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Montaigne et le Mercure - Mnémosyne et le Panthéon des dieux dans les Essais

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Academic year: 2021

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A C T A U N I V E R S I T A T I S L O D Z I E N S I S FOLIA LITTERARIA 26, 1989

Daniel Martin

M O N T A I G N E E T M E R C U R E

- M N Ź M O S Y N E E T LE P A N T H E O N D ES D I E U X D A N S L E S ESSAIS

Ce qu i va s u i v r e r e p os e sur d e u x h y p o t h è s e s de lec ture: la le ct ur e m n é m o n i q u e et le l e c t ur e m y t h o l o g i q u e . Ces d e u x m o d e s de le ct u r e p r é s u p p o s e n t l ' e x i s t e n c e d ' u n e a r c h i t e c t u r e de s c h a p i t r e s d es Essais. V o i r à la s u i t e le p l a n d e s ch a pi t r es , ou a r c h i t e c t u r e m n é m o n i q u e d es Essais N o t r e a r c h i t e c t u r e m n é m o n i q u e r e po s e su r de s p r i n c i p e s de r h é t o r i q u e et no us e n t e n d o n s pa r là la memoria q u i c o n s t i t u a i t la q u a t r i è m e p a r t i e de l ' a n c i e n n e rh é to r i qu e : inventlo, dispo- sito, elocutio, memoria, pronuntiatlo. N o t r e le c tu r e m n é m o n i q u e fait d o n c i n t e r v e n i r d a ns l ' é t u de de la c o n s t r u c t i o n d u t e x -te ce q ui a été é c ri t sur la m é m o i r e en r h é t o r i q u e d e p u i s S i -m o nid es , au V I e s i è c le a v a n t n o t r e è r e j u s q u ' a u li v re d e F r a n -ces Yate s, L'Art de la mémoire, en p a s s a n t pa r le t ra i t é a n o n y -me Ad Herennium, c o n n u au M o y e n Ag e sous le -nom de Traité de se-conde rhétorique, et p ar les t r a i t é s de Cicér on : De l'orateur, De l'invention, et les Divisions de l'art oratoire, topiques

Voir mes travaux sur l'architecture des chapitres des Essais: Pour une lecture mnémonique des "Essais": une image et un lieu", "Bulletin des Amis de Montaigne" 1979 nos 31-32, pp. 51-58; I. Démonstration mathéma-tique de 1'architecture des "Essais" de Montaigne. II L'"Idée du Théâtre" de Camillo et les "Essais" de Montaigne, "Bulletin des Amis de Montaigne"

1981, nos 7-8, pp. 79-96. 2

C i c é r o n , De 1'invention, trad, de E. Greslou, [dans:] Oeu-vres complètes, t. 2, Paris, Garnier, 1866; i d e m , De l'orateur, trad, de S. Andrieux, ibidem, t. 3, 1867; i d e m , Rhétorique à Herennius, trad, de M. Delcasso, ibidem, t. 2; F. A. Y a t e s, The Art of Memory, Londres, Routledge and Kegan Paul, 1966. Cet ouvrage est maintenant dispo-nible en français. Pour les structures symétriques, voir: A. F o w l e r , Triumphal Forms: Structure and Pattern in Elizabethan Poetry, Cambridge Uni-versity Press, 1970. L'ouvrage fondamental sur ce sujet est le livre de F. G i о r g i, De harmonia mundi, Paris 1545, traduit en français en 1578. Plus récemment: R. P e t e r s o n , Critical Calculations: Mea-sure and Symmetry in Literature, PMLA, May 1976, pp. 367-375; J. D. N i-1 e s, Ring Composition and the Structure of "Beowulf", PMLA, October

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Dan s tous ces textes, pa r f a i t em en t c onnu s des éc ol ie r s au X V I e siècle, il est e n s ei g né que l 'or ateur d oi t a pp r en d re par coeur ce q u'il a fini d ' i n v e n t e r , de d i s p o -s e r et d ' é l o c u t i o n n e r af in de p o u v oi r e n -suite le p r o n o n c e r d e va n t u n pu b li c sans a voir à rec ourir к ses ta ble tte s de cire, ma t é r i e l encombrant. Ce que de n om br e ux lecteur s m od e r n e s ignor ent c ' est c om m en t o n s'y pr en a it pour ap p re n dr e tout un texte par coeur. La mét h od e s'est p e rd u e d epu is que P ier re de la R am ée ava it c h ass é la memoria des ét udes un ive rs ita ir es, vers 1530. Ce n' é ta i t pas la p rem iè r e fois que l'on c ha ss a it memoria hor s de la r h é -to rique classique. La m é m o i r e a rt i fi c ie l le avait att iré d e -puis ses d ébuts de p ui ss an t ennemis, S oc rate en particuli er.

Dans ha pharmacie de Platon, Ja cq u es Der r id a a m o n t r é co mme nt les d i al o qu e s de Pl a to n m e t t en t en o pp o s i t i o n la p a ro le et 1 éc ri t ur e (le pharmakon ), i nv e nt i on du di e u Eg yp ti e n Thot, c ' es t -à - di re M ercure, di e u m a g i c i e n d ont on doit se mé f ie r car ce pr ése nt q u 'il apporte, ce p ha r m ak o n (les lettres de l'alphabet), est aussi b ie n un po i s o n q u ' u n remède. Le die u nous p rés e nt e l' é cr it ure c o mme un remè de c o nt r e l'oubli p u i s -que cel le -ci va nous p er m et t re de nous fa ire une m ém o i re de papier, c omme d isa it Monta igne, m a is aussi, ce m êm e r emède va rendre les hu mai ns oublieux. Pou rquoi se b ou rr er le cr âne alors que 1 on d i s p o se de livres, s urto ut lorsque ces livres ont des inde xes alp ha b ét i qu e s? Le livre va bi e nt ô t tuer la mémoire. On p our ra dire que Mne mosyne, la m è r e des muses, m eu rt dès qu ' el l e donne n ai ss an ce à sa der ni è re fille, la d ix ièm e muse, l'imprimerie.

Cette dichot omie, e ntre la p ar o le viv e et o r ig i na l e d'u n coté et l 'é criture com me a rt ifi ce s uspe ct de l'autre, d i c h o -tomie que D er ri d a c ri ti q ue c hez Platon, nous la t ro uvo ns qui se répète ent re la m é m o i r e vi va n te et la m n é m o t e c h n i e dans deu x d ia l ogu es de Pl a to n ci tés par Derrida. Les so ph ist es s'y trouvent m is en ri dic ule par le fait m ê m e q u 'il s ut i li sen t des trucs de mé m o i r e ce qu i d ém o nt r e qu ' il s ne savent pas vraiment. Ce sont de so i- d is a nt savants. S oc ra t e qui, comme

1979, pp. 924-933;^ E. M. D u v a 1, Panurge, Perplexity, and the Ironie Design of Rabelais's "Tiers Livre", "Renaissance Quarterly", Autumn 1982, pp. 381-400. Duval nous donne un plan symétrique des chapitres du Tiers Livre.

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le note Derrida, "f eint d 'a v o i r oublié, m ai s s' e nt e n d a n t m i e u x que pe r so n n e en m n é m o n i q u e ou en m n é m o t e c h n i e " 3 , se m o qu e de ce ux qui em p l o ie n t la m n ém ot ech nie :

SOCRATE: Ah! j oubliais, je crois la mnémotechnie, dont tu te fais le plus d honneur; et combien d autres choses, sans doute, qui ne me re-viennent pas! ., .

HIPPIAS: Je n'ai pas bien présent à l'esprit ce que tu veux dire, Socra-te.

SOCRATE: C est apparemment que tu n emploies pas ta mnémotechnie [...] (Hipplas mineur, 368, a, d).

SOCRATE: Il est heureux pour toi, Hippias, qu'ils [ceux qui t'écoutent] ne soient pas curieux de connaître la liste des archontes depuis Solon: car tu aurais eu fort à faire pour te la mettre dans la tête.

HIPPIAS: Pourquoi Socrate? Il me suffit d entendre une fois cinquante noms de suite pour les retenir.

S0CRA1E: C est vrai; j'oubliais que la mnémonique est ta partie [...] (Hippias majeur, 285, d, e)4 .

N o tr e t hèse est que Montai gne , suiv ant l' e xe mp l e de S o -crate, aura pu, sans an g oi s s e de se contre dir e, ut il i s e r la m n é m o t e c h n i e et nier t out en mê m e temps qu 'i l y ait rec ou rs en tant que sa piè ce m a l t r e s s e qui est le ju g eme nt ( l 'e n t e n d e -ment). Il s inclut da ns la f us t i ga ti o n gé n ér a l e s ig na lée par

le p ro n om "nous": "Nous ne t r a va i ll on s qu ' à r e mpl ir la m e -m o ir e et laissons l ' e n t e nd e me nt vuide" (1-25, p. 172 - éd.

1580). Le plus souvent, il s 'e xc lut du g ro upe abject des m n é m ot e c h n i c i en s par l'emp lo i du p r o n o m "ils", les autres: "Ils ont la so uv e na n ce assez pleine, ma is le jug eme nt e n t i è r e -me nt creux" (p. 177).

Le peti t M ic hel avait, sans doute, app ri s la m n é m ot e c h n i e au c ol lè g e de G u ye n ne où, pa raît -il, il joua dans des pièc es latines. Il pourra, plus tard, a la fois m é pr i s e r cet art et c o nt in u er de s en servir, no n plus p our r é pét er des chos es de va nt un public, mais p ou r o r g a ni s er son s a voi r de façon "méthod ique". N o to n s que ce mé p ri s se g é n é r a l i se r a et finira

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V с M La Pharmacie de Platon [dans:] La dissémina-tion, Ed. du Seuil, 1972, p. 120.

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par i n cl ur e tou t l ' e n s e i g n e m e n t r eç u d an s c e co llè ges "mais tant y a q ue c ' e s t o i t t ou j o u r s college . M o n L a t i n s ' a b a st a r - di t f...] je s o rt is du c o l l e g e [ . san s nu l f ru i c t £...] "

(1-26, p. 239).

De t o ut e m an iè re , à la R e n ai s sa nc e, l ' a r t i f i c i a l i t é de l'a rt de la m é m o i r e é t ai t d e v e n u e la m o i n d r e d e ses failles. La m n é m o t e c h n i e d e v i e n d r a u n e a c t i v i t é m e n t a l e s us p e c t e d a n -g e r e u s e po ur le s alu t de l'âm e - et p o u r s u i v i e a us si d u r e m e n t p ar les c a t h o l i q u e s qu e pa r les p ro t e s ta n t s . L ' u n i t é m n é m o n i -q ue (le mn ém èm e) , est u ne fr a c t i o n à d e u x si g ne s s u ne i mag e sur un lieu. Les p r o t e st a n t s , a vec leur zèle i co n oc la st e, a- v a i e n t b r i s é les i mag es m n é m o n i q u e s . Le s c a t h o l i q u e s s'e n é t a i e n t p ris aux li eux m né m o n i q u e s , l i eux où s u r v i v a i e n t les d e m o n s de la m y t h ol og ie . C e tt e d o u b l e a t t a q u e a l la i t ru i ne r les d e u x f ac t eu rs d e la f r a c t i o n m n é m o ni q u e , f r a c t i o n q u i se c o m p o s e de de u x s ig n es a ss oci és, un si gn e image sur u n s i gne

lieu.

Il n ou s est im p o s s i b l e de f air e ici u n e i n t r o d u c t i o n m ê m e s o m m a i r e a l'art t rè s c o m p l e x e de la m n é m o t e c h n i e . P ou r fai re vite, d i s on s que la m é t h o d e c o n s i s t e à t r a n s f o r m e r e n ima ge s les idée s do n t o n v e ut se souv enir , et d e p l a c e r ce s imag es d a ns des lieux fixes. P ar ex emp le, si je v e u x m e ra p p e l e r qu e je d oi s é cr i r e un e let tr e à M. M i c h e l Sl at kin e, je m e ferai d ans la tête u ne i ma ge d ' u n c h e v a l (la d e v i s e de la m a i s o n Slat kine ) t ap a n t un e lett re à co u ps de sa bo t s - il f aut q ue l 'im ag e s o rt e de l ' o r d i n a i r e a f i n q u ' e l l e se g r av e da n s n o tr e e s p r i t en t r ai ts i n d é l é b i l e s et m ê m e i n é f f a ç a b l e s s u i -v ant les c on s e i l s de C i c é r o n - et ensuite, je p l a c e r a i ce c h e -va l avec sa m a c h i n e к é cr i r e sur le g u é r i d o n de m o n salon.

C h a c u n des m e u b l e s de m o n s a lo n s era u n "lieu", u n e m p l a -cement, a u q ue l je p o u r r a i a s s i g n e r u ne "image". Si j'ai à me s ou v e n ir de b e a u c o u p de cho ses, je les t r a n s f o r m e d ' a b o r d en imag es et je les jette, à la ronde, sur les m e u b l e s de m o n s a -lon. P our m ' e n rapp eler , je n ' a ur a i p lu s q u ' à r ev o i r m o n sa lon d a n s la tête et je p o u r r a i y r e t r o u v e r les ima ge s qui s'y t r o u v e n t sur c h a c u n de s m e u bl es , g ué ri do n , piano, f a u -teuils, divan, etc. E n r e v o y a n t le g ué ri do n, le lieu m n é m o -nique, je v e r ra i en m ê m e t e mp s le c h e v a l à la ma c h in e, l ' i m a -ge m n é m on i q u e , qui me fer a m e s o u v e n i r de la l et t r e à écrire.

C e tt e façon, ou p l u t ô t "m éth ode" , d ' o r g a n i s e r le s avo ir est a u j o u r d ' h u i ri di cule , folle, i n c o m pr é h e n si b l e , c o n t r e t o u

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-te "raison", p our la p en s é e m o d e r n e p o s t - ca r t e s i e nn e . F ra nc e s Y at es si g n al e c e p e nd a n t qu e n 1632, lo rs q ue q u e l q u e s sav ant s se r éu n i re nt da ns un e p e t it e a c a d é mi e privée , le suj et de leur d é l i b é r a t i o n fut "la m ét h o d e " a vec r é fé r e n c e s к l'a rt m n é m o -niq ue de R a m o n Lull et la " mé th o de des C a b b a l i s t e s " . L eur s e f -forts fur ent p u b l i é s sous le tit re de De la méthode et Y at es s ou li g ne c o m bi e n p e u de s u rp r i s e au ra i t s u sc i té le titre de Discours de la méthode p u bl i é c in q a ns plu s t a r d pa r D e s c a r t e s 5 .

Il s e n su i t qu e la "m ét ho d e m né m o ni q ue ", m é t h o d e de s o -p hi s te et de r h é t o r i q u e u r , e m pl o y é e p ar les c i cé r o n i e n s po ur la m é m o r i s a t i o n d un texte, et d onc la m ét h o d e u t i l i s ée pour la c o m p o s i t i o n de ce m ê me texte, r epo s e sur la s p a t i a li s a t i o n des idées (images) c o n t en u e s da n s ce texte. Ainsi, les a r r a n -g em e n ts m n é m o n i q u e s que nous d é c o u v r o n s d a ns les Sssais s u g -g èr e n t q u e M o n t a i g n e aura très b i e n pu les y m e t t r e au mo m en t de "dispos er" so n te xt e en vue d e le m é mo ri s er . N ot r e le cture m né m o n i q u e ess ay e de d é c o u v r i r une "c o m p o s i t i o n m n é m on i qu e" des Essais.

D ans n ot re e x e m p l e d o n né pl u s haut, n ous av on s u t i l i s é les m e u bl es d un s a lon c o mm e "l ie u x m n é m o ni qu e s" , m ai s on peut très b i e n se serv ir de n ' i m p o r t e q u el s yst è me d e li eux tel que ce lu i des ni ch es d an s un e ca t h é d r a l e d ont on c on n a i s s e 1 i n t ér i eu r de m émoire, ou b i en les s ta tu e s qui e n t o u r e n t la cour du Vatican , ou les sept d i e u x p l a n é ta i r e s a r r an g és s elon 1 o rd re cho i si par P tole mee: 1) Diane, 2) Mercu re , 3) Vénus, 4) Apollon, 5) Mars, 6) J u p i t e r et 7) Saturne, avec A po ll o n- - so la i re au m i l i e u des sept astres. No t r e t hè se est qu e M o n -taigne, qui est au c o ur a n t des d é c o u v e r t e s de Cope rni c, u t i l i -se q u an d m ê m e ce v i e ux sys t èm e c o mm e can e va s m n é m o n i q u e pour or g a n i s e r ses c h a p i t r es s e l on u n o r dr e b ie n défini. Les sept dieux, dont il c o n na ît l ' o rd re p ar c oe u r d ep u i s le collège, lui s erv ent dfe lieux tout c o m m e nous n ous so mme s s erv is des m eu b l es dans un salon.

A la R e n a is s a n c e on p r é f è r e c h o is ir des lieu x ar r an g és de faço n symét rique. La s p at i a l i s a t i o n est a lors sy m é t r i qu e et s o r g a n is e co mm e une a r ch it ect ure , mon ume nt, égli se, panthéon, en tr é e royale, forme tr iom pha le, arc de t r i o mp h e ou, pl us p r é -ci sément, thé â tr e de mémo ire . Aid é de la Fortune, je cr oi s

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av oi r d é c o u v e r t q u e M o n t a i g n e s ' e s t s e r v i d e ь'idea del rhea- tro (1550) de G i u l i o C a m i l l o p o ur c la s se r, arc h iv er , m é m o r i a - liser les c h a p i t r e s q ui se t r o u v e n t a u c e n t r e d e s liv re s I et II de s Essais. D a n s c e t t e étude, n o t r e l ec t u r e m n é m o n i q u e t r a i t e r a d on c no n d ' u n se ul c h a p i t r e à la fois m a i s d e sept c h a p i t r e s en s em bl e, d a n s un e p e r s p e c t i v e sy nc h r o ni q u e . La m é m oi re , c o mm e p a r t i e i n t é g r a n t e d e l a . r h é t o r i q u e c l a s -sique, est un s u je t p r e s q u e o u b l i é d e la c r i t i q u e u n i v e r s i -ta ir e en F r a n c e a u j o ur d ' h u i. En 196 4-1 96 5 , d an s son sé m i m ai - re d o n n é à l ' Ec o l e P r a t i q u e d es H a u t e s E t u d e s sur "l' an ci e n-ne r hé t or i q u e ", R o l a n d B a r t h e s s o u l i g n a i t le sc and ale : "J'ai d onc été ob l i g é - é c r i t - i l - de c o n s t r u i r e m o i - m ê m e m o n sa v oi r [...] lo r s qu e j'ai c o m m e n c é à m ' i n t e r r o g e r sur la m o r t de la r h é t o r i q u e " 6 . Il n 'e n re s te pa s m o i ns q u e si B a r t h e s a su r am e n e r de l 'o ub l i l'inventio, la disposltio et l 'elocutio, il y a o u b l i é la memoria.

P lu s pr é c i s ém e n t , ce q u i e s t a r r i v é à B a r t h e s et à la p l u -p a rt d e s a n i m a t e u r s de l ' a n c i e n n e r h é to r i q u e , c ' e s t q u ' i l s n ' o nt pas p r a t i q u é la t e c h n i q u e mn é m o n i q u e . O n ne l ' e n s e i g n e plus d a ns les éco les. Or, c e r t a i n e s t e c h n i q u e s ne p e u v e n t se c o m p r e n d r e q ue si o n les pr at iq u e. La m n é m o n i q u e , ou m é m o i r e a rt if i c ie l l e , r e q u i e r t un c e r t a i n a p p r e n t i s s a g e et e x i g e d e se s o u m e t t r e à u n m o d e de p e n s é e i r r a t i on n e l , d o n n a n t d a ns 1 ' o c-cultisme , l 'a s tr o l o g ie , la c a bb a le , et le d é f en du . C ' e s t un e x e r c i c e m e n t a l p r e s q u ' i m p o s s i b l e p o u r q u e l q u ' u n qu i ai t lu c o n s c i e n c i e u s e m e n t D e s c a r t e s et ap p r i s sa "m é t h o de " r a t i o n n e l -le e t d i a l e c t iq u e , " mé t ho d e" qu i es t v e n ue r e m p l a c e r l ' a n c i e n -ne "m é t h o de m n é m o n i q u e " , m é t h o d e r hé to r i qu e , o u b l i é e auj ourd' hui pa r la c r i t i q u e et a b s e n t e d es é t u d e s u n i v e r s i t a i r e s . Qu i d on c a u j o u r d ' h u i e n s e i g n e à se s é t u d i a n t s u ne m é t h o d e o u t e c h -n i qu e q u e l c o -n q u e p o u r m é m o r i s e r d es t e xt e s ? E x i l é e de l ' u n i -ver si té , la m n é m o t e c h n i e a pr i s r e fu g e d a ns le m u s i c hall, le c a b a r e t et à la foire. Les "l i eu x c o m m u n s " d e la d i a l e c t i q u e on t é t é c o n f o n d u s av ec les " l i e u x m n é m o n i q u e s " d e v e n u s i n c o m p r é h e n s i b l e s . Ce qu i s' e st pa ssé , le p l u s so uvent, c ' e s t q u e l ' on a c o n f o n d u

6 R. B a r t h e s , L'ancienne rhétorique: Aide-mémoire, "Communi-cations" 1970, n° 16 (Seuil), pp. 172-223. Ce numéro intitulé Recherches rhétoriques contient une dizaine d articles de chercheurs renommés mais aucun d'entre eux ne traite de la mémoire artificielle.

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le m ot locus, lo rs q u' i l se v o it e m p l oy é da ns le c o n t ex t e de la memorla, et ce m ê m e m o t locus, l o r s q u ’il e st u t i l i s é par ces M e s s i e u rs de Po rt -Ro yal . C ' es t en tant q u e " l ie u x com m un s " que l ' in t e r p r è t e R o l a n d B a r t h e s lo r sq u 'i l écrit: "Les lieux, di t Po rt -Ro ya l, sont « c e r t a i n s c he fs g é n é r a u x a u x q u el s on p eut r a p p or t er t o u te s les p r e u v e s d o nt on se sert d an s les d i v e r s e s m a t i è r e s q ue l'on t ra ite »" (p. 206). J u s te a pr ès a v oi r cité ce p as s a g e q ui t ra it e d e l ie ux d ia l ec t iq u es , B a r t h e s en ci te un aut r e sur les li eu x m n é m o n i q u e s et 1 'é m i n e n t c r i t i q u e se dem ande: "D'abord, p o u r q u o i l i e u ? P ar c e que, dit A r i s t o -te, p o ur se so uv e ni r d es choses , il s uf fi t de r e c o n n aî t r e le

4 *7

lie u ou e l le s se t ro uv e nt

Ce qui m o n t r e q u e B a r t h e s ne r e c o nn a ît pl us la m ém o i r e dans les mo t s d ' A r i s t o t e q u ' i l v i ent d e citer, c ' es t q u ' i l cite, à la p h r a se su ivante, Du M a r s a i s , q u i au X V I I I e s i è c l e , si è c l e de la Raison, ne sai t p lus ce que c e la ve ut d i re qu e "me tt re les ch os e s d an s un lieu". Déjà, Du M a r s a i s ne sait p l u s , s a n s d o u t e , se fa ire des ima ges da ns la tête et il se m éf i e de l' ima gi nat ion , c e tte foll e du logis. V o i c i Barthes: "Les lieux, dit Dum arsa is, sont les c e ll u le s où t out le m o n d e p eut alle r pren dre, pou r ainsi d i r e ,l a m a t i è re d ' u n d is c o u r s et des ar g u m e n t s sur toute s sor te s de sujets". Ce q u ' i l faut c om pr end re , c ' e s t qu e le lie u m n é m o n i q u e es t un lieu privé, alo rs que le li eu d i a l e c t i -qu e do n t nous p ar l e D u M a r s a i s est un l ieu public, da ns l e -quel, co mm e il le dit, " tout le m o n d e pe ut alle r p rendr e". Pour c o m p r e n dr e la p e n s ée m n é m o n i q u e il faut se r e p lo n ge r d an s le X V I e siècle, a u - d el à de l 'a n né e 1600, an né e fa t i d i q u e ou G i o r d a n o Bruno, cet e x c e l l e n t p r o f e s s e u r de m é m o i r e a r t i f i -cielle, fut b r ûl é a Rome.

D an s u n lieu m né m o n i qu e, tel que le g u é r i d o n de m o n salon, il n y a que moi q ui sa ch e q u e l l e s ima ges j'y ai pl ac é es

(le c he va l ta pa n t à la m a c h i n e av ec ses sabots). C' es t u ne a f -faire per so nn e ll e , s o u ve n t " o cc ult e" de par sa n a t u r e et c est là son d a ng er à la R ena is s an ce . Ces c a c h ot t e r i e s d e v i e n d r o n t i n a c c e pt a bl es à l'Age de la Raison, sous le r e ga r d s c r u t a -teur de la p o li c e d u Roi Soleil. P lus pré ci sé m en t, ce ne sont pas les li eux e ux - m ê m e s qui sont " oc cul te s" m a i s l 'u sag e q ue c h a c u n p eu t e n faire. Par exa mple, je p ui s m e se r vi r de s sept

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d i e u x p l a n é t a i r e s c o m m e e n s e m b l e de l i eu x p o ur c l a s s e r des im age s (idées). S e l o n F r a n c e s Y a t e s e t A l a s t a i r Fowler, de n o m b r e u x a u t eu r s à la R e n a i s s a n c e se s e r a i e n t s ervi des sep t

û p l a n è t e s po u r o r d o n n e r leu rs o e u vr e s . C h a c u n s' e n es t servi de fa ço n d i ff é r en t e. N o t r e t â ch e e st de t r o u ve r c o m m e n t M o n -ta i g n e s' en est servi. O n pe u t se d e m a n d e r c o m m e n t il e st p o s s i b l e de t r o u v e r le sy st è m e de li eux m n é m o n i q u e s d on t u n a u t e u r a u ra p u se servir. S"il s' es t ser vi de s m e u b l e s de s on salon, p e r s o n n e a u m o n d e ne p o ur r a re t r o u v e r le plan, m a i s s'i l s' es t ser vi d ' u n s y -stème connu, il es t al o rs p os si bl e, a id é de la Fortu ne, d e le co nfi rm er. Par exem pl e, si un ouvr age , p oème, d i sc our s, ou gr o u p e de c h a p i t r e s t ra it e d ' A p o l l o n au c ent re, o n p e u t s o u p -ço n n e r q u ' i l s ' a g i s s e d ' u n e o r g a n i s a t i o n s u i v a n t un p a n t h é o n des dieux. Nos s o u pç o ns s e ro n t d ' a u t a n t pl us é v e i l l é s si nous re m a r q u o n s q u e l' o u v r a g e en q u e s t i o n c o m m e n c e par. un d é -v e l o p p e m e n t sur la c h a s t e t é (Diane), se p o u r s u i t p ar u ne d i s -c u s s i o n sur les p r o p h é t i e s (Mer-cure), e t -c o n t i n u e a v e-c u n e ssai sur l ' a m i t i é et l 'a mo u r (Vénus). O n a ur a le d r o i t d ' a l le r che rc her , à la suite, de s p a s s a g e s q ui so i e n t e n r e l a t i o n et qui a i en t à "voir" a ve c Mars, J u p i t e r e t Satu rne, d an s cet ordre, de l' au t re c ôt é d u Soleil.

Ce jeu se c o m p l i q u e p a r f o i s c o m m e l o r s q u e M o n t a i g n e se sert d u m y t h e de Vu l ca i n, d i e u q u i o c c u p e la m ê m e p l a c e q ue Mars, au c h a p it r e 11-20 Nous de goustons rien de pur, ou b i e n dans le c h a p i t r e 1 1-21 contre la faineantise o ù l ^o n s ' a t t e n d r a i t à t r o uv e r Jupi te r, m a i s o ù l 'on trouv e, à sa plac e, s on é p ou s e Junon. De même, le l ieu de l 'a s tr e l u n ai r e p eu t ê tr e o c c u p é pa r D i a ne et ses my th es, c o m m e d ans le c h a p i t r e 1-16, o u b i e n par A rt é m i s ou Mi ne rv e, d é e s s e d e la scienc e, de la s a g e ss e et de 1"éd uc ati on , c o m m e d a n s le c h a p i t r e 1 1- 26 De l'institution

des enfans. Le d é b u t de 1 'Apologie de Raimond Sebond: "C est a la v é r it é u n e t r e s v ti l e et g r a n d e p a r t i e q u e la s c ie nce " no us s i -g na le q u e ce long c h a p i t r e s er a i t so um i s à u n e d i s t r i b u t i o n en sept p a r t i e s c o r r e s p o n d a n t au x se pt s t a ti o n s d u p a n t h é o n m né - moni gu e.

N o t r e t r a v a i l c r i t i q u e c o m m e n c e r a s e u l e m e n t une fois le p l an éta bli, ca r c ' e s t a l or s que l' on p o u r r a é t u d i e r la

® F. A. Y a t e s , The Occult Philosophy in the Elizabethan Age, Londres, Routledge and Kegan Paul, 1979.

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r e la ti on d ia l o g i q u e e n t re le lieu m n é m o n i q u e et l'i ma ge m n é -moni que, en t re le m y th e et le d i s c ou r s de surface, e nt re le d ie u et le texte que l' aute ur lui sacrifie. .Car il ne f aud ra i t pas o u bl ie r le m y t he ni le di eu auq ue l M o n t a i g n e do n ne la p a -role da ns ses Essais. C 'es t d an s ce t e nt r e - d e u x - ent re l'ima-ge et le lieu - que M o n t a i g n e s' a dr es s e a un s u r d e s t i n a -taire, ce lecteur di l i g e n t que no us e ss a y o ns d'être.

N o t o ns que les c o n f u s i o n s sur le sens d u mo t "lieu" sont c o u ra nt es et ce l a parmi les ou v r ag es de la p lus s oli de é r u d i -tion. Ainsi, da ns un tex te " offi cie l" de s Topiques de C i c é -ron, on tro uv e le mo t locls, d ans un p a s s ag e sur la m é m oi r e art ific iell e, t r a du it par le m o t "cat égo r ie s" ce qui re pr és en

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te un f aux sens c om p le t O n a 1 i m p r e s si o n q u e les t e c h n i -q ues de la m é m o ir e a rt i f i c i e l l e sont d e v en u e s au ssi b i za rr es et i n c om p ri se s que la p r at i q ue du "d e s vi da nt et filant" de la " vi eill e ac cr oupi e" de Ronsard. P u is q u ' il faut bi e n p ar le r de " M o nt ai g ne et Mercu re", je r e c om m a n de au lect eur qui se rait c u r i e u x de mné mo te ch ni e, l 'o u vr ag e de Fr a n ce s Y a te s sur l'art de la mémoire. So n livre o uv re d es p e rs p e c ti v e s m e r v e i l l e u s e s dan s le d o ma i n e enc or e p e u c o n nu du mo d e de p e ns é e de nos v i e ux auteurs.

Le lecture mn é m o n i q u e e n t r a î n e avec e lle une a ut re lecture, plus p ro ch e du texte, q ue j'app elle rais : l ecture m ytho lo gi qu e. E lle c on s i s te à p ro cé d e r par i n n u tr i t i on m yt h o lo gi qu e, à se f am i li a r i se r a uta n t qu e p o s s i b l e avec les fable s d es d i e u x - c ho se qu e M o nt a i g ne a vai t fait tout jeune lor s qu 'i l lut, en ca ch et te nous dit-il, les Métamorphoses d ' Ov i d e - et ensuite, à lire les Essais en sui va nt l' ordr e a r c h i t e c t u r a l et m n é m o n i -q ue des chapitres. C omm e Monta igne , d ' a pr ès n o t re thèse, a u t i l is é u n p an t h é o n des d i e u x (ou sys tè me pl an ét ai r e) en g uis e de sy s tè me de' lieux, et p u is q u e les ch a p i tr e s au c en tr e des Essais o c cu p e n t ces lieux, il en r és u lt e que tout ce que Mon

-C i c é r o n , Divisions de l'art oratoire; Topiques, texte établi et traduit par H. Bornecque, Collection des Universités de France publiée sous le patronage de 1 'Association Guillaume Bude, Paris, So-ciété d'éditions "Les Belles Lettres", 1924. Le mot "catégories" cache un parti pris rationaliste cartésien et même kantien. A. M. S c h m i d t, dans un contexte similaire, en défense de la "Haute Science", déplorait "le dégoût d'une certaine critique qui, ne surmontant pas les préventions d'une espèce de rationalisme mondain, dédaigne d étudier sérieusement ce qu'elle appelle un <?galimatias double))". Etudes sur le XVIe siècle, Albin Michel, 1967, p. 170.

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t ai gn e i ns èr e d an s u n de ces c h a p i t r e s a ur a à vo i r a v ec l 'un de ce s dieux. Les c h a p i t r e s 26 à 32 d u L i vr e P r e m i e r et les c h a p i t r e s 16 à 22 d u L i v r e S e c o n d d es Essais c o r r e s p o n d e n t au x s ept p l a n è -tes o u d i v i n i t é s s uivante s: Images II: 16 17 18 19 20 21 22 Images I: 26 27 28 29 30 31 32

Lieux: Diane Mercure Vénus Apollon Mars Jupiter Saturne

Le but de cet a r t i c l e est d ' i l l u s t r e r u n p r o c é d é de c o m -p o s i t i o n c her à M o n t a i g n e qui est de m e n e r d e u x d i s c o u r s à la fois (comme d e u x co ur si er s ), l'un a p pa r e n t et l 'a ut r e sous- -entendu. C ' es t d an s le d i s c o u r s s o u s - e n t e n d u q u e se t i ss e le c a n e va s my t h ol o g i q u e . C 'e s t là o ù il faut c h e r c h e r M ercure. Da ns les Essais, j'ai d é c o u v e r t ce d i s c o u r s sur M e r c u r e aux c h a p i t r e s 1-27, 11-17, I1I-6, et, c o m m e je l'ai s i g n a lé p lus haut, d an s une p a r t i e de 1 'Apologie^0 .

Le c h a p i t r e 27 du L i v r e P re m i e r c o r r e s p o n d à M e r c u r e et, lo rs que M o n t a i g n e é c r i t qu e "C el u y qui n ' a v o i t jamais v u de r i v i er e a la p r e m i e r e q u ' il r ' e n c o n t r a il p e n s a q ue ce fut l' Oc é an [ . . . J" 1 1 , le le c te u r d i l i g e n t a ur a e n t e n d u la r é f é -r ence au d i e u qui a s o uv e nt t r a v e r s é la r i v i è r e Océa n, d ie u d o n t les m o t i f s i l l u s t r e n t le cha pitre. C h a c u n de ces sept c h a p i t r e s a son dieu. Par exem pl e, le c h a p i t r e I, 32 c o r r e s -p on d à S a t u rn e et d oi t se l ire en p e n s a n t au x m y t h e s et aux fab le s c o n c e r n a n t ce dieu. Les e x e m p l e s de m o r t s s u b i te s d a ns les cab in et s, r éci t s par l es qu e l s fini t ce ch api tr e, s on t des a l l u s i o n s s u b t i l e s à la c o l i q u e sa t u r n i n e de

l'an-^ Il se peut que 1'Apologie puisse se diviser en sept parties cor-respondant chacune à un des sept dieux planétaires suivants: 1) Diane-Lune 2) Mercure, 3) Vénus, 4) Apollon-Soleil, 5) Mars, 6) Jupiter, 7) Saturne. Montaigne a placé un poème de Ronsard à la louange du Soleil au beau milieu de 1'Apologie (il faut compter les pages dans 1 edition originale de 1580), et il se peut que le long développement sur les animaux qui se trouve dans la première moitié de ce texte corresponde à Mercure auquel Apollon, en signe de paix, donna le règne sur tous les animaux, sauvages et domestiques. De nombreux critiques sont d'avis que ce long essai suit un plan défini: "Pour ce qui est du plan, il nous est apparu [...] moins décousu, surtout si on lit le texte de 1580, qu'on ne le dit sou-vent. A lire le texte, nous avons eu le sentiment d'une composition Ц...] révélatrice de l'orientation, du sens et, au total, de la signification de cet essai". R. Л u 1 о t t e, Montaigne: "Apologie de Raimond Se- bond", Paris, SEDES, 1979, p. 156.

^ Nous citons le texte de l'édition originale des Essais de 1580 dans lequel les images sont beaucoup moins nombreuses, ce qui rend .le texte

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c ie nn e alchimie, c ol i qu e le plus s ou vent fatale, c au sé e par l ' em p oi so nn em en t dû à l ' in ge st io n de plomb, m é t a l de Saturne.

En conséque nce, le t ext e des Essais ne do i t pas êtr e e n -vi sag é c om me é tan t ab a n do n n é au h a sa rd par un a ut eur p ré téndu - men t "nonchalant". Tout, d ans les Essais, est r h ét ori qu em en t local isé et localisable. Il n'e n re ste pas mo i ns que M o n -taigne sent que le c an evas q u'i l utilise, le p a n t hé o n des dieux, est une s tr uc tu re instable, inconst ante , s ou mise au "bran sle perenne". Mais c 'est j us tem ent là qu e réside la n a -ture mê me des dieux, leur c onti ngen ce. M er c u re est le di e u i n -sai si ss ab le par e x c e l le n c e et son c ar at èr e s' ac c or d e bie n avec les p ro p ri ét és é lu si ve s de ce métal, l 'a rgen t vif.

Au tre e xe mp le de d i a lo g u e e nt re les images et les lieux, c ' es t - à- d i re en tre M o n ta i g n e et les dieux: lorsq ue l 'auteur nous dé cr it sa "librairie", lo rsqu 'il nous a vou e qu 'il est d' une tail le au - de ss ou s de la m oyenne, et q u 'i l nous raconte qu'il ne sut jamais t ai ller une p l um e ni p lie r et fermer une lettre, il le fait dan s le ch ap i t re de st in é à co nt en i r de tels co mmen taire s, le c ha pi tre de Mercure, le I I - 1 7 1 2 . De même, lorsqu'il a à di re qu e lq u e c hos e sur son no m de famille, il le fait dans le ch ap it re 16, De la gloire, c h a pi t r e de Lune- -Diane, d ées se qui régit ces af fai res d ' h y m en et de liens de famille. Et ainsi de suite pour les c ha p it re s suivants:

Dieux

Planétaires Numéros et titres des chapitres des Essais Diane 1-26 De l'institution des enfants

11-16 De la gloire

Mercure 1-27 C'est folie de rapporter le vray et le faux à nostre 13

suffisance

plus maniable pour sa lecture mnémonique. M. de M o n t a i g n e , Essais, reproduction photographique de l'édition originale de 1580, Genève, Slatki- ne, 1976, p. 2A4.

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Les liens entre Mercure, Michel et le chapitre 11-17 se trouvent traités dans mon étude sui? Camillo et Montaigne, voir note 1, plus haut.

Dans les aventures de Mercure il s'agit surtout de "vrai" et de faux . Montaigne nous avertit qu il est dangereux d'aller chercher si Mercure ment ou dit la vérité. Mercure est un dieu "présomptueux" et plein * de suffisance . Voir, entre de nombreuses études sur Mercure, l'excellent ouvrage de N. 0. B r o w n , Hermes the Thief: The Evolution of a Myth, The University of Wisonsin Press, 1947.

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11-17 De la praesumption^ Vénus 1-28 De 1 'amitié

11-18 Du démentir

Apollon 1-29 De la servitude vo lontaire^

11-19 De la liberté de conscience • Mars 1-30 De la moderation

11-20 Nous ne goustons rien de pur Jupiter 1-31 Des cannibales

11-21 Contre la faineantise

Saturne 1-32 Qu'il faut sobrement se mesler de juger des ordon-nances divines 11-22 Des postes Je m e l i m i t e r a i à r e l e v e r d a n s le c h a p i t r e 1-27, s e u l e m e n t t r o i s m o t i f s r e l a t i f s à Me r c u r e: 1. Le M e r c u r e m a g i c i e n : " [...] et si j ' o y o i s p a r l e r o u de s e s p r i t z qu i r e v i e n n e n t , o u d u p r o g n o s t i q u e d e s c h o s e s f u -tures, de s e n c h a n t e m e n s , d e s s o r c e l e r i e s , o u f a i r e q u e l q u e a u t r e co mp t e, o u je ne p e u s s e p a s m o r dr e ,

Somnia, terrores magicos, miracula, sagas, Nocturnos lemures portentaque Thessala^

il me v e n o i t c o m p a s s i o n d u p a u v r e p e u p l e a b u s é de c e s f o l i e s ” (pp. 24 2- 24 3). M e r c u r e r a m è n e les e s p r i t s e n enfe r. A u ss i , n o u s d i t M o n -ta igne, "Ce g r a n d s a i n c t A u g u s t i n t e s m o i g n e f . ..] H e s p e r i u s u n s ie n f a m i l i e r a v o i r c h a s s é les e s p r i t z q u ' i n f e s t o i e n t sa m a i s o n f...]" (p. 247). S o u s le m o t i f d u M e r c u r e m a g i c i e n o n p o u r r a c l a s s e r to u t ce qu e M o n t a i g n e n o u s d i t su r les m i r a c l e s d a n s ce c h a p i t r e 1-27.

^ Le mot "praesumption" du titre s'explique par une référence aux a- ventures de Mercure. On sait que dans l'hymne homérique, Mercure, ayant vole cinquante boeufs, en immole deux afin de s'offir un sacrifice à lui- -même. C'est aussi dans ce chapitre que Montaigne fait son portrait, se plaçant ainsi de façon proéminente dans la galerie des tableaux que sont les 107 chapitres des Essais.

^ Les recherches sur la memoria ont des conséquences troublantes. N o-tre lecture mnémonique engendre la thèse selon laquelle ce discours appar-tiendrait au chapitre 1-29 des Essais. Nous préparons une étude qui montre que le Discours de la Servitude Volontaire est, comme l'avait soupçonné le Docteur Armaingaud en 1907, l'oeuvre de Montaigne. Une lecture mnémonique de ce discours montre qu'il a son lieu mnémonique dans les Essais. Cette ré-appropriation place l'amitié entre les deux amis sur une base encore plus solide. C'est "parce que c'était lui", Estienne, que Michel s'est permis d'en faire un auteur.

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2. Le M e rc u r e me ssa ger: ici M o n t a i g n e nous di t qu e ce qui se mb le i m p o ss ib le p our n ous ne le se rai t pas pou r un dieu: "Quan t on tro uv e da ns F ro i s s ar d qu e le co nte d e Fo ix sc eut en B e a r n la d e fa i te d u R oy J e a n de C as t i ll e a J u b e r o t h le l e n -d e m a i n q u ' e ll e fut a d v e n ue [...] on s 'en pe ut m o q u e r t •••3"

(p. 245). M o n t ai g n e r a p po r t e p lu s i eu r s e x em p l es de c o m m u n i c a -ti on i n st a nt an ée qu e M e r c u r e a rend ue po s s i bl e et m ê me ba n al e aujou rd'h ui: " [...] le Pap e H o n or i u s le p r o pr e jour que le ro y P h i li pp e Au g us te mourut, fit f air e ses f un e ra i l l es publi- gues" (p. 245). Aussi, "P lu ta rq ue [...] di e t s cav oi r de c e r -taine sci en ce q ue d u t em ps de Do m i t i a n la n o uv e l l e de la b a -tai ll e p e rd ue par A nt o n iu s en A ll e m ag n e a p l u s i e u r s jour nées de la, fut p u b li ée a Ro me et sem ée par tout le m o nd e le m e sm e

jour q u' e l l e a voi t e sté p er d ue [...]" (p. 246).

3. Le Me r c ur e p s y c h o p o m p e et pharmakon, d i e u qui p èse l'âme des morts, i nv ente ur du lan ga ge et m a î t r e de l'art p o l y s é m i -que: ici M o n t a i gn e e ss ay e de r i v al i s e r avec Me r c u re en s u b t i -lité langagière. Da ns 1'a v a n t - d er n i èr e p hr as e de 1 essai, M o nt a i g n e fait su rgi r d e va n t nous l'im age de la b al a nc e qui est c el le du M e r c ur e p s y c h o p o m p e et a uss i de S ai nt M i c h e l qui

1 7

pè se l'âme des Ch r é ti e n s à l 'en trée des c im e t i èr e s . M o n -ta ig ne "me rcu ri al is e" sur le d o u b l e sens du m o t "fléaux" dans la p h r as e en que stion: "La g l o i re et la c u r i os i t é ce sont les de u x fl éa u x de n o st re ame" (p. 251). Il s' agi t ici, da ns le d is c o ur s sou s-en tend u, de la ba r re aux e x t r ém i t és de la que lle

sont s u s pe nd us les p l a t e a u x d ' un e balance.

Comme, de son vivant, a u cu n le cteu r no n-in itié , et p o t e n -ti el le me nt m a l ve i l la n t e nv e rs ces jeux, ne s 'e st a p er ç u de ces s u b t i l i t é s , M o n t a i g n e se sent assez sûr de l ui -mêm e pour se p e r m e t tr e d ' a j o u t er des pr é c is i o n s sur la b al a n ce da ns ce m êm e chapitre. C et te b a l a n ce est e nc o r e une image m n é m o n i q u e qu i v i en t s ' aj o u te r à ce cha pitre, lieu de Mercure, Aussi, av ant sa mort, da ns une a dd i t i o n de (C) au dé b ut du

sorcelleries thessaliennes. Mercure est connu comme "Thessalicae doctissi- mus ille magiae". P r u d e n t i u s , Contra orationem Symmachi, I, v. 89.

Dans le Théâtre de mémoire de Camillo, Mercure occupe la même loge que l'ange Michel. Mon hypothèse est que Montaigne a joué avec cette identification entre le nom du dieu et son propre nom, d'où la balance sur la médaille trouvée, et le fait qu'il a fait son portrait au chapitre II- -17 De la praesumptlon dans la galerie des tableaux chapitres des Essais.

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ch apit re, il cite u n e p h r a s e de C i c é r o n il est d i t qu e l' es pri t est e n t r a î n e d ' u n c ot é o u de l' au t re c o m m e les p l a t e a u x d' un e bal anc e: "Ut n e c e s s e est l a nc e m in l ibra pon - d e r ib u s i m p o s i t is d ep rim i, sic a n i m u m p e r s p i c u i s ced ere".

D ' a u t r e part, d a ns le c h a p i t r e 1117, qui c o n t i e n t le p o r -tr ait de M i c h e l d e M on t ai g ne , c h a p i t r e q ui se t r o u v e p l ac é juste a u - d es s us du 1-27, (voir n o tr e pl a n g é n é ra l d es c h a p i -tres), M o n t a i g n e se p l a ît à di r e que l ' i n c e r t i t u d e de son j ug em ent est " ég a l e m e n t b a l a nc é e" et da ns ce m ê m e c h a p i t r e il m e n t i o n n e "Mer cur e" et au ss i "le Nile", r i v i è r e qui s ug gè r e le d ie u Thot, le M e r c u r e Eg ypt ie n, à l 'i n t e n t i o n d u le ct eur dili ge nt, voisin, parent, ou ami, qui p r e n d r a p l a i s i r a le p r a ti q u e r de ce tt e f aç on pr ivée, al l an t s o uv e nt j u s qu ' à l ' h e r -métisme , m a i s e x c l u s i ve m en t .

Hy pot hè se: Il est t r o p tôt p our s ug g é r e r u ne t h éo r i e qui e x p li q u e r a i t ces m y s t è r e s de c o mp o si t io n . Sans t i r er M o n t a i g n e vers la p h i l o s o p h i e oc c u l t e i n s p ir é e de F r a n c e s c o G i or g i et de son Harmonie du monde (tra dui t en 1578), j'ose a v e nt u r e r qu il s est ral li é au p a rti de s Ci cé ro ni e ns , des p a r t i s a n s d e J u -les C é s ar S c al i g e r c on t r e c e u x d' E ra s me , des o r a t e u r s c o nt r e les sc ient is tes , des r h é t o r i c i e n s co n t r e les d i al e c t i c i e n s , de la c o n t i n g e n c e c o n t r e le d é t e r m i n i s m e absolu, de Fortuna c o n -tre Ratio18 . T ou t c o mm e c e rt a i n s a ut e u rs d ' a u j o u r d ' h u i t i s -sent et c o u c h e n t leurs n a r r at i o n s sur des c a n e v a s b a sé s sur des co nt e s de fées, p our f ai re d a v a n t a g e d ' e f f e t sur l' es pr it du le cteur m o d e r n e qui a e n t e n d u ces c o n t e s d a ns son enfanc e, l' é c r i v a i n à la R e n a i s s a n c e ti ss e son t e xt e sur u n c a ne v as f a b ul e ux et m y t h o l o g i q u e p o ur inf u se r da ns le l e c t e u r - a u d i t e u r des e f fe t s que l' on a p p e l ai t a l or s m a g i q u e s et qui a uj o u r d ' h u i sont ap p e lé s p sy c ho l og i qu e s.

A m o n avis, M o n t a i g n e c o m p o s a i t sur ce d o u b l e r e g i s t re pa r h a b it u de ac q u is e au c o l l è g e et p ou r des r a i s on s p r a t i q u e s , a f i n de c l a ss e r ses " i n v e nt i on s " et po ur p o u v o i r les re t r o u v e r e n

-suite da ns le fo u i l li s d es 107 c ha pit re s. C e pe nd ant , il se pe ut q u ' i l se soi t lais sé a l l e r au p e n c h a n t o r a t o r i e n d ' i n -fuser une âme da ns s on t e x t e ^ . Il p a r le a s sez s o u v en t d un

Voir mon ouvrage Montaigne et la Fortune, H. Champion, 1977, sur le sujet de cette dichotomie éternelle. Montaigne est du côté de la Fortune et contre toute systématisation issue de la Raison.

^ L'âme qui s'infuse dans ces chapitres serait celle des dieux pla-nétaires ou astres. M. R. A u 1 о t t e souligne ce thème de 1 Apologie

(16)

lien gé n é ti q u e en tre lui et son livre, "qui t ouc he l'un, touche l'autr e" d ira-t -t il . Il ne fau dr ai t p ou r t an t pas faire de M o n t a i g n e un é c r i v a i n m y s t i q u e p u is q u' i l sent q ue la j o i n t u

-re q u' il crée en t re le c an e v as m y t h o l o g i q u e et ce q u 'il y ap po rt e de son ex pé r i en c e p e r s o n el l e ou de ses le cture s est arbitrai re. P u is qu e c et te joi nt ur e est arbitrai re, et que le c an e va s d u d i s co u r s s o us - e n t e n d u est fait de fables de di e ux qui sont, par nature in cons tants , on p ou r r a a d me t t re qu e les signes c o n s t it u t if s d u d i sc o u rs a p p are nt s e r o n t ,e u x aussi, par co nséqu ent, ar bitra ires , et M o n t a i g n e sent bi e n que toute son a r c h it e c tu r e est, en défin iti ve , " m a l - j o i n t e " .

Le pa r a d o x e chez M o n t a i g n e c' est q u' il se sert d' une o r -g a n is a t io n -géome'trique ap pa re mm en t u n iv e r s e l l e et é te r ne ll e

(voir no tre p la n des cha pitre s), m ais à laquelle, en définitive, il ne c roit pas. Il sait que Cop er ni c v ie nt de d é co u vr i r un n ou v e au système, q ui b o u l e v e r s e celui de P to l ém é e d ont il se sert pou r c l as se r ses chap itres , et il dit que da ns m i l l e ans o n en d é c o u v r i r a un autre: "Et de nos t re temps C o p e r n ic u s a si b i e n fondé c éte doc trine , q u'il s 'en sert t r es - r e g l é e m e n t a tou te s les c o ns e q ua n c es A s t r o l o g i e n n e s . Que pe n d ro n s nous de la, s i no n qu ' il n 'y a gu i er e d ' a s s e u r a n c e ny e n l 'u n ny en l'autre. Car qui scait qu 'v n e tie rc e o p in i on d ' i c y a m [ i ]l l e ans ne r e nu er se les d e u x p r e ce de nt es " (11-12, p. 345) . On a fait ce la bi en avant. M o n t a i g n e est mo d e r n e non s eu l e me n t pa r ce que pou r lui la s cie nc e est so umise à l'év oluti on, ma is aussi p ar ce que les obj et s de la science, l 'homm e et l'univers, sont soumis a la c on t i ng e n ce uni vers el le , la Fortune.

Da ns le Li vre Trois iè me , le c h ap it re 6 Des coches est aussi 2 0

ce lui de M e rc u re . Mo ntai gn e, au d éb ut y fait e n te nd re "que

suivant lequel l'homme sans Dieu n'est rien "si l'on accepte de con-stater qu il est totalement assujetti à l'influence de ces astres qu'en accord avec les cosmologues de son temps, Montaigne se refuse à priver «et d âme et de vie et de discours))" (op. cit., p. 36).

*

En janvier 1975, dans mon introduction à 1 édition en fac-similé du texte original des Essais de 1580, j'avais signalé que le chapitre Des coches correspondait à Mercure: "Le nombre 3 au sommet représente les cha-pitres 6, 7, 8 du livre III. [...] Cette trinité marie la pensée chrétien-ne et la mythologie. Dans les Melopoiae sive Harmonise de Tritonius on peut observer des médaillons représentant ce genre de groupement avec Ju-piter placé au-dessus d'Apollon et ayant à ses cote’s Mercure et Pallas. Dans les Essais, il faut imaginer la disposition suivante:

7 (Jupiter)

6 (Mercure) 8 (Pallas)

(17)

les g ran d s a u th e ur s" en ce q ui c on c e r n e les " c a u s e s " 2/ c'e st - -à- dire les m y t he s et les fa ble s , "ne se s e rv e n t pas s eu l e me n t de c el le s q u ' il s e st i m e n t es t re vraies, m a i s de c el l es e n c o -res q u 'i l s ne c r oi e n t pas, p o u r v e u q u ' e l l e s a ye nt q ue l qu e •invention et beauté. Ils d i se n t as sez v é r i t a b l e m e n t et u t i l e

-ment, s 'ils d i se n t i n g é ni e us e m en t " (p. 876 Pléiade). J ' i n t e r -p rè te ces mot s ainsi: M o n t a i g n e ne c r o it p as à M e r c u r e ni aux autr es d i eu x de l' O ly mp e et, s'il se sert des m ot i f s r e l a -tifs à Mercu re, c'e st p ou r "dire i ng é ni e u se m e nt " et su rtout pa rce que ces m y t he s ont "q u el qu e i nv e n ti o n et beauté".

Mon taig ne , p our di r e i n g é n i e u se m e nt ou, t out simplemen t, pour po u vo i r se so u ve ni r de la st ru c t ur e du chapitre, va d r e s -ser u n c a n e va s ai d e -m é m o i r e et, à c et te fin, il e n c a d r e r a le t ext e de l 'essai Des coches d 'u n é p i s o d e de s a ve n t ur e s de Mercure. C 'e st à t r av er s ce t te st r uc t ur e q u ' il p o u rr a se ra pp el er le c on t en u de son essai. Il n ' au r a plu s qu ' à se so uv en ir qu e le c ha p i t r e III -6 Des coches o c c u p e le lieu d e s -tiné à Mercu re. Ensuite, p e ns a n t à Mercure, il fera a pp el à la fable qui lui p r o c u r e r a le d is c o ur s sou s-e nt end u. A p a rt ir de là, il n aura p lus q u' à t r a n s l at e r ce di s c o u r s o c c ul t e en d is c o u r s de surface, en ra m en an t les im ag es m n é m o n i q u e s à son esprit, et se r a pp e l er p o in t pa r p o in t le d é v e l o p p e m e n t de son texte.

Sans doute, c omm e tous c e u x qui ava ie nt é tu d ié la r h é t o r i -que c l as s i q u e et sa mn ém ot ec hn ie , ét a it i l c a pa b l e de se r a p -pel er tout un chapitre. C' e st un art d on t on ne se v an ta it

jamais, tout c om me .il sera it r id i cu le a u jo u r d ' h u i d' a v o u e r que l'on se sert de d i c t i o n n a i r e s et d 'a u t r e s o u ti l s qui se rve nt à ar c hi ve r et à r e tr o uve r le savoir, d e pui s les cl a ss e u r s du XVI l L s ièc le j u s qu 'a ux o r d i n a t e u r s de nos jours. Si M o n t a i g n e se p la i nt s ouven t de n a vo ir pas de m ém oire, il f aut e n te n d re par la qu il p ar l e de sa m é m o i r e naturel le, l aqu el le il o p p o -se a son jug em en t qu i sera d ' a u t a n t plus e x c e l l e n t q u 'i l

con-chapitre 7 De 1'incommodité de la grandeur, représente le Trfes Haut, Ju- piter, Dieu le Père. Le chapitre 8 De 2 ‘art de cçnferer, représente la parole, le savoir, Pallas, le Verbe, le Saint Esprit" (p. 27).

Ces "causes" d inventio sont les causes planétaires qui émanent des dieux planétaires et qui traversent les sept sections du Théâtre de Camillo sous la forme de courants émotifs. Ces flux émeuvent la mémoire et la mettent en action. Voit, f; A. Y a t e s, The Art of Memory, p. 148.

(18)

tinue ra à d é ni gr er cet te aut re fac ul té naturelle, et q u' il ne parle pas de sa m é m oi r e a rti ficie lle, mé m o i r e d a n ge r e u s e aux ye u x des aut or ité s e cc lés ia st iqu es , p u i s q u' e ll e u t i l is a i t en guise de lieux des d ie u x que 1'E gli se app el ait des démons.

Re v en on s à la fable. O n se s ou vi e n dr a que q u a n d A p ol lo n d em a nde à M e rc u re de lui re ndr e les bo eu f s que ce d e rn ie r lui a volés, et qu e M e rc ur e fait l 'enfa nt et e ss ay e de mentir, A p ol l on s' ap pr och e d u b e r c e a u où se trouv e tapi n otr e rusé Prin ce des vol eu rs et le p r en d à bras le corps. Mais alors, notre bébé, fourbe, rusé, menteu r, tricheur, ma gici en, me s s a g er ps y c ho p om p e etc., émet u n vent impudent, u n fâ ch eu x m es s ag e r du ventre, et se met aussi à é t e rn u er ce qui fait q u ' A po l lo n le jette im m é di at eme nt à terre. Le d é bu t et la fin de ce court épis od e ou vre et c lô t ure r es p ec t i ve m en t l'essai Des co-ches .

C'est ainsi qu 'a u déb ut de son essai M o n t a i gn e nous pa rle des vents co r po r el s et il le c lô t u re r a avec la fin de l'épisode, lor sq u 'A p ol l o n jette M e rc u re à terre. V oi ci le tex*- te de s Essais au d e ux i èm e paragraph e: "Me d e m an d ez vous d'o ù vi ent cet te co us tu m e de bé ni r c eu x qui e st er n ue n t? Nous p r o -d ui s ons trois sortes de vent: c el uy qui sort par em bas est

trop sale; ce l uy qui sort par la b ou ch e p or te qu e l q u e re proche de gou rmandis e; le tr oi s ie s m e est l' es te r nu e m en t [...]". V o -ici m a i n te n an t les d e r ni e rs m ots de l'essai: "£...] un homme de che v al l'alla saisir au corps, et l'a valla par terre. FIN". Dans le Thé ât re de Camillo, Ap o l l o n e st un h o mm e к che val avec un leurre à la m a i n qui r e pr és en te la c ha sse à l' épervi er

22 et au faucon, p a s se - te m ps et a p a nag e des nobles

Bi e n sûr, le d i sc o ur s app are nt tr ait e de Pi z ar r e s'e mpa ra nt à bras le c orps du Roi d u Pérou, mai s si c ' ét a it t o ut /o n f e -rait m i eu x d ’alle r lire ça da ns l'Histoire générale des Indes de Gomara. Or, ce qui co mp te en m at i èr e de l i tt é ra rit é c'e st juste ment la façon dont Mo n ta i g n e r é p è t e ces histoires. Ce tte r é p é t i t i o n des fables, ce t t e pe r pé t ui t é des m y t he s en littérature, est un pr o cé dé de c o m p o s i t i o n que

22

"Sotto il Prometheo del Sole saranno sette imagini. [...] Vn huomo a cauallo con vn logoro in mano contenera la caccia delle sparuiere & del falcone eserciéii nobili". G. C a m i l l o , L'idea del theatro, Fio- renza, MDL, p. 84. bibliothèque de livres rares et de manuscrits Yale- -Beinecke Library, Yale University.

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