 id) 1/28 V b su p p o rt 5/38 8/65 (1 id) 3/11 (1 id) 3/1 3 (1 id) V b de m vt 19/63 28/139 34/74 46/95

(4 id) (24 id) (32 id) (32 id) V b de dire 1/3 4/7 3/4 7/9 (1 id) V b de perc. 6 /1 3 (1 id) 5/16 4/6 6/1 0 (1id) V b de p hase 2/5 3/15 (2 id) 2/2 (1 id) 4/5

E n te rm e s g én érau x , la d istrib u tio n des item s v e rb a u x p a r classes de v e rb e s im p liq u é e s d an s l ’a c q u isitio n à l ’in té rie u r de c h aq u e g ro u p e su g g è re que:

► a u ssi b ie n le s p o lo n o p h o n e s en fra n ça is q ue les fra n c o p h o n e s en p o lo n a is re c o u re n t m a ssiv e m e n t à l ’em p lo i d es cop u les; m is à p art les A1 p o lo n o p h o n e s , to u s les a u tre s g ro u p e s m o b ilise n t les e x isten tiels

(11)

L ’acquisition du lexique verbal dans les récits de fiction. 163

(il y a/jest) et les p ré se n ta tifs (c ’e st/to je s t) et ceci à p art é g au x (le

n o m b re d ’o c c u rre n ce s o sc illen t a u to u r de 25);

► les v e rb e s su p p o rt so n t so u s-re p ré se n té s; ceci p e u t être dû à la sp é c ific ité du co n traste: fra n çais/p o lo n ais; p eu de v e rb e s su p p o rt en p o lo n a is fait q ue les a p p re n a n ts p o lo n a is re c o u re n t p lu tô t - m êm e en fra n çais L 2 - au x v e rb e s sé m a n tiq u e m e n t pleins; q u a n t a u x ap p re n a n ts fra n çais du p o lo n ais L 2, d ’u n e m a n iè re trè s p ro b ab le, ils m o b ilise n t les v e rb e s sé m a n tiq u e m e n t p leins, b e a u c o u p plu s fré q u e n t en p o lo n ais qu e les v e rb e s su p p o rt;

► des v e rb e s de m o u v e m e n t o c c u p e n t u n e p lace im p o rta n te quelle qu e so it la lan g u e en q u estio n ; leu r p o id s s ’a c c e n tu e n t a u co u rs de l ’a c q u isitio n (m êm e te n d a n c e de c ro issan ce c h ez les PL et FR ); ces v e rb e s aid e n t les a p p re n a n ts à « fa ire a v a n c e r » le ré c it et co n c o u re n t à l ’a c c o m p lisse m e n t de la tâch e à la q u elle les su je ts o n t été soum is; ► il y a re la tiv e m e n t peu de verbes de phase ch e z les p o lo n o p h o n es; il s ’ag it e ssen tie lle m e n t de la p h ase in ch o ativ e; la q u a si-a b se n c e des v e rb e s de p h ase e n co d an t la p h ase te rm in a tiv e s ’ex p liq u e en co re u ne fo is p ar la sp é c ific ité du p o lo n a is p o ssé d a n t les pa irs a sp e c tu e ls du ty p e je ź d z ić /p o je źd zić (p a tin e r/a v o ir p a tin é)

Fr: Il a fini de patiner. PL: Pojeździł na łyżwach Fr: Il a fini de manger. PL: Zjadł.

D a n s so n en se m b le , ch ez des p o lo n o p h o n e s le ré p e rto ire des v e rb e s de p h ase est trè s restre in t et il se p résen te co m m e suit:

A1 PL > FR A2 PL > FR 4 vdf_commencer 13 vdf_commencer

1 vdf_finir 1 vdf_commencer_se_(id)=commencer 1 vdf_fmir_se_id=fmir

2 Total number of different 3 Total number of different word types used word types used

(12)

► en rev an ch e, les

verbes de phase

c h ez les

francophones

- dans leu rs p ro d u c tio n s en p o lo n a is L 2 - e n c o d e n t plu s so u v e n t la phase term in a tiv e :

A1 FR >PL

1 vdf_skonczyc_(id)=skonczyc_sie 1 vdf_skonczyc_sie

2 Total number of different word types used

2 Total number of words (tokens)

A2 FR > PL 2 vdf_konczyc_sie 1 vdf_rozpoczynac 1 vdf_zaczynac 1 vdf_zaczynac_sie

4 Total number of different word types used

5 Total number of words (tokens) ► in d é p e n d a m m e n t de lan g u e et de g ro u p e observé, il n ’y a pas de d iffé re n c es m a je u re s d an s l ’em p lo i des v e rb e s dire et de v e rb e s de p ercep tio n .

4.3 L e ré p e rto ire parta g é

P ar le ré p e rto ire p a r ta g é (P ap ro ck a 1998) n o u s co m p re n o n s la liste d ’item s v e rb a u x re tro u v é s d an s les p ro d u c tio n s d ’a u m o in s 50 % de su je ts a n a ly sé s (chez 5 su je ts su r 10 d an s c h acu n des g ro u p e s analysé). C e ty p e de ré p e rto ire p erm et de d é g ag er ce q u i est c o m m u n au n iv e a u du le x iq u e m o b ilisé p o u r l ’en se m b le des su je ts o b se rv és lo rs de la p ro d u c tio n du ré c it du film (tâche v e rb a le co m p lex e). Il est à re m a rq u e r q ue d eu x item s se u le m e n t - a lle r et to m b e r - so n t p artag és p ar l ’en sem b le des gro u p es.

Q u an t au x ré p e rto ire s sp é c ifiq u e s (liste d ’item s m o b ilisé s p ar au m o in s 5 su r 10 a p p re n a n ts à l ’in té rie u r de ch aq u e g ro u p e), les ap p re n a n ts p o lo n o p h o n e s A 2 p arta g e n t le p lu s g ra n d n o m b re d ’u n ités

(13)

L ’acquisition du lexique verbal dans les récits de fiction. 165 lex icales; les a p p re n a n ts fran co p h o n es, a u ssi b ie n de n iv e a u A1 q ue de n iv e a u A 2, n e p arta g e n t que 4 u n ité s à ch aq u e fois.

S i le s a p p re n a n ts p arta g e n t p ra tiq u e m e n t les m êm es item s v erb au x , ce la m o n tre d ’u n co té u n e p ro g re ssio n d an s le se n s d ’éla rg isse m e n t du le x iq u e m o b ilisé m ais au ssi u n e m a rq u e d ’ap p re n tissa g e en m ilie u g u id é où la v a ria b ilité se v o it d é p lacer p ar u n e so rte de n iv ellem en t.

L e ta b le a u 3 ci-d e sso u s re g ro u p e d e s item s p a r ta g é s et s p é c ifiq u e s à l ’en se m b le des su je ts traités.

T a b le a u 3: L e s item s v e rb a u x p arta g é s et sp é c ifiq u e s

I te m v e r b a l A1 A 2 A1 A2 P L > F R P L > F R F R > P L F R > P L a lle r

pójść

X X X X d o n n e r

dać

X e n le v e r

wyjąć

X X f a ir e d u p a tin ( a g e ) X X X (id)

jeździć (na łyżwach)

m e t t r e

założyć

X p o u v o ir

móc

X X X p r e n d r e

wziąć

X X r e n t r e r w ró c ić d o d o m u X s o r t i r

wyjść

X X X to m b e r

wpaść

X X X X

10 items au total

7 9 4 4

N o to n s au p assag e qu e d an s les g ro u p e s des en fan ts de 4 ans, les p o lo n o p h o n e s o n t un ré p e rto ire v e rb a l p artag é de 4 item s, a lo rs qu e les fra n c o p h o n e s n 'en o n t q ue d eux. Il est fra p p a n t de co n sta te r q ue les d eu x g ro u p e s p arta g e n t les se u ls d eu x item s qu e les fran c o p h o n e s p ro d u ise n t: to m b e r et p re n d re . O n a là l'h isto ire p ro to ty p iq u e: l'un des d eu x p ro ta g o n iste s to m b e d an s l'eau, le se c o n d p ren d u ne éch elle (pour le sau v er). N éan m o in s, on d o it so u lig n e r q ue les p o lo n o p h o n e s

(14)

m e tte n t en a v an t u n e rg a tif (« la g la c e craq u e ») a lo rs q ue les fra n c o p h o n e s a c c e n tu e n t la c o n sé q u e n c e (« le g a rç o n to m b e »).

4.4 L ’id io sy n c ra sie lex icale

L e re to u r ra p id e au x ta b le a u x 1 et 2 n o u s p e rm e t d ’av a n c e r q u elq u es re m a rq u e s c o n c e rn a n t la p ro d u c tio n s des fo rm es id io sy n crasiq u e s, si sig n ific a tiv e s d a n s le p ro c e ssu s d ’a c q u isitio n (C order 1967, 1971). P rem ière m en t, il fa u t dire q ue p arm i les v e rb e s de m o u v e m e n t (d éplacem ent) n o u s re tro u v o n s de loin le plu s de fo rm es id io sy n crasiq u e s.

D an s l ’en se m b le du co rp u s ex am in é, les fo rm es (id io sy n crasiq u es) les p lu s ty p iq u e s se p ré se n ten t co m m e suit:

► A1 PL > F R (16 / 14 ): °se récu p érer, °se g lisser, °se patiner, "e m m e n e r (sortir), °é p a rp ille r (jeter);

► A 2 PL > F R (43 / 23): °ré u ssir (arriv er à), °to u ch er (atteindre), °arriv er (so rtir), °g lisser (p a tin e r), °se co m m en c er, °se g lisse r (glisser) ; ► A1 F R > PL (68 / 51): °brać (pić), °dać (posypać); °p o sz u kiwać (po szu k ać), °sp ró b o w ać (pró b o w ać); °w id zieć (zobaczyć); °sp ac ero w a ć się (spacerow ać) ;

► A 2 F R > pL (66 / 48): °p ad ać (upadać), °sp aść (upadać), °spaść (w padać); °w y jść (w ychodzić), °w y ch o d zić (w yjść);

Il re ste à sig n a le r q ue c h ez des A1 et A 2 fran co p h o n es, l ’id io sy n c ra sie m a ssiv e d es v e rb e s de m o u v e m e n t c o n cern e a v an t to u t le s c o n stru c tio n s p ré fix é e s à v a le u r p e rfe c tiv isa n te du ty p e spaść,

upaść, w paść, sp a d a ć, w padać, upadać - é q u iv alen ts co n te x tu e ls du

le x èm e fra n ç a is tom ber.

Il n ’en re ste pas m o in s q ue le m o m e n t le p lu s d ifficile de l ’h isto ire à m ettre en m o t c o n ce rn e l ’ép iso d e e9 - R e k sio m arch e su r l ’éch elle (cf. l ’im ag e d a n s l ’A n n ex e 3), m êm e si l ’ex p re ssio n (verbe de m o u v em en t) m o n te r s u r l ’é c h elle qui d ’h ab itu d e ne p o se pas de p ro b lè m e s m a je u rs n i en p o lo n a is ni en fran çais, n i en L1 n i en L2. N o u s p o u v o n s citer à tire d ’exem ple:

(15)

L ’acquisition du lexique verbal dans les récits de fiction. 167

M ariu sz (A1 PL >FR )

*SBJ: le chien était très in te llig en t e t il am ené une tru c j e sais com m e j e d o is dire en fran çais c'est q u elq u e chose p o u r m onter.

*SBJ: q u 'est ce que c'est ? *IN V : une échelle ? *SBJ: oui. *SBJ: exactem ent.

Laura (A2 PL > FR)

*SBJ: il trouvait, il trouvait quelque chose pour, pour pouvoir lui aider et il a trouvé # il a trouvé un objet qui sert à monter, à monter par exemple les, les gens utilisent pour pour pouvoir monter au toit je ne sais comment s'appelle en français.

Alexandra (A1 FR > PL) *INV : une échelle ?

*SBJ: une échelle oui c'est ça qui était à côté d'un arbre.

*SBJ: le petit chien, il l'a pris et lui laissait sur, sur, sur le gel pour que le garçon puisse sortir.

*SBJ: ale wydaje się, że pies euh boi się wrócić na na liody. *SBJ: i wiec on szuka skalę.

*SBJ: i jezdzi pod skalem, pod skalą do dziewczyna ale zostaje jeszcze troche, no nie wiem, moze metr do do dziewczyny i euh on jej tend la main, non ?

Pierre-Frédérique (A2 FR > PL)

*SBJ: przyciągni, przyciągnie, przyciąga, przyciąga szczeble ? *INV: drabinę.

*SBJ: drebine. *INV: drabinę.

*SBJ: ach, ach, szczeble <są stopnie>. *INV : <na drabinie>.

*SBJ: tak.

*SBJ: przyciąga drabinę i drabina jest prawie dość długa żeby osągnąć młodego pana, który jest w pośrodku jeziora [...].

D a n s le p assag e év o q u é (épisode e9), d eu x d iffic u lté s se su p e rp o se n t: le m o t éc h elle - p eu u tilisé (dans le c o n tex te sco laire av a n t tout) et, a u fond, u n e re -c o n c e p tu a lisa tio n du m o u v e m e n t effe c tu é p ar le chien: l ’éch elle q u i d ’h a b itu d e se rt à m o n te r

(16)

(m o u v em en t su r l ’ax e v ertical) e s t p o s é e su r la g lace (axe horizontal) p o u r qu e le g a rç o n p u isse s ’y m ettre et re v e n ir su r la te rre ferm e. L ’ex p re ssio n m o n te r s u r l ’é c h e lle est d o n c d an s ce c o n tex te d ifficile à m o b ilise r sa n s u ne ex p lic a tio n su p p lé m e n ta ire .

5. L 'a c q u isitio n de la L2: lex iq u e v e rb a l - S y n th è se des ré su lta ts ► L 'é tu d e du le x iq u e v e rb a l est u n b o n in d ic a te u r de l'é v o lu tio n de l'a c q u isitio n d 'une langue, en p a rtic u lie r lo rsq u e les d eu x la n g u es en p ré sen ce d iffè re n t le u rs co d a g es d an s le n o y a u verbal.

► L e locuteur, en g ran d issan t, p eu t a ssu re r p le in e m e n t la g e stio n de la tâ ch e v e rb a le q u ’il acco m p lit: il d e v ien t plu s lib re d an s les ch o ix des m o y e n s le x ic a u x m o b ilisé s et é ten d so n ré p e rto ire v e rb a l a u -d e là des v e rb e s de m o u v e m e n t q u i « fo n t a v a n c e r » le récit.

► L' en co d a g e du m o u v e m e n t et de la d ire c tio n d an s u n m êm e item est u n d es a v a ta rs des d iffic u lté s qu e re n c o n tre n t le s ap p re n a n ts p o lo n o p h o n e s du fra n ç ais et les ap p re n a n ts fra n c o p h o n e s du p olonais. ► L es a p p re n a n ts év o lu e n t a p rè s d e s p é rio d es su p p lé m e n ta ire s d ’a p p re n tissa g e (deux a n n é e s su p p lé m e n ta ire s d 'ap p re n tissa g e en m ilie u g u id é /u n e a n n é e de plus): le p o in t de v u e in tern e du p ro cès p erd de sa su p ré m a tie p o u r être m a rq u é p ar la ré fé re n ce te m p o re lle et l'item de v e rb e lex icalisé.

► L e s a p p re n a n ts de n iv e a u 1 et 2 m o n tre n t u n c o n tin u u m d 'a cq u isitio n . A in si en tre les d e u x g ro u p e s se d e ssin e le ra p p ro c h e m en t v e rs la lan g u e cible.

► L e m a rq u a g e a sp e c tu e l de la lan g u e so u rce p e rd u re et le d é v e lo p p e m e n t de l'u sag e d es v e rb e s de p h ase se m b le co m p lex e. C h e z d es p o lo n o p h o n es, la ré ité ra tio n p ar la p ré fix a tio n en R E - d es v e rb e s (qui d e m a n d e u n re c o u rs à la seg m en tatio n ) sem b le difficile; ceci re n d le u r d isc o u rs h y b rid e (id io sy n crasiq u e) en tre la lan g u e so u rc e et la la n g u e cible.

► L e s tra c e s du p o lo n ais lan g u e so u rc e à fo rte co m p o san te a sp e c tu e lle re ste n t v isib le s d an s les p ro d u c tio n s d es ap p re n a n ts p o lo n o p h o n e s du fra n ç a is q u ’il s ’ag isse de l ’a sp e c t ou de l ’e n co d ag e du m o u v e m en t.

(17)

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(19)

L ’acquisition du lexique verbal dans les récits de fiction... 171 Annexe 1A: Watorek (2000), p. 14: La banque des données - NATIFS - ENFANTS ET ADULTES

LANGUE ENFANTS ADULTES 4 ANS 7 ANS 10 ANS

Français 31 sujets 93 textes 29 sujets 87 textes 36 sujets 108 textes 13 sujets 39 textes Polonais 6 sujets 18 textes 20 sujets 60 textes 20 sujets 60 textes 12 sujets 36 textes Anglais 10 sujets 30 textes 10 sujets 30 textes 10 sujets 30 textes 10 sujets 30 textes Allemand 11 sujets 33 textes 9 sujets 27 textes 8 sujets 24 textes — Italien 5 sujets 15 textes 6 sujets 18 textes 5 sujets 15 textes — Grec 10 sujets 30 textes 10 sujets 30 textes 12 sujets 36 textes 9 sujets 27 textes

Annexe 1B: Watorek (2000), p. 14: La banques des données - APPRENANTS ADULTES L2

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Annexe 2: séquençage du filme « Reksio » (contribution de Sandra Benazzo au projet Watorek 2000, repris dans Demagny 2003, Paprocka-Piotrowska 2005)

1. Episode

a0 c'est l' hiver - tout est gelé a1 R se réveille - sort de sa niche a2 (R découvre/marche) sur le verglas

(20)

a3 R tombe - glisse

a4 R fait pipi

a5 R ne sait pas quoi faire - a froid a6 R cherche-sonne G a7 R montre à G la glace a8 G sort et/ou glisse

a9 R glisse

a9' R comprend qu'il a gelé a10 G rentre chez lui a11 G met des feuilles sur verglas a12 G + R ne glissent plus

2. Épisode du manteau

b1 R a froid (il fait froid) b1' R n'est pas content b2 G met un manteau à R b3 Le manteau est à l'envers b4 R met le manteau à l'endroit b5 G met une écharpe à R

3. Épisode R + G font du patin

c1 R+G veulent / décident de patiner sur un lac gelé c1'' R + G prennent des patins c1' R+G vont / arrivent près du lac gelé c2 Ils n'ont qu'une paire de patins pour deux c3 G commence à mettre un patin c3' R prend / enfile un patin c4 Le patin est trop grand pour R c5 R met de la paille dedans

c6 R patine

c7 R revient et tombe au bord du lac c8 R rend le patin à G c9 G n'arrive pas à mettre le patin c10 Le patin est trop petit pour G

(21)

L ’acquisition du lexique verbal dans les récits de fiction. 173 c11 G retire la paille du patin

c12 G patine

4. Épisode G tombe dans l'eau

d0 R voudrait patiner d1 R ne peut pas patiner

d2 R boude

d3 R tourne le dos à G d4 G appelle R d5 G veut retourner vers R d6 G veut consoler R d7 la glace n'est pas solide d8 la glace craque d9 G tombe dans l'eau

4'. Épisode du sauvetage

e0 réitération (essais / échecs de G pur sortir de l'eau) e1 G appelle R au secours e2 R aperçoit G en difficulté e3 R est embêté e4 R se demande comment sauver G e4' R essaye de sauver G e5 R cherche/ trouve/ prend une échelle e6 R tend l'échelle vers G e7 L'échelle est trop loin de G

e8 Échec

e9 R marche sur l'échelle e10 R tend la patte e11 R et l'échelle sont trop loin de G

e12 Échec

e13 R jette/tend son écharpe à G e14 R attrape l'écharpe (l'échelle) e15 R tire l'écharpe

(22)

; 16 G so rt de 1'eau

5. E pisode G se réchauffe

fO G a froid

f l R d o n n e/m e t l'éch arp e à G f2 G et R re n tren t vers / à la m aison f3 G m et une couverture su r son dos f4 G b o it un bol de boisso n chaude

f5 G se réchauffe

F6 G fait signe à R à travers la fenêtre F7 G m ontre q u'il v a bien

F8 R est content

F9 R re to u rn e dans sa niche

A n n ex e 3 : R eksio et l ’échelle (im age fixe tirée d u fllm : J e rz y Ć w iertn ia, A lek sa n d er K ordek, Reksio, S tu d io F ilm ó w ry su n k o w y ch w B ielsk u B iałe j).

Cytaty

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