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Sur l'Olympe : légende

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1 H ENRI S IE N K IE WICZ

S U R L’ O L Y M P E

L É G E N D E

Traduite du polonais p a r Z . E . T .

N I C E

I M P R I M E R I E A L F R E D R Q S S E T T I

Boulevard Dubouchage, 4?

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H E N R I S I E N K l E W I C Z

S U R L’ O L Y M P E

L É G E N D E

Traduite du polonais p a r Z . E . T.

N I C E

I M P R I M E R I E A L F R E D R O S S E T T I

Boulevard Dubouchage, 43

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c o ' 1

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H E N R I S I E N K l E W I C Z

SUR L’ OLYMPE

L É G E N D E

Traduite du polonais par Z . E . T.

C ’es t u n e n u i t d e p r i n t e m p s , n u i t s i l e nc i eu se , a r g e n t é e , e m b a u m é e d e j a s m i n s , h u m i d e de rosée.

L a l u n e p l e i n e p a r c o u r t s a voie a u - d e s s u s d e l’O l y m p e , et v e r s e s u r la c i m e n e i g e u s e u n e c l a r t é m a t e , pâle, b l a f a r d e . A u pied d u m o n t q u i d o m i n e la val lée de « T e m p é », s ’é t e n d e n t d e s f o u r r é s de l e n t i s q u e s , d ’o ù p a r t e n t des c h a n t s d e r o s s i g n o l — p l a i n t e s l a n g o u r e u s e s , t e n d r e s a p p e l s , a c c e n t s s o u - pirés à p e i n e o u r e t e n t i s s a n t s d ’al légr esse — q u i c o u ­ l e n t ai nsi q u e les s o n s d ’u n e flûte o u d ’u n c h a l u ­ m e a u , s ’é p a n d e n t d a n s les t é n è b r e s , p e r l e n t en g o u t t e s de p l u i e , r u i s s e l l e n t c o m m e les e a u x d ’u n t o r r e n t . P a r f o i s ils s ’a r r ê t e n t ; a l or s le silence d e v i e n t si p r o f o n d , q u e l ’o n c r o i r a i t o u ï r , s u r les h a u t e u r s , la n e i g e f o n d r e a u x t i èdes souf f les d u m o i s d e m a i .

N u i t m a g i q u e , a m b r o i s i e n n e , p r i n t a n i è r e .

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¥ ¥

P a r u n e n u i t pareille, a p p a r u r e n t Pi er re et P a u l et s ’a s s i r e n t s u r u n e é l é v at i o n d u sol, p o u r ci ter d e v a n t l e u r t r i b u n a l les d iv in it é s d u m o n d e a n c i e n . Les n i m b e s e n t o u r a n t l e u rs têtes, p r o j e t a i e n t d e l u m i ­ n e u x reflets s u r les c h e v e u x b l a n c s , les s o u r c i l s f r o n c é s et les sévères r e g a r d s des A p ô t r e s . P l u s b a s , d a n s l’o m b r e é pa i s s e d es h ê t r e s , se t e n a i t la f ou le d es d i e u x a b a n d o n n é s , o u b l i é s , cr ai nt i f s et a t t e n d a n t l ’a r r êt de l e u r a n é a n t i s s e m e n t .

¥ ¥

P i e r r e fit d e la m a i n u n signe. A cet a p p e l , Z e v s 7 le d i e u a m o n c e l a n t les n u a g e s , s o r t it d u g r o u p e et s ’a v a n ç a vers les A p ô tr e s . E n c o r e p u i s s a n t et f o r m i ­ d a b l e , o n l’a u r a i t d i t taillé p a r P h i d i a s d a n s le m a r ­ bre, bi e n q u ’il f u t d e v e n u d é c r é p i t et t a c i t u r n e . U n vieil aigle à l’aile c as s ée, se t r a î n a i t s u r les p a s d e s o n m a î t r e , t a n d i s q u e livide et t a c h é e de r o u i l l e , la f o u d r e s ’é c h a p p a i t d u p o i n g roidi de l’a n t i q u e père d es d i e u x et d e s h o m m e s .

Dès q u ’il se p r é s e n t a d e v a n t les A p ô t r e s , le s e n t i ­ m e n t de sa s éc u la i r e t o u t e - p u i s s a n c e g o n f l a sa p o i ­

_

4

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t r i n e de g é a n t , et l e v a n t la t ê t e avec fierté, il fixa s u r le v i e u x p ê c h e u r g a l il é e n u n r e g a r d c h a r g é d ’o r g u e i l , d e c o u r r o u x et de m e n a c e s t err i bles.

H a b i t u é à c r a i n d r e s o n S e i g n e u r , l’O l y m p e t r e s ­ saillit j u s q u e d a n s ses f o n d e m e n t s ; les h ê t r e s s ’a g i ­ t è r e n t effarés ; les c h a n t s des r o s s i g n o l s e x p i r è r e n t , et la l u n e , v o g u a n t p a r - d e s s u s les n ei ge s, d e v i n t pâle c o m m e la toile d ’A r a c h n é . L ’aigle a u b e c c r o c h u é m i t u n d e r n i e r c r o a s s e m e n t , et l’éclair, r avivé p a r u n reste de force p r i m i t i v e , s e r p e n t a , irrité, a u x p i e d s d u d ie u, et d r e s s a en sifflant sa tête t r i a n g u l a i r e , tel q u ’u n v e n i m e u x repti le p r ê t à p l o n g e r s o n d a r d .

M a i s P i e r r e é c r a s a d u t a l o n et e n f o n ç a d a n s le s o l les z i g - z a gs de feu ; p u i s , se t o u r n a n t vers le d i e u d u t o n n e r r e , il lui d i t : « T u es m a u d i t et c o n d a m n é

p o u r t o u j o u r s ». A ces m o t s , Zevs b l ê m i t , a u p o i n t d e n ’a v o i r p l u s q u e l ' a p p a r e n c e d ’u n f a n t ô m e , et m u r m u r a n t de ses lèvres n o i r c i e s la p a r o l e : « A n a n - k é », il d i s p a r u t , e n g l o u t i p a r la terre.

*

¥ Y

A p r è s lui, d e v a n t les A p ô t r e s , v i n t se p l a c e r P o s é i ­ d o n , le visage e n c a d r é d e b o u c l e s n o i r e s , les y e u x irisés de l u e u r s g l a u q u e s , la m a i n a r m é e d u t r i d e n t é b r é c h é . — P i e r r e l’a p o s t r o p h a e n ces t e r m e s : « T u ne s o u l è v e r a s ni n ’a p a i s e r a s p l u s les flots ; ce n ’est

5

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6

p o i n t toi q u i g u i d e r a s vers u n p o r t s û r , l e s nefs e r r a n t e s s u r l’i m m e n s i t é d e s o n d e s ; d é s o r m a i s ce s e r a « l’E t o i l e des m e r s ».

E n e n t e n d a n t ces p a r o l e s , le d i e u , f r a p p é a u c œ u r , g é m i t d o u l o u r e u s e m e n t , et s ’é v a n o u i t d a n s u n e f u y a n t e n u é e .

Vi en t le t o u r d u p o r t e u r de l’a r c a r g e n t é et de la

lyre d ’or. S e m b l a b l e s à n e u f c o l o n n e s b l a n c h e s , les

M u s e s le s u i v i r e n t d e v a n t les h o m m e s s a i n t s . A la

v u e des j u g e s , elles s ’a r r ê t è r e n t i n t e r d i t e s , pétrifiées,

s a n s souffle a u x lèvres, s a n s e s p o i r a u c œ u r . Mais

le d i e u r a y o n n a n t , d ’u n e v oi x e x q u i s e m e n t m é l o ­

d i e u s e d i t à P a u l : « Ne m e t u e p as , S e i g n e u r , m a i s

s e c o u r s - m o i ; s i n o n , il te f a u d r a i t m e r a p p e l e r à j a

vie. Je s u i s la f leur de l’â m e h u m a i n e , sa joie, sa

l u m i è r e et s o n a s p i r a t i o n vers ce q u i est d i vi n. T u

sais q u e les h y m n e s t e r r e s t r e s n e m o n t e r a i e n t p o i n t

a u ciel, si tu l e u r c o u p a i s les ailes. Je v o u s en c o n ­

j u re , h o m m e s s a i n t s , ne t u e z p o i n t les h y m n e s î » —

Il y e u t u n m o m e n t de silence. P i e r r e leva les y e u x

vers les ét oiles ; P a u l p o s a les d e u x m a i n s s u r la p o i ­

g n é e de s o n glaive, y a p p u y a le f r o n t et r e s t a p l o n g é

d a n s u n e l o n g u e m é d i t a t i o n . E n f i n , s o r t a n t de s o n

r e c u e i l l e m e n t , il t r a ç a d ’u n g es te c a l m e le s i gn e d e la

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c r o i x a u - d e s s u s de la tête é b l o u i s s a n t e d u d i e u , et d i t : « C h a n t s , vivez! »

A p p o l l o n s ’as si t a u x p i e d s de l’A p ô t r e et fit r é s o n ­ n e r sa lyre. L a n u i t s’écl aira d o u c e m e n t ; les j a s m i n s e u r e n t des p a r f u m s p l u s p é n é t r a n t s , les s o u r c e s d e s m u r m u r e s p l u s s o n o r e s , et s e m b l a b l e s à u n e t r o u p e de c y g n e s b l a n c s , les M u s e s u n i r e n t en c h œ u r l e u r s v o i x t r e m b l a n t e s e n c o r e d ’é m o t i o n , p o u r e n t o n n e r d e s u a v e s p a r ol e s , i n c o n n u e s j u s q u ’ici a u x é c h o s d e l’O l y m p e .

Sous votre garde, ô Mère du Sauveur, Prenez-nous tous ! Daignez avec faveur Aux jours d ’épreuve accueillir nos prières.

De maints périls, de nos ma ux et misères Délivrez-nous, sainte reine des cieux,

Glorifiée et bénie en tous lieux.

Ai n s i c h a n t è r e n t elles, à d e m i é t e n d u e s , e n cercle, s u r la b r u y è r e , et t o u r n a n t d e p i e u x r e g a r d s vers le ciel.

D ’a u t r e s d i v in i t é s d éf i l èr ent u n e à u n e , t a n d i s q u e le

co r tè g e d e B a c c h u s , f o r m é d e s a u v a g e s et f r é n é t i q u e s

a d e p t e s , a u x têtes c o u r o n n é e s de lierre o u de v i g n e ,

a u x m a i n s p o r t a n t d e s t h y r s e s o u des c y t h a r e s , t r a ­

v e r s a i t les airs d ’u n vol r a p i d e , en p o u s s a n t d e s cris

d e r ag e et d e d é s e s p o i r , a v a n t de se p r é c i p i t e r d a n s

u n g o u f f r e s a n s f o n d .

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*

¥ *

S o u d a i n , u n e d i v i n i t é n o u v e l l e s u r g i t d u sol a u x y e u x d e s a p ô t r e s , Al t i èr e, i n t r é p i d e , s e n s i b l e à l’a f f r o n t , elle n ’a t t e n d i t ni i n t e r r o g a t o i r e , ni s e n ­ t e nc e , m a i s , u n a m e r s o u r i r e a u x lèvres, s ’é n o n ç a d a n s ces t e r m e s : « J e s ui s P a l l a s A t h é n é . E t r e p u r e m e n t idéal, je n e v o u s d e m a n d e p a s d ' é p a r g n e r m a vie. U l y s s e m û r i p a r l’âge, T é l é m a q u e a d o l e s c e n t , m ’o n t t o u s d e u x vénér ée, d oci les à m e s c o n s e i l s . Je n e c r a i n t p o i n t q u e v o u s m e priviez de l’i m m o r ­ talité ; c a r je n e f us , ne s u i s et ne serai j a m a i s q u ’u n e o m b r e i n s a i s i s s a b l e ».

E n f i n , ce f u t le t o u r de la p l u s belle et la p l u s a d u l é e d e s d i v i n i t é s . Elle s ’a p p r o c h a d o u c e , s é d u i ­ s a n t e , b a i g n é e d e l a r m e s , S o u s la b l a n c h e u r d u s ei n p a l p i t a i t , tel q u ’u n o i s e a u ca p t i f, s o n c œ u r a n g o i s s é ; ses l è vre s t r e m b l a i e n t c o m m e celles d ’u n e n f a n t q u i r e d o u t e u n e d u r e p u n i t i o n . P r o s t e r n é e a u x g e n o u x d e s A p ô t r e s , et l e u r t e n d a n t ses b r a s d i v i n s , elle les i m p l o r a i t d ’u n e v o i x h u m b l e et c r a i n t i v e : « Je s ui s u n e p é c h e r e s s e , et m e s e n s c o u p a b l e ; m a i s , ô S e i g n e u r , je s u i s le b o n h e u r d e s h u m a i n s . P a r pitié, faite g r â c e à celle q u i es t l e u r u n i q u e b o n h e u r I »

L ’é m o t i o n et les s a n g l o t s l’e m p ê c h è r e n t d ’en dir e

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d a v a n t a g e . P i er re , c e p e n d a n t , la r e g a r d a avec c o m ­ p a s s i o n , et p o s a sa m a i n d e p a t r i a r c h e s u r les Ilots d o r é s des c h e v e u x d e la déesse. P a u l lui p a r l a , et l' e f f leur ant d ’u n lys q u ’il c u ei ll i t d a n s u n e t o u f f e d e ces fleurs, « S o i s d é s o r m a i s », di t -i l , p u r e c o m m e ce lys, et, b o n h e u r d es h u m a i n s , vis t o u j o u r s I »

L ’a u b e p a r u t . D ’u n e te i n t e r o s e se c o l o r a l’h o r i z o n . Les r o s s i g n o l s se t u r e n t : m a i s les c h a r d o n n e r e t s , les f au v et t es , les f ri ngi ll es , les p i n s o n s , s o r t a n t d e d e s ­ s o u s l’aile l e u rs petites têtes e n s o m m e i l l é e s , et se­

c o u a n t les g o u t t e l e t t e s d e ro s ée q u i b r i l l a i e n t s u r l e u rs p l u m e s , se m i r e n t , de t o u s cô t é s , à s a l u e r l’a u ­ r o r e d e l e u r p l u s j o y e u x g azoui ll i s.

L a te r r e se réveillait s o u r i a n t e , r a d i e u s e ; le C h a n t et la B e a u t é lui r es ta i en t .

* Note du t r a d u c t e u r :

Le texte original porte : se mi re n t à gazouiller

« swit, swit », jeu de mots intraduisible en français,

ca r « s w i t » (prononcez swit avec une s mouillée),

signifie « aube », en polonais, t o u t en i mitant le

pépi ement des petits oiseaux.

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58 L - 1 C ) hi

-f

V N 1 V. IA ü £ L L

Ci* A C O V I E N 8 I S

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BOOKKEEPER 2011

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