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Neo-platonisme pa'ien et neo-platonisme chrétien Pléthon, Marulle, Ronsard

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A C T A U H 1 V P R S . I T‘ A T Î fł L О D b I t ( S I S rOLIA UTTERAP 'A 16, m Henri Weber N E O - P L A T O N I S M E P A Ï E N E T N E O - P L A T O N I S M E C H RÉ T I E N - P L Ź T H O N , M AR UL LE, R O N S A R D L ' i n f l u e n c e de M a r u l l e sur la g e nè s e de s Hymnes de R o n s a r d est b i e n connue. Pl u s d i f f i c i l e à c e r ne r es t la n a tu r e e x a ct e de la re l i gi o n de Ma rulle . Des le X V I e siècle, J. C. Sc al i ge r lui r e pr o c h e son p a g a n i s m e et Beat us R h e n a n u s le regrette, tout en a dm i r a n t son i m me ns e talent. De nos jours P. L. Ciceri'*' et B e n e d e t t o Cr oce r e c o n n a i s s e n t q u ' i l n ' y a ri en d e c h r é t i e n

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dan s les Hymni Naturales . D ' a u t r e s c e p e n d a n t c o m me F r a n c e s c o 3

Sol da t! , y ont d é c o u v e r t d es a l l é g o r i e s c hr é ti e nn e s ; le d e r -nier de ses ex égèt es, F. T a t e o 4 c a r a c t é r i s e sa r e li g i o n par une f u si o n e nt re des é l é m e n t s c h r é t i e n s et n éo - p la t on i c ie n s , q ue l q ue pe u él o i g n é s de l ' o r t h o d o x i e c a t ho li qu e. A la fin du siècle de rnie r, C. N. S a t h a s 5 e x p l i q u a i t l ' a t t i t u d e r e l i gi e u se de M a r u l l e pa r l ' a p p a r t e n a n c e de sa fa m il le à la c l a s se m i l i -taire de s " s t r a t h i o t e s " , en c on f li t avec les m o i n e s o r t h o d o -xes et, p ar là, d e v e n u s h o s t i l e s au c h r i s t i an i s me . Le r eto ur à une r e l i gi o n pr o p r e m e n t h el l é n i q u e et né o - pl a t on i c i e n n e , p r ôn é p ar G e m i s t e P l é t h o n à M is th ra, j o u era it un r ôle d é t e r m i -na nt dans la c o n c e p t i o n de s Hymnes de Ma rull e.

P. L. C i c e r i, Michele Marulle e i suoi Hymni Naturales, "Giornale storico délia Letteratura italiana" 1914, vol. 64, fasc. 3.

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B. С г о c e, Michele Tarchaniota Marullo, [dans:] Poeti e Scrit- tori del pieno e tardo Rinascimento, vol. 2,' Bari, Laterza 1958, pp. 268 et suiv. (la première édition date de 1938).

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F. S o l d a t i , La poesia astrologica nel Quattrocento, Firenze Sansoni 1906, p. 275, note 1.

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F. T a t e o, Il platonismo degli Hymni Naturales, [dans:] Tradi- zione e realtà nell'Umanesimo italiano, Bari 1967.

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C. N. S a t h a s, Documents relatifs à l ’histoire de la Grèce, Paris 1888, vol. 8, pp. 592-657, Voir aussi l'excellente thèse de F. M a- s a 1: Plethon et le platonisme de Misthra, Paris 1956.

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B a nn i de C o n s t a n t i n o p l e , G. P l é t h o n av a it t r o u v é u n a c c u ei l f a v o r a b l e a u p rè s des d e s p o t e s de M o r é e et d é v e l o p p é à M i s t h r a u n e n s e i g n e m e n t p h i l o s o p h i q u e f ort réputé; il d o i t so n s u rn o m de P l é t h o n à sa r é p u t a t i o n d ' ê t r e un n o u v e a u Pla ton. P l u -sie ur s d e s h u m a n i s t e s g r ec s qui s i n s t al l è r e n t en I ta l i e au c o u r s du Q ua t t r o c e n t o , ont su ivi son e n s e i g n e m e n t à Mis thr a, tels L ' A r g y r o p o u l o s , le c a r d i n a l B e s s a r i o n et J a n u s Lascaris . C' est d a n s le Traité des Lois q ui fut b r û l é p e u a p r ès la mo r t de Pléth on, à l ' i n s t i g a t i o n d u p a t r i a r c h e G e n n a d e g u e P l é t h o n a v a it e x p o s é le pl us o u v e r t e m e n t sa p h i l o s o p h i e et les p r i n c i -pes d ' u n e r e l i g i o n f o nd é e s ur le c u l t e r e n o u v e l é d e s d i e u x an tiq ues. Ce tt e r e l i g i o n d e v a i t ê t r e à la fois p h i l o s o p h i q u e et po pul a ir e . Zeu s y r e p r é s e n t a i t le p r i n c i p e de t o u te c h os e Pallas, Dy o ny so s, Ar té mi s, etc., de v é r i t a b l e s h y p o s t a s e s ou ca t é go r ie s , mais, p ou r c h a q u e di v in i té , P l é t h o n a v a i t c o m p o s é u n h y mn e qui d e v a i t ê t r e c h a n t é en com mun, к c e r t a i n e s h eu r e s d u jour e t a c e r t a i n s m o i s de l'année.

F o n d é e sur une m o r a l e austère, c e t t e r e l i g i o n é t a i t c o m m e c e l le de s Lois de P l a t o n 6 d e s t i n é e à e n t r e t e n i r le c i v i s me et à f a v o r i s e r l ' é n e r gi e p a t r i o t i q u e n é c e s s a i r e à la lutte c o n t r e les Turcs. M a is P l éth on , à la d i f f é r e n c e d e M ar ull e, n est pas poète, il ne fait a p pe l à a u c u n de s é l é m e n t s m y t h i -q ue s t r a d i t i o n n e l s d u p a ga n is m e. Ses d i e u x r e s t e n t de s a b s -t r a c -t i o n s c o m m e c e u x d e P r o c l u s da n s la Théologie platonicienne. T o u t e f o i s P r o c l u s avait, lui a u s si c o m p o s é q u e l q u e s h y m n e s - au Soleil, à Athe na, à A p h r o d i t e - d o n t les im ag e s é c l a t a n t e s et s o le n ne l l es , i n s p ir é es pa r les h y m n e s h o m é r i q ue s , p e u v e n t ê t r e c o m p a r é e s à c el l e s de M ar ul le, sans q u ' o n p u i s s e y d é c e l e r un e s o u r ce vé ri ta ble . Il r e s t e c e p e n d a n t à M a d r i d u n m a n u s -crit, c o p i é de la m a i n de J a nu s Lascaris, q u i c o n t i e n t à la fois les h y mn e s de P r o c l u s et c e u x de Marull e.

Né en 1453 à C o n s t a n t i n o p l e , u n an apr ès la m o r t de Pléthon, M a r u l l e n ' a pu le c on n aî t re . Ré f u g i é à R a g u s e a v ec sa f a m i l -le dè s d i x sept ans, il s er t c o m m e m e r c e n a i r e e n E u r o p e c e n -t ra le p ui s r e j o in t sa f a m i l l e et se f ix e à An cone . Ses é t u d es h u m a n i s t e s on été fa it es p r o b a b l e m e n t en I t a li e du Nord, sa

^ P l a t o n , Les Lois, VII, 801 e. Il recommande de célébrer les dieux par des Hymnes.

^ Cf. la traduction de M. Meunier dans le recueil Aristote, Cléanthe, Proclus, Hymnes Philosophiques, Paris, L'artisan du Livre, 1935.

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c u l tu r e l i t t ér a ir e es t f i n a l em e n t plu s lat ine q u e g r e c q u e ma is le s e n ti m e n t très vif de la p a tr i e perdue, le d é si r d e la r e -c o n q ué r i r se m a n i f e s t e tr ès fré que mm e nt , ta nt d an s ses Epi-

grammes q ue da ns ses Hymnes. De l ' e sp oi r q u ' i l p l ac e da ns les rêve s de c r o i s a d e de C h ar l e s VIII, à p a r t i r de son e x p é -d i t i o n n a p o l i t a i n e et la r é d a c t i o n d u De Principum institutione q u 'i l c o m p o s e po u r le d a u p h i n m o r t p ré m a t u ré m e n t . C ' es t à la fois par les ex il é s grecs, f ix és e n Italie, e t pa r l ' h u m a -ni sm e i ta l i en lui -m ê me g u ' il a pu c o n n a î t r e les i dé es du p h i l o s o p h e de Misthr a. S on int é rê t p ou r P l a t on est a tt e st é par l' em p ru nt q u ' i l fait à la b i b l i o t h è q u e va t i c a n e d' u n m

a-О

n u s cr it de ses o e u v re s . En effet, v e n u en It a li e lors du C o n ci le de Fl o r e n c e e n 1439, P l é t h o n au c o u rs de ses e n t r e -tie ns avec les h u m a n i s t e s it al ie n s c o m m e L e o n a r d o B r un i a vait s o u t e n u la thè se de la s u p é r i o r i t é de la p h i l o s o p h i e de P l a -t on sur c e ll e d'A ris t ot e. Ses a r g um e n t s a v ai e n t été rés um é s d ans u n c ou rt t ra it é De Differentia Platonis cum Aristotelis

philo-9 # G s

sophia , sou ve n t r e c o pi e au co u rs du X V s i e c l e et im pr im é f in a l e m e nt au X V I e siècle. T e n a n t c o m p t e de ses a u d i t e u r s et de l 'a t m o s p h èr e du Co ncile, il y m o n t r a i t qu e la d o c tr i n e de P l a t o n es t pl us c o n f o r m e au c h r i s t i a n i s m e q ue c e l le d'Aristote; en effet; le d i eu de P l a t o n e st un d i e u c ré ate ur, p our A r i s t o t e il n 'e st qu e l ' o r ig in e du m o u v e m e n t p u i s q u e le m o n d e est é t e rn el ain si que le m at iè re . P l a t on s ' e m p lo i e à d é m o n tr e r l ' i m m or t a l i t é de l'âm e sur la qu e l le A r i s t o t e r este évasif. P l é t h o n s ' at t a c h e à d e f e n d r e la t h é o r i e p l a t o n i c i e n n e de s idées c on t r e les c r i t i q u es d 'A ri st o te . Il lui r e p r o c h e é g a -lement de co n s i d é r e r le h a s a r d et la d é l i b é r a t i o n h u m a i n e c o m -me des e x c e p ti o n s au d é te rm i ni sm e . Po u r Pl éth on, la d é l i b é -ra ti on es t la c o n s é q u e n c e des c i r c o n s t a n c e s qu i la fon t naître. R ie n n ' é c h a p p e au d é t e r m i n i s m e qui se c o n f o n d a vec la p r o v i -dence. Ainsi, dès ce p r e mi er pl ai d oy er , la d o c t r i n e de P l é t h o n n a p pa r a î t pas, sur tous les poin ts, c o n f o r m e a l 'o r t ho d o x i e c hré tie nne . Cec i n ' e m p ê c h e pas que, s e l o n M a r s i l e Ficin, 1 e n t ho u s i a s m e s u s c it é c hez Co s me de M e d ic i s pa r les p r o p o s de

g

Cet emprunt est attesté par un billet manuscrit reproduit dans l'é-dition Perosa des Carmina, Thesaurus Mundi, 1951.

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Nous avons utilisé, pour lire cet opuscule, 1 édition de 1540 à V e -nise.

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P l é t h o n ait é té a l ' o r i g i n e de la f o n d a ti o n d e 1 'Ac adémie p l a t o n i c i e n n e de Flo r en ce , b ie n d e s a nn é e s a p rè s il es t v r a i 1*?

Par a i l l e u r s d a n s les Lois P l é t h o n p r é c i s e r a q ue la c r é a -t io n -t e lle q ue l' e x p o se P l a t o n d an s le Timée n ' e x c l u t pas l 'é t e rn i t é d u monde. C e tt e c r é a t i o n est e n q u e l q u e so rt e c o -e x i s t a n t -e au d e m i u r g e et le m o n d e l u i -m êm e ne d o i t pa s finir. Les â mes h u m a i n e s so nt e i l e ô - m ê m e s é t e r n e l l e s d a n s les d e u x sens, ava nt leur i n c a r n a t i o n d an s u n c o r ps et a p rè s la m o r t de c e l u i - c i 1 1 . P our P l é t h o n l ' i m m o r t a l i t é c h r é t i e n n e est "b oite u se " car e ll e n 'e s t q u ' u n e m o i t i é d ' é t e r n i t é . B i e n e n t e n d u le p o l y t h é i s m e si d é v e l o p p é da n s les Traité des Lois est a b s en t du De Ditfeieutxa m ai s il est c u r i e u x de c o n s t a t e r que, p lu s tard, au co u rs de sa p o l é m i q u e c o n t r e G e o r g e s de T re bi zo n de , B e s s a r i o n n o n s e u l e m e n t repre nd, d an s son in Ca- lumniatorem piatonis, c e r t a i n s a r g u m e n t s de P l é t h o n m a i s s ' e f -fo rce au ss i d ' e x c u s e r le p o l y t h é i s m e de P l a t o n c o n t r e l equ el s é l èv e son ac c us at eu r . Il fdit a pp e l à P r o c l u s et. à Avi- c e nn e p our m o n t r e r q u' i l e st l é g i t im e de p e n s e r que, d an s la c r é a t i o n de l'un ive rs, le D i e u suprême, la c a u s e première, a pu d é l é g u e r un e p a r t i e d e son p o u v o i r à d ' a u t r e s créatures, c o mm e c ' es t le c as des d i e u x se c o n d a i r e s d an s le Timée de

1 3 A / \

Pl at o n . L ax io me p rê t é à A r i s t o t e qu e " d ’u n p r i n c i p e s i mp l e ne peut n aî t re q u ' u n se ul e ff et " j u st i fi e t o u te la hi é r a r c h i e des h y p o s t a se s et des d i v i n i t é s se co n da ir es , c h è r e aux néo- - p l a t o ni c i e n s et â p r e m e n t d é f e n d u e p ar P l é t h o n d an s les Lois. Bessarion, d ans sa t e n t a t i v e de c o n c i l i a t i o n p r é t e n d m ê m e que certains th é o lo g i e n s c h r é t i e n s ont so u t e n u la p o s s i b i l i t é q ue Dieu délègue, à c e r t a i n e s cr éa tu re s , u n e p a r t i e d e son p o u -voir cré ate ur.

Sans d o ut e M a r u l l e n ' e s t ni d i a l e c t i c i e n ni ph il o so ph e. On ne t r ou ve da n s ses h y m n e s a u cu n a rg u me n t j u s t i f i a nt le p o

-Cf. M. F i c i n, Traduction des Enneades de Platon (introduction). 11 G. P l é t h o n , Le traité des Lois, trad. Pelissier, III, chap. 43, pp. 258-260.

“ B e s s a r i o n , In Calumniatorem Piatonis, III, cap. 2 et suiv. ' J P 1 a t о il, Timée, 41-42, Oeuvres, trad. L. Robin, Pléiade, II, pp. 458-459.

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ly t hé i sm e ma i s ils en sont en q u e l q u e s o rt e 1 i l l u s t r a ti o n po éti que, c'es t sous l ' i n f l ue n c e de Plét hon , ou p e u t - ê t re de ses s ou r ce s n é o - p l a t o n c i e n n e s (Porphyre, Pro clu s, l ' e m p e

-reur Jul ien) q u ' i l re st e a t t a c h é à l'i d ée d ' u n e h i é r a r c h i e d e s c e n d a n t e de s d i e u x a n t i q u e s à p ar t i r d e Ju pi ter , di e u s u -prême, à un d é t e r m i n i s m e a b so l u c o n f o n d u av ec la pr ovi d en c e, e n f i n à l ' é te r n it é de s âmes, d e s c e n d a n t du ci el et y r e m o n -tant au c o ur s d ' i n c a r n a t i o n s suc ce ssi ve s.

Le p l a n mê m e des Hymnl Naturales qu i no us est e x p o s e au d é b ut du livre I V da ns l 'Hymne de l 'Ether p e ut ê tr e f a c i l e -m ent i n t e rp r ét é c o -m-m e c o n f o r -m e a la h i e r a r c h i e n e o - p l a t o n i c i e n - ne d es di vinit és .

Dum, post supremi régna Iovis bona Ipsumque et olim lucida sydera Cantata, nunc rerum benignum

14 Aethera concinimus parentem

Les "s up re mi r ég na Jo vi s" é v o q u e n t le p r e m ie r livr e des Hymnes qui c o r r e s p o n d aux d i e u x i n t e l l i g i b l e s "h Y pe r c o s m i q ue s " de Proclus: d ' a b o r d Ju pite r, le p r e m ie r prin ci pe, puis Pallas, 1'Amour, 1'E te rnité, les d i e u x du Ciel et Bacchu s. Le sec on d et le t r o is i è m e livre s ont c o n s a cr é s au x d i e u x qu i h a b i t en t les a str e s et se c o n f o n d e n t av ec eux: Jupi ter , en tant que plan ète, les au tr e s d i v i n i t é s pl an ét ai r es , pu is les d eu x gr an d s l u m i n ai r es le S o l ei l et la Lune. En o u t re M a r u l l e a p l ac é e n tê te d u s e c on d livre un h y mn e à P a n q ui s ym b o l i s e en q u e l q u e s or te l' u ni t é v i v a n t e du m o n d e ma t ér i el . Le C i e l lui -mê me est c é l é b r é c om m e e n v e l o p p a n t 1 e n s e m b l e des astres. Ce sont là les d i e u x e nc os miq ue s.

Av ec le q u a t r i è m e li vre son t c é l é b ré s les d i e u x é l é m e n -taires: l' Eth er qui, d a n s ce cas, n 'e st pas la m a t i è r e c e -leste m ai s l 'é l ém e nt le plus pur s itué i m m é d i a t e m e n t a u d e s -sous de la lune et a u d e s su s du feu q ue s y m b o l i se J u p i t e r foud roy an t; J u n o n r e p r é se n t e l'air, v i e n n e n t e n s u i t e 1 O c é a n et la Terre. Ai nsi J u p i te r e st c é l é b ré t ro is fois, da ns trois m o n d e s di ff ér en t s, les d i eu x c é l e s t e s son t une p r e m i è r e fois

14 Hymni Naturales, Aetheri, IV, I, w. 5-8. Toutes nos citations de Marulle sont empruntées à 1 édition Perosa.

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g lo r if i es c om me d i e u x i nt e ll ig ib les , une se c o n d e fois comm e é t o i l e s 1 5 .

No us r e t r ou v on s d an s l 'Heptaplus de Pic de la M i rą n d ol e c e t te d i v i s i o n de l' u ni v er s en trois mondes: s u pr a céleste, c é l es t e et é l ém e nta ire , a ux q u e l s s' a jo u t e pour lui l'Homme, le microcosme, re fle t d es troi s autres. Il u t i li s e en e ff et le n é o - p l a t o n i s m e co mm e i n t e r p r é t a t io n s ym b o l i q u e du pr e m i e r c h a -pi tr e de la Genèse. M a r u ll e lui ne suit pas, à l' i n t ér i e u r de ses g r an d es divi si ons , les d i v e r se s h i ér a r c h i e s des néo- pla - toni ciens; il est g u id e par sa f an t ai si e p oét ique, désireux , su r to ut de c él é br e r les forc es v i si b l e s qui a p p a r a i s s e n t dans la n at ur e et de les r e li e r à des tr a d i t io n s m yt h o l o g iq ue s . Ce qui est pr o p r e m e n t n é o - p l a t o n i c i e n chez lui c ' e s t que c h a -que di eu est à la fois le fils et 1 image l ég è re m en t d é gr a d é e d un di e u su pé r ie u r a u q ue l il e mp r u n t e sa p u i s s a n c e et ses acti vités.

O n a s o u ven t r ap p ro c hé les h y mn e s de Ma r u l l e de l'Urania de Pontano, qui cé l è b r e a us si les a str e s c o mm e d es di vin it és, en j o ig n an t a c ha c u n d ' e ux une lége nde my t h o l o g i q u e . M ai s le but de P on t an o est av a nt tout as t ro lo gi que : ap rè s une b r ève d e s c r i p t i o n de ch aq ue p l a n è te ou de c h aq u e s ig ne zodiacal, son p o ème d é v e l o p p e les in f l u e n c e s b é n éf i q u e s ou m a l é f i q u e s de ces as tr e s sur les hommes. La d i v i n i s a t i o n des as tre s res te do n c c hez lui du d o m a i n e p u r em e n t m y th o lo g i q u e . Il a c om p o s e un p o èm e d i d a c t i q u e et non pas une c é l é b r a t i o n m y t h i -que et religieu se.

En d e ho r s de qu e lq u e s e x p r e s s i o n s de détai l, on p eut c e -pendant, d ans le d om a i n e d es idées, c o mp a r e r sur d e u x poin ts M a ru l le et Pontano: sur l ' év o c a t i o n p o s s i b l e de la Tr i n i t é et sur la c o n c e p t i o n de la c réat ion. En effet, lo sque Po n t a n o nous p r és e n t e J u pi t e r c o n v o q u a n t l' as s em b lé e de s d i e ux p our leur confier, comm e d a n s le Timée, le p a r a c h è v e m e n t de la c r é -ation, il siège sur so n t rône avec la S a ges se à sa d r o i t e et 1 'Amour à sa gauche:

L Hymnus Stellis évoque peut-etre les constellations, en particu-lier les signes du zodiaque qui s opposent aux planètes et sont si im-portants dans la confettion des horoscopes. Mais rien n'empêche de con-sidérer ces étoiles comme 1 ensemble des astres dans le ciel.

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In medio sedet et ipse astat Sapientia dextra Leva Amor et solio tria numina in uno .

La fin d u s e co nd ve r s ne p e ut q u ' é v o q u e r la t ri n i té c h r é -tie nn e a ss i m i lé e à une tr i ad e né o - p la t o ni c i en n e . S e lo n Sold a- t i 1 7 , la S a g es se ou L og os d é s i g n e le Fils, 1'A m ou r le S ai nt E s p r i t 1 8 . Or les tr oi s p re m i e r s h y mn es de M a r u l l e sont d é -dié s su c c e s s i v e m e n t à Jupiter, P al la s et a 1 Amour; 1 h y m ne à Jup it er é v o q ue un c e r t a i n lien e ntr e ces t rois di vini té s:

Unigenam sancto prolem complexus amore Aeterno aeternam et perfectam, labe carente, Cui rerum late custodia tradita cessit

Et regni tutela tui, consorsque potestas

Temperat acceptas sine fine et tempore habenas [...]

M ais l'Am our ici n' e st n u l l em e n t d és i g n é c o m me u ne d i -vinité, il ex p r im e s i m p l e me n t la r e la t i on f i li al e e n tr e J u p i -ter et Pallas, à l a qu el le son p èr e c on f i e un e p a r ti e de son pouvoir. Q ua n d dan s le tr o i si è m e l'h ym ne est é v o q u é Amor, en tant q ue p ère des d i v i n i t é s céle stes , il est d ' a b o r d a s s i -m il é à C u p i d o n et, co m me lui, il a le p o u v o i r de flé ch ir J u -piter lui-même. A u c un ind ice p r éc is ne p e r m e t d ' a s s i m i l e r ces r e la ti on s de f i li a t io n à c el le s de la t r i n it é c hrét ie nn e.

L'Amour, chez M ar u l l e n ' e st p as s e u l e m e n t Cupidon , il est 20

aussi l 'o rd o n na t e u r du Chaos, c om me chez O vi d e , il est e n -c ore ce qui é lè ve les h o mm e s v er s le ciel, le p r i n c i p e p l a -tonicien. O n v o it par là m ê m e que Ma r u l l e p ro c è d e pa r fu sio n de tr a di t i on s a n ti qu es hé té ro gè ne s, sans se s o u c ie r v é r i t a b l e -m en t de r a p p r o c h e-m e n t s a vec le C h ri st ianis -me.

P ou r t a n t la d e s c r i p t i o n de la c r é a t i o n d u m o n d e par J up i te r est b e a u c o u p pl us p r o c h e du pr e m ie r c ha p i t r e de la G en ès e que

^ P o n t a n o, Urania, I. Au cours de son séjour à Naples et dans l'Italie du Sud, 1480-1489, Marulle a bien connu Pontano, L'Urania était à peu près achevée vers 1480 mais elle n a été éditée qu au début du XVIe siècle. Il est possible que l'oeuvre de Pontano ait contribué à faire naître, chez Marulle, 1 idée des Hymni Naturales.

^ F. S о 1 d a t i, op. cit., p. 275.

Chez Plotin la triade fondamentale est 1 Un (ou Dieu suprême), le logos et le vivant éternel ou âme du monde. Chez Proc lus le deuxieme terme est l'Eternité.

19 Hymni, lovi, I, I, vv. 50-54. 20 Ibidem, I, n i , w . 21-24.

(8)

de la mi s e en o r dre d u c h a o s au d éb ut des Métamorphoses d'Ovide. Ainsi nous lisons au s e c on d verset: "La te rre é t ai t d és e rt e et vi d e et il y avai t d es t én è br e s au d e ss u s de l'ab îm e et l' esprit de D ie u fl o tt a it sur les ea ux" . M a r u l l e n' y ajo ut e que l'i dée du ch aos

Nam, cum tota gravis torperet machina acervo Noxque Chaos densis circumdaret atra tenebris

22 Perque superiectas volitaret spiritus undas [... ]

Dans l'ensem ble, M ar u l l e r este p r o c he de la Genèse, en s u p pr i ma nt tou tes les r é pé t i t i o n s et re p ri s es qui r y th m en t le texte. Il n 'e m p r un t e à O v i d e q u e q ue l q u e s images, c el l es des v al l ée s qui se c re u s e n t et des mo n t a g n e s qui s ' é l è v en t v ers

2 3

le ciel . S'il a pr é f é r é la Genèse a Ovide, c 'e st que 1 idée de c r é a t i o n d i v i n e , c h è r e à Pl a t on et à P léthon , y éta it p lus accent ué e. O v id e at t ri b ue sans d o u t e la fin du cha os à un d i e u indéte rm iné , aidé de la N a t u r e m a i s il i n -siste surtout, en s ui va nt Aristote, sur le c a r a c t e r e d u m o u v e -me nt na t ur e l qui fait s 'é l e v e r le feu ver s le c i e l et l ' é

-lément te r re s tr e se d i r ig e r ve rs le bas.

Pour l'h omm e O v i de h é s i t a i t e n t re la c r é a t i o n pa r le d é -m i u r g e et la c r é a t i o n par P r o m é t hé e au m o y e n de t e r r e m ê l ée d eau. Ma r u l l e n 'h é s i t e pas, il r e pr e n d p a r t i e l l e m e n t / e n lui ota nt tout e p r é c i s i o n c or por ell e, ce v e r s e t de la Genèse: "Alo rs Dieu forma l'homme, p o u s s i è r e p r o v e n a n t du sol, il i n su ffl a dans ses na ri ne s une h a l e i n e de vie et l'ho mme d e v i n t â me v i v a n t e " 2 4 , il é c rit en effet:

Deque solo genus humanum producis inerti

25 Et mentem inspiras melioris originae formae [...]

Ce qui est e sse nt iel , c 'e st do nc de s o u l i g n e r le c o nt r a st e e nt re le c or ps t e rr e s t r e et l ' o r ig i ne c él e s t e de l'âme.

21

Genèse, I, v. 2. Dans 1'Heptaplus, Pic de la Mirandole interprète ainsi ce verset: 1 abîme est la capacité intellectuelle avant qu'elle soit éclairée par la lumière intelligible. L'esprit de Dieu, c'est l'amour donc l'esprit du seigneur sur l'abîme, c'est l'amour au dessus de l'intelligence angélique. Rien de semblable chez Marulle.

22

Hymni, Iovi, I, i, vv. 60-62 et 6 6-6 8. 23

Cf. Hymni, ibidem, vv. 76-77 et O v i d e , Met. I, 43-44 24

Genese, I, vil et M a r u l l e , Hymni, I, x, vv. 91-92. 25

(9)

*

* *

L' id ée m êm e de c r é a t io n est, pou r Ma rulle, co mm e pour Platon, d an s le Timée, l 'o c c a s i o n d ' a f f i r m er la su p ér i o r i t é de l 'ord re sur le dé sordr e. Cet ord re est la b e a ut e même, qui se c on f on d avec le Bien, d' o ù la c é l é b r a t i o n des d i eu x qui l'ont établi. Il est har monie: ce qu i u ni t est o p p os é à ce qui sépare. C' es t chez P l a t o n la t ran sp o si t io n, da ns l ' o r -dre c osmiq ue, de l 'ord re rév é d ans la ci té i dé ale où ch a cu n reste à sa place, sans v o ul o ir s' é le v er au d e s su s de sa c o n -dition. Chez Marulle, l' o rdr e c o sm i q u e est re nd u par l'i ma ge des liens "vi ncula" o u le v e rb e "nectere" ou e n c or e de la c ha ine "catena". C e tte ch a î n e qui, chez Homère, é v o q u a i t s e u -lement la p u i ss a nc e s up r êm e de J u p i t e r 26 d evient, ch ez les St o ïci en s et les n é o - p la t on i ci en s , l'im ag e de l 'e n c ha î n e m e n t c au sal ou de 1 u n i on des c o n t r a i r e s c o mm e l'e au et le feu. Ainsi le rôle de 1 Amour, qui in t ro d ui t les for mes da ns le Chaos, est de c ré er des e n c h aî n e m e n t s qui c o n t r a i g n e n t à la c on co rde les é l ém e n t s en lutte:

Quid, quod et novas Chaos in figuras Digeris primus docilemque rerum Mutuis nectis seriem catenis Pace rebelii?27

L Eternit é, pa r ce q u ' e l l e e n g e n d re le temps, m e s u r é par le m o u v em e n t des astres, d o n ne ses lois au po l e et, liant d 'u n lien d airain, les siè cle s qui s'enfu ien t, p r é s id e à l'un it é du pa ssé et du futur, d an s un p r és e n t éternel.

Perpetuoque adamante ligas fugientia saecla, Amfractus aevi varios venturaque lapsis

Intermixta legens praesenti inclusa fideli [...J2**

Dans le m o nd e céleste, P an et le So le il au ro nt la mê me fo nct io n qu e J up i te r et 1'Am ou r d ans le m o n d e intelligibl e.

Iliade, VIII, 18 et suiv. 27

Hymni, Amori, I, n i , w . 21-24. 28

(10)

T ou t en g a rd a n t sa figu re t r a d i t i o n n e l l e de d ie u de s troupeaux, Pan, p a r ce q u 'i l a po ur a t t r i b u t la flûte, c ré e un e h ar mo n ie en tre les él é me n ts dis c or d an t s, il ani me de son m o u v e m e n t leur m a s se inerte:

At ipse intertis nunc pigra machinae Fuicisque alisque et foedere mutuo Triplex et hinc triplex per artus

Fusus habes agitasque moiem, Nunc consonant! dissona semina Quiete firmas, nunc nitida infimis Diversa non una catena

29 Consolidas et aquarum et aurae [. .. I

Les trois de r n i e rs v ers é v o q u e nt la c ha î ne qui uni t l ' é -lément lum ine ux ou igné "n itida" à 1 élé me nt i n f é ri e ur la terre, elle est co n s t i t u é e par 1 eau et l'air. U n te xte du Timée no us en d o nne l 'e x pl ic ati on, il s ' agi t d une p r o p o r -tion m a t h é m a t i q u e qui unit les q u a tr e é lé m e n t s à la m a n i è r e d un a c c or d musical:

Ainsi donc, entre le feu et la terre, le Dieu plaça comme inter-médiaire l'eau et l'air, et, de leurs rapports mutuels, dans la me -sure du possible, il réalisa une proportion, ce que le feu est à 1 air, l'air 1 étant à l'eau et ce que 1 air est à 1 eau, 1 eau, l'étant à la terre; les unissant d'un tel lien, il constitua un ciel visible et tangible. Et c'est par ces procédés, et à partir de ces éléments, ainsi faits et au nombre de quatre, que le corps du mon-de fut engendré, mis d'accord par la proportion; 1 amitié lui est venue de ces conditions, si bien que, rendu à soi-même unanime, le

30 voilà indissoluble par tout autre que celui qui l"a uni"

Pan é ta nt le p r i n c i p e ab s t ra i t de cett e h a r m o n i e de l ' u n i -vers, le Ciel en es t la p r e m i è r e et la plus h a u te forme m a -t ér ie ll e di vin is ée, il e n v e l o p p e les a s tre s de s on ci r c u i t et il r ep r é s e n t e ain si la loi sa cré e de la n at u re qu i s o ume t les d i v i n i t é s c é le s te s à l ' ord re de 1 u n iv e rs en mê m e temps q u' il est à l 'o ri gi ne des âmes qui e n t r e t i e n n e n t la vie:

Ibidem, Pani, II, x, w . 61-68.

(11)

Qui Naturae sancta potentis Ipsos vocas sub iuga coelites; Qui totus teres undique et integer

31 Sua cunctis semina dividis

Ma is le Soleil, par sa p o s i t i o n m é d i a n e d a ns le ch oeu r des astres, est pl us e n c or e la so ur ce de la vie, ce qui est d ' a i ll e u rs c o nf o r m e à la t hès e d ' A r i s t o t e 3 2 :

t...] - Quid enim nisi vivida rerum

33 Vita satorque animarum aeternus Sol pater et fons?

Ma is il est aussi, c omme Pan, ce qui, p ar la d o u c e u r de sa mu s iq u e (le Sol e il se co n f o n d avec Apol lon) fait l' unité de

1 un i ver s co mme le d i e u suprême:

Interea médius magnum permensus Olympum, In coetum vocat atque imis annexa suprema Componit docilis blandi dulcedine plectri Diversasque uno partis tamen intertextu Unit ab unius genitoris imagine magni [...]3^

Il u n it ainsi n on s eu l em e nt le sec à l'humide, le cha ud au froid m ais le m o r te l à l' immortel. De lui v i en n en t en effet les germ es de tous les animaux, de lui au ssi "la fo rce c: l ' i nt e ll i ge n ce d i v i n e po ur les m o r t e l s m a l h e u r e u x " 3 5 .

Po ur les n éo -pl a to n ic i e ns , en effet, le Soleil, es t l'in te r mé d i ai r e entr e l ' i n t e ll i gi b le et le se n s ib l e pa r ce que, sel on P l at o n d ans la République, le So lei l é c la i re les choses v is ib le s co mm e le Bi en é c la i re les i n t e l l i g i b l e s 3 6 . L ' e m p e -reur Julien, d i sc i p l e et ami de Po rphyre, dan s son Discours sur le roi Soleil, le dé f i n i t co mm e l ' in t e r m é d i ai r e e nt re les cau~

31

Hymni, Coelo, II, n , vv. 10-13. 32

C est du moins 1 idée prêtée à Aristote par Pontano dans le De Re-bus CoelestiRe-bus: "Aristoteles [...] manare coelitus tradit generationis nostrae primordia". Dans De la Génération et de la Corruption (336, b) Aristote se contente de remarquer qu il y a génération quand le soleil s approche et destruction quand il s'éloigne.

33

Hymni, Soli, III, x, w . 98-99. Ibidem, w . 110-114.

3~* Ibidem, w . 110-121. 36

(12)

ses i n t el l e c t u e l l e s et les c h o s e s vis ibl es. Il unit les é l é -m e nt s séparés, c o -m -me le fai t 1 h a r mo n i e c hez E mp éd oc l e; il est e n m ê m e t emps le p r i n c i p e g é n é r a t e u r et c o n s e r v a t e u r de to ut es choses.

La c h a î ne qui u ni t les é l é m e n t s est a u ssi la sé r ie c a u s a -le, sa r i g ue ur est c e l l e d ' u n d é t e r m i n i s m e i m p l a c a b l e co mme c el ui de Pléthon . s ' a g i t - i l p ou r M ar ulle , c o m m e p o u r P o nt a n o d 'u n d é t e r m i n i s m e de n a t ur e a s t r o lo gi qu e, c' e st ce qu e d o n n e -rait à en t e n d r e l 'hy mne d es E t o i l es où la loi d u d e s t i n est p a r t i c u l i è r e m e n t aff irmée:

[...] sed trahit orania Vis saeva fati [... ]

N o t r e d es t i n é e e st c o n t e n u e d an s la s em e n c e de nos p ère s et r ien ne s a u ra i t nous en écart er:

Ipsoque patrum semine protinus Haurimvs aevi laeta dolenda, nec Discedit a prima supremus

37 Lege dies variatve discors

Le sol ei l c o mm e les a st r es en g é n é r a l i m p os e à c h a c u n son c a r a c t è r e et ses pa ss ion s, M a r u l l e se g a r de bi e n de laisser à l' ho mm e un libre a r b i t r e m o r a l c om m e le fera R ons ard . Pour lui, le d e s t i n imp os e au x u ns la c r u a u t é de la vi e m il it ai re , aux a u t re s le d é s ir i n s a t i a b l e de l'or:

Aut alacres raptare in bella virilia Martis Et studio immani fusi exercere cruoris, Aut caeci desideriis infamibus auri

Incoquere [.. . ] ^

De là, l ' i n u t i l i t é d es pr i è r e s c om m e des p la in te s, af-39

f irm ée d ' a i l l e u r s a u ssi par P o n t a n o :

Nam, cur inerti numina nenia Et nocte frustra obtundimus et die

37 Hymni, Stellis, II, n i , vv. 21-22 et 25-28.

•30

Ibidem, Soli, III, I, w . 152-155. 39

Cf. P o n t a n o , Urania, I: "Quid vexare deos frustra juvat? Ordine certo/Fert natura vices, labuntur et ordine certo/Sidera [...]"

(13)

Jovemque ridentem precesque Totque supervacuas q ue rel as? ^

T ou t e f o i s M a r u ll e ne co n d a m n e pas to u te pr ièr e; c h a qu e h y m -ne, c hez lui c om me chez Pléthon , se t e r mi ne par un e pr iè re qui d em a n de s eu l e me n t q u e nous soyo ns l ibéré s d es p a ss i o ns du corps et que soit as su r é le r eto ur de notre âme à la p a tr ie céleste:

Exutosque olim terrenae pondéra molis

Rursus in antequam patriam das posse reverti [...]*'

A Pallas, il sera d em a n d é de di s s ip e r de sa t orc h e les som-bres nu ées qui o b s c u r c i s s e n t n ot re in tell ig en ce , à B ac c hu s d ' a s s is t e r ce ux qui p r a t i q u e n t ses m yst ères. Les m y s t è r e s jou -aient en e f fe t un g r a nd rôle d ans la re l i g i o n grecque: les né o - pl a t o n i c i e n s y voyaien t, en m ê m e temps que le symbo le d 'u ne i n i ti a t io n ph il o so p h iq u e, un e n s em b l e de rites de p u r i -fication. De là, chez M aru lle, l 'o p po s i t i o n f r é qu en te de "profana" à "mystica". A l' Amour il sera d e m a n d é de nous e xe m pt er des so ucis pr ofanes:

[...] et caecos miseratus aegri Pectoris motus, agedum, profanis Exime cur is^.

La co h o r t e de s d i e u x céleste s, image de la sa g es se de Pal- las, r é ve i lle ra , g râc e à ses mys tè re s, nos e s p ri t s en d o rm i s dans les liens du corps:

Nunc mille inertes excitas mysteriis, Ignara livoris mali,

Caecoque mentes involutas carcere nota profani submoves [... ]

Le r eto ur a la p a tr i e c él e s te ai nsi o b t e nu im pl iq ue l'idé e que l'âme a été c r éé e de t out e é t er n i t é et que, s e lo n la

doc-40

Hymni, Stellis, II, rxx, vv. 17-20. 41

Ibidem, lovi, I, x, vv. 94-95. 42

Ibidem, Amori, I, rxx, vv. 42-44. 43

Ibidem, Coelitibus, I, iv, w . 29-32, cf. aussi Baccho, I, VI, W . 57-61.

(14)

trine p la t on ic ie nn e, ell e vit tan tôt sur la v oû te c é l e s t e , t a n -tôt au se in d* un corps. A u ss i q u a n d l'âme q u i t t e sa d e -me u re c é le s te b o i t -e l le 1 ea u du Styx et o u b l i e - t - e l l e ainsi la c o n n a i s s a n c e du vrai:

Ex quo coelicolae, natali sede relicta, Invalidos artus terrenaque membra subimus Corpoream iussi molem compage tueri.

Nam, simulac tenebris et inerti carcere clausi Mortiferum Stygiae somnum potavimus undae, Excidit offecto solidum de pectore verum [...]

Aussi, bi en q u e le c h r i s t i a n i s m e ait ad op té u ne g ran de pa rti e des idées n é o - p l a t o n ic i en n e s, c o n s i d é r é le co rp s com me la sou r ce des fa i bl e ss e s huma ines, asp ir é à un sa lut p u r i f i -cat eu r et se soit i nsp iré des tri ad es n é o - p l a t o n i c i e n n e s pour d éf i nir la trinité, nu lle par t n a pp a r aî t ch ez M a r u l le un d és ir d a pp o rt e r aux a f f i r m a t i o n s n é o - p l a t o n i c i e n n e s q ue l q ue c o r r e c t i on c on f o r m e à la t h é o l o gi e c hr éti en ne . S ans d o ut e le p o l y t h é i s m e peut-il, no n sans q ue l q ue co mp la i s an c e, ê tre i n -t e rp r é -té co mme une ma n i è r e p oé -t i q u e d ' é v o q ue r les a t tr i bu t s d' u n d ie u unique, le J up i t er suprême. B ea tu s Rhe na nu s, en p r éf a ç an t l 'é di ti on des Carmina de M a r u l l e de 1508 et plus p a r t i c u l i è r e m e n t les Hymni Naturales, r e gr e tt e d a b or d l ' a p p a -re nce p aï e nn e de ces hymnes, c o n s t a t e que M a r u l l e s embl e r e -fu ser l' i nt e r v e n t i o n d i r e c t e de la p ro v i d e n c e da ns les actes individ uels. Il a ur ai t m i e u x fait de c o n s a c re r son tal en t à c é lé b r er la vie du Christ. Ceci étant, il c o n s e i l l e au l e c -teur de ne v oir en J up i t e r q ue l ' a p p e l l at i o n d e Di eu lui--même et dan s les autr es d i e u x que les o r ga ne s et les

instru-/ 4 5 m en ts de la d iv i n it é

*

* *

R o n s a r d s em bl e ad o pt er le m ê m e p oi nt de vue; l or s q u' i l é v o -que les d i e u x a n ti q ue s d an s l 'Hymne de la Justice:

^ Ibidem, Iovi, I, I, w . 26-31.

G f . Marulli Carmina, ed. Wechel, 1529, f° 50 v°: "Tu vero enim cum hos Hymnos legeris, per Jovem opt. max. qui primo celebrant, Deum ipsum intellige: reliquam autem deorum cohortem dei organa et instrumenta, ipsam enim Naturam quae de superintelligibili proxima subest, cape".

(15)

Et bref, des loix de DIEU toute la terre est pleine. Car Jupiter, Pallas, Apollon, sont les noms

Que le seul DIEU reçoit en meintes nations

Pour ses divers effectz que l'on ne peut comprendre 46

Si par mille surnoms on ne les fait entendre

Mais, da ns le r ec u eil des Hymnes de 1555-1556, R on s a r d s'est g a rd é d ' i m i t e r les h ymn e s de M a r u l l e c o n s a c r é s s p é c i a -lement à un di e u antique. L ' E t e r n i t é p o u v a i t pa s ser po ur une a bs t r a c t i o n ph i lo s op hi que , un a tt r i bu t divin, b i e n q ue la ba sse an t iq ui té l'ait d i v i n i s é e et que R o n s a r d l' a pp el le i n c i d e m -me nt "la p r e mi è r e de s D i e u x " 4 7 . P r éc é de mm en t, p o ur t a n t il av ait c on s a c r é un h y m ne à B a c ch u s et, p eu ava nt sa mort, il c o m p o se r a un h y mne à Mercure . L'Hymne de Bacchus, d on t t ou te la sec onde p a rt ie c o n s t i tu e une p a r a p h r a s e de Mar ulle, est en q u el q u e sorte excu sé par u ne é v o c a t i o n p i t t o r e s q u e de s b a c c h a -nales et la v a leu r s y m b o l iq u e de l ' i vr e s se po étiq ue; il peut se r a tt a che r à la lib er té de la p o é s i e b a c h i q u e avec les d er n i er s ve rs a dr e ssé s à Brinon:

[ ... ] je te salue encor

En faveur de Brinon, qui d une tace d or Pleine de malvoisie, en sa maison t'apelle

48 Avec ton vieil Silene et ta mere Semele

L'Hymne de Mercure est d ' a b o r d un e d e s c r i p t i o n d u di eu que sca nd e l ' a na ph or e "je d i r a y . .. Je d i r a y " . La p r iè r e qui le te r mi ne es t une sorte de v o e u et de p l a i n t e à la fois, p u is qu e R o n s a r d p ri e ce d i e u de lui ac c or de r le s o mm ei l et la sa nté q u ' i l a perdus. Pe u de vers sont d i r e c t e m e n t e m p r u n -tés à M a r u l l e sauf le p ou v o i r a tt r ib u é à M e r c u r e de d o nn e r ou de refu se r le s o m m e i l 4 9 , ou e nc or e c eu x q ui év o q u e n t la c o n -s tr u c ti o n par A mp h i o n d e-s m ur -s de T h èb e-s pa r la fl ute

46 Hymne de la Justice, vv. 472-476 (t. 8, p. 69). Cf. aussi Abbregé de 1 'Art Poétique François, t. 14, p. 6: "car les Muses, Apollon, Mercure, Pallas et autres telles deitez ne nous représentent autre chose que les puissances de Dieu, auquel les premiers hommes avoyent donne plusieurs noms".

^ Hymne de 1'Eternité, v. 23 (t. 8, p. 247). ^ L'Hinne de Bacus, v v . 283-288 (t. 6, p. 190).

^ Hynne de Mercure, w . 111-114 (t. 18, p. 270) et M a r u l l e , Mercurio, Hymni, II, v x n , w . 61-66.

(16)

Som me toute Ronsard, t out en se c o m p l a is a n t aux d e s c r i p -tions et aux ré ci ts m yt hi qu e s, évite, auta nt q ue po ssible, de tomber sous l ' a c c u s at i o n de p a g a ni sm e que p o u r t a n t les p r o -te sta n ts ne lui é p a r g n er o n t pas. De même, q u a n d il r e pre nd par de ux fois, da ns 1'Hymne des Astres et d ans Les Etoiles, les v ers de Ma r u l l e sur le des tin, il a bi en soin de pr és e rv er le libre arbitre:

Les Estoilles adonc seul les se firent dames

Sur tous les corps humains, et non dessus les ames [. ..]^

Tou tef ois , p ui s qu e les astr es en a g is san t sur nos co rp s et nos h u me urs d é t e r m in e n t auss i nos v oc a t i o n s et nous font théolo gie ns , poè te s ou gu err ie rs, la m a r g e de n o tr e l iber té est bie n mince. M a ru l l e a v ait été p lus c o n s é q u e n t en a f f i r -mant que la vo c at i o n g ue r r i è r e ét ai t liée à la c r u au t é et la vo c at i o n m a r c h a n de à la soif de l ' o r 5 2 . D an s Les Estoilles de 1574 le f a ta lis me de R o n s a rd est p lus a cc e nt u é pu i s q u e seuls sont a ff r a nc hi s de 1 i n f le x ib le n é c e s s i t é le sage et l'homme saint qui c r ai nt Dieu. C om me M ar u l l e il é v o q u e l 'inu-tilité de la prière, de la pri èr e aux étoiles, no n pas de la p ri ère à Dieu ce qui sau ve le c h ri st ian is me:

En vain 1 homme de sa priere Vous tourmente soir et matin Il est trainé par son destin,

Comme est un flot de sa riviere [...J5^

D ai lleurs, pu i s q ue M a r u l l e ad met c er t ai n e s pr i è r e s g é n é -rales, il n y a pas f i n a l e m e n t de d i f f é r e n c es f o nd am e n t a l es sur ce p oint entr e les de u x poètes. On c on na î t a us si le c é -lèbre es sai Des Prières qui e x po se un p o int de vue an a l og u e et qui s us ci ta q u el qu e s r é se rv e s de la par t du Sai nt Si èg e l o r s -que M o n t ai g n e lui soumi t son livre. Le d e s t i n re st e pour R o n -sard, c o m me pou r Marulle , en r e la t i o n é tr o it e a vec l'or dre du m o n d e et l ' o r g a n i s a t i o n des q u a t r e é lé m en t s c o mm e en t é -m o i g ne 1 'Hymne du Ciel:

Hymne des Astres, vv. 97-98 (t. 8, d. 154) 52

Hymni Soli, III, i, vv. 152 et suiv. 53

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Tu metz les Dieux au joug d A n a n g é la tatalle, Tu dépars a chacun sa semence natalle,

La Nature en ton sein ses ouvrages respend,

Tu es premier cheinon de la cheine qui pend [...J5/|

L' E t e r n i t é s' a cc o m p a g n e e ll e a u ss i .d e la p u i s sa n ce é t e r -nelle. A r mé e de p ie d en cap, el le r ep o us s e le D i s c o r d qui r a -m èn e r a i t les é l ém e nt s à la c o n f u s i o n du chaos. Ro n s a r d p r é ci s e

ici 1 idée de M a r u l l e qui nou s p ré s e n t a i t s eu l em e n t la v er tu da ns son sens m i l i t a i r e et r o m ai n r e p o u s sa n t les m e n a c e s h o s -tiles . P lus fo r te m e nt q ue Ma rul le , R o n s ar d c on ç oi t l ' u n i -vers a l'im ag e d un o rd re so cial q u' i l faut à tout p rix préserver.

A - t -i l été sensibl e, c om me Marulle, à la c o n c e p t i o n p l a t o -n ic ie -n-n e de 1 âme p r é e x i s t an t à la na i s s a n c e du corp s? La pr ièr e qui clot l'Hymne du ciel est ambiguë. Ev o qu a nt le sort de 1 ame de son ami M o re l et de la sie nne après la mort, il écr it :

CIEL, grand Palais de DIEU, exauce ma prière: Quand la Mort deslîra mon ame prisonniere, Et celle de MOREL, hors de ce corps humain, Daigne les recevoir, bening, dedans ton sein Après mille travaux, et vueille de ta grace Chez toy les reloger en leur premiere place5C>.

P eu t - ê t r e R o n s a rd se c o n t e n t e - t - i l de t r a n s p os e r avec une fid él ité r e la ti ve de b e a ux v ers de Marulle:

[...] - et, si haud indigna precamur Coelestique olim sancta de stirpe creati,

Adsis, o, proprior, cognatoque adiice coelo5 7 .

Si qu e l q u e f o is R o n s a r d se mb le se lai sser e m po r te r par l ' e x -p r es s io n de Marulle, il a soi n en d autre s o c c as i o n s d a f

-54

Hymne du Ciel, w . 101-104 (t. 8, p. 148) et M a r u l l e , Coe- 1°, II, u : "Ipsos vocas sub Iuga coelites [...]" (v. il), "Sua cunctis semina dividis" (v. 13), "Tu perpétua cuncta catena Prima sollers nectis ab aethra [... ] (vv. 16-17). Hymne de 1'Eternité, vv. 53-64 (t. 8, p. 249) et M a r u l l e Aeternitati, 1, v, vv. 7-12. * 56 Hymne du Ciel, w . 117-123 (t. 8, p. 149). Aeternitati, I, v, w . 34-36.

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fir me r d ' i m p o r t a n t s d o g m e s c h ré t ie n s, c o m me c e lu i d u pé ch é o r i g i n e l qui, d 'a i l l eu r s, s ' a s s o c i e fort b i e n à l 'i dé e p l a t o -n i c i e -n -ne d u c o rp s o b s t a c l e к la l u m i è re de la v é r i t é q u e

Ma-58 ru ll e é v o q u a i t d a ns l'Hymne à Jupiter; .

Et d une masse brute inutilement faicts, Aveuglez et perclus de la saincte lumiere,

Que le peche perdit en nostre premier pere [...]

M ai s il rest e que R o n s a r d e st p o é t i q u e m e n t a t t a c h é à la c é l é b r a t i o n d es g r a n d ê s for c es n a t u r e l l e s q ue M ar ul le, à la suite de s p h i l o s o p h e s anti qu es, i d en t i f i e à des dieux. D ans la Remonstrance au peuple de France il m a n i f e s t e un p e n c h a n t p our le c ul te s o l ai r e et c o m p o s e en q u a t o r z e ver s u n e so rt e d ' h y m n e au so le il qu i ne s 'i n s p ir e g u è r e de c e l u i de M ar ull e. O n y r e n -c on t r e t o u t ef o i s une idée c o m m u n e et par a i l l eu r s très r é p a n -due, c e ll e du so le i l p r é s i d a n t à la s u c c e s s i o n d e s sa is o ns par son p a s s a g e à t ra ve r s les si gn e s d u zodiaque:

Je dy ce grand Soleil qui nous fait les saisons Selon qu il entre ou sort de ses douze maisons (...)

P ou r M arul le, la d o m i n a t i o n du s o l e il sur les s a i s o n s est liée к c e ll e des ast res sur nos des ti né e s:

Ille vices variatque annorum et gentibus aegris Tempora metitur simul idem atque explicat idem Patorum seriem et non exorabile pensum,

Lucida perlapsus coeii duodena pers astra [...]

P ou r la c o n c e p t i o n g é n é r a l e d e 1 hymne, R o n s a r d e st b e a u -c oup p l u s é -c l e -c t i q u e qu e M a ru lle . Il m ê l e a ux h y m n e s c o s m i -ques d es h y mn e s e n c o m i a s t i q u e s ou des hy m ne s é p i c o - m y t h o l o g i - ques. E n f a i sa n t u n e p lu s g r a n d e p l a ce au r é ci t m y t h o l o g i q u e , par e x e m p l e da n s l ' h y mn e d es astr es, il r e ste b e a u c o u p p lu s p r o ch e de s h y m n es h o m é r i q u e s ou al e xa n dr i ns . Il r e c o u r t a ussi a la p o é s i e d e s c r i p t i v e et d i d a c t i q u e l o r s q u ' i l n o u s p ei n t les

M a r u 1 1 e, Iovis, I, w . 25-31.

^ Hymne de 1 'Eternité, w . 120-122 (t. 8, p. 253).

^ Remonstrance au Peuple de France, w . 69-70 (t. 11, p. 6 6). ^ M a r u 1 1 e, Hymni, Soli, III, i, w . 137-140.

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m o u v em e n t s des cieux. M a r u l l e s ' en a b st i e n t et a d o p t e le plus s ou ve nt la fo rme et les m è t r e s lyriques. R o n s a r d u se de

I a l e x a n d r i n p r o p r e à la p o és i e d i d a c t i q u e ou épique. Che z M a -rulle, la m y t h o l o g i e est so u v en t a l l u s i o n ou t ra i ts r ap id es é v o qu an t les p a r en ts d' u n dieu, les l i eux où il e st honoré, p a r fo is son é d u c a t i o n qui a une va l eu r d ex emple. L e lyr ism e de M a r u l l e est de c a r a c t è r e re lig ieu x, ses h y m n es sont p our l 'e ss e nt ie l c é l é b r a t i o n ou pr ière. Son r e s pe c t d es d i e u x e x -clut to ut c a r a c t èr e imm o ra l qu e leur a t t r i b u e f r é q u e m m e n t la m y t h o l o g i e c las siq ue. A ins i lor squ il é n u m è r e les d i v e rs e s a ct i vi t és de Mercur e, il se g a rd e b ie n de rappeler, co mm e R o n -sard, q u 'il est a ussi le d i e u de s v o le u rs et des c har lat ans. II pa ss e sous sil e nc e l' é p i so d e du vol des bo e uf s d ' A p o l l o n que R o n s a r d e m pr u n t e à l'h y mn e h o m é r i q u e qui lui est c o n -sacré. Chez R o n s a r d la m y t h o l o g i e re st e un jeu p oé ti que , a s s o -cié p o u rt a n t à l ' e xa l t a t i o n de la vie, à l 'a d m i r a t i o n pour les g r an d es fo rces de la n a t u re qui c a r a c t é r i s e n t l' hymn e de M a r u l l e .

Le n éo - p l a t o n i s m e p a ï e n du p o èt e gr ec s ' e x p r i me d ' a i l l e u r s dans un l anga ge p o é t i q u e f o r t e me n t i n s p ir é par Lucrèce , C a -tulle, O v i de et Vi rgi le, ce q ui ne po u v a i t m a n q u e r de s éd ui re Ronsard. M a r u l l e ne se sé p a r a i t jamais, m ê m e au c o ur s de ses ca mpagnes , d 'u n e x e m p l a i r e de L u c r è c e q u ' i l r e l is ai t cha qu e soir. R i e n p ou r t a n t ne semble, à nos y e u x , plu s é l o i g n é d u n e r e l ig i o n n é o - p l a t o n i c i e n n e que le m a t é r i a l i s m e épi cur ien . La po és ie de la R e n a i s s a n c e o pè re ai ns i d ' é t r a n g e s s y nt h è s e s i- d é o l o g i q u es et l ' A c ad ém i e R om a i n e de P o m p o n i o Leto, d ans l a -qu el le Ma r u l l e c o mp t a i t de s amis, re p r é s e nt e a ss ez b ie n la c o -existe nce , au sei n d ' u n m ê m e g ro u pe de c o u r a n t s n é o - p la t o n i - cien s et épicur ien s. R o n s a r d lui-même, sous un v ê t e m e n t c h r é -tien ne re p r é s e n t e - t - i l pas, dan s des pr o p o r t i o n s di v ers es, une sy nt hè s e a n al ogu e?

Université de Montpellier France

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NEOPLATONIZM POGAŃSKI I NEOPLATONIZM CHRZEŚCIJAŃSKI - PLETHON, MARULLUS, RONSARD

Autor artykułu omawia dwie postacie neoplatonizmu renesansowego: neo- platonizm chrześcijański i neoplatonizm pogański.

Twórcą tego drugiego był Gemistos Plethon, który w swym dziele Traité des Lois przedstawił swoją filozofią oraz zasady religdi politeistycznej, opartej na wskrzeszeniu kultu bogów antycznych. Drugim jego dziełem było De differenciae Platonis et Aristotelis philosophiae, w którym udowadnia wyższość platonizmu nad arystotelizmem. Aczkolwiek, ze względu na odby-wający się w tym czasie sobói we Florencji, Plethon uzasadnia tę wyższość, dowodząc, że platonizm jest bliższy chrześcijaństwu, to jednak doktryna jego w wielu punktach odbiega od doktryny chrześcijańskiej (determinizm, problem nieśmiertelności duszy).

Poetyckim wyrazem neoplatonizmu pogańskiego są Hymni Naturales Marul- lusa, w których poeta opiewa siły natury utożsamiane z bogami antycznymi. Opiewając poszczególne bóstwa, Marullus zachowuje hierarchiczny porządek neoplatoński, co wyrażone jest w kompozycji dzieła: pierwsza księga po-święcona jest bogom "nadkosmicznym", druga i trzecia - bogom zamieszkują-cym gwiazdy, zaś IV - bogom, którzy symbolizują cztery podstawowe elementy (ogień, powietrze, wodę, ziemię).

W opisie stworzenia świata Marullus bliższy jest Księdze Stworzenia niż Przemianom Owidiusza, ale jednocześnie wykorzystuje ten opis, aby zgodnie z poglądami Platona podkreślić wyższość porządku nad chaosem.

Zgodnie z neoplatonizmem przedstawiony jest w Hymni Naturales pro-blem determinizmu, którego natura jest astrologiczna: gwiazdy i słońce określają charakter i uczuciowość każdego człowieka, co z kolei wpływa na jego drogę życiową. Stąd jedyną użyteczną modlitwą jest prośba o wy -zwolenie duszy z okowów ciała i o przyjęcie jej na powrót do niebieskiej ojczyzny.

Motyw powrotu duszy do ojczyzny wskazuje na jeszcze jeden motyw neo-platoński Hymnów - myśl, że dusza jest nie tylko nieśmiertelna, ale i wieczna, że istniała przed wiekami. Związki Hymnów Marullusa z neoplato-nizmem są więc wyraźne.

W swoich Hymnach Ronsard inspiruje się dziełem Marullusa opiewając siły natury, ale w przeciwieństwie do poety włoskiego nie traktuje ich jako bóstw. Hymny Ronsardd mają charakter raczej epicki lub dydaktyczny (na co wskazuje aleksandryn), podczas gdy Hymni Naturales są liryką

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re-ligijną. Wynika to zapewne z różnicy inspiracji. Ronsard jest bardziej eklektyczny, jego inspiracja jest bardziej różnorodna: hymny homeryckie, mitologia i inne. Marullus inspirował się głównie Hymnami Proclusa.

Najważniejsze jest to, że Ronsard świadomie starał się nadać swoim utworom charakter chrześcijański. Dlatego w Hymne de la justice zastrzega, że Jupiter, Pallas i Apollon są różnymi imionami, nadawanymi przez po-szczególne narody temu samemu, jednemu Bogu. Dlatego również, uznając za Maruilusem wpływ gwiazd na los ludzki, podkreśla jednalc wolność moralną człowieka. A wreszcie uważa za daremne modlitwy skierowane do gwiazd (tak jak Marullus4), ale podkreśla, że należy modlić sią do chrześcijańskiego Boga. Porusza też problem grzechu pierworodnego zgodnie z doktryną chrze-ścijańską. Jedynie sposób, w jaki traktuje zagadnienie nieśmiertelności duszy, pozostawia wątpliwości, czy Ronsard przychyla sią do poglądów chrześcijańskich czy neoplatońskich.

Jednakże najistotniejszą analogią między Hymnami Ronsarda a Hymni Na-turales Marullusa jest to, że jedne i drugie przedstawiają sobą tak cha-rakterystyczną dla Renesansu syntezą dwóch systemów filozoficznych: neo- platonizmu i lukrecjanizmu (Marullus) oraz neoplatonizmu i chrześcijaństwa (Ronsard).

Cytaty

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